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Exploração petrolífera na Rússia ameaça baleias-cinzentas

Os planos de exploração petrolífera ao largo da Rússia oriental colocam graves ameaças às baleias-cinzentas (Eschrichtius robustus) que ali se alimentam, alertaram hoje cientistas da Comissão Baleeira Internacional (CBI).

Segundo a BBC online, a empresa Rosneft deverá começar nas próximas semanas testes sísmicos ao largo da ilha Sakhalin. Estes planos deixaram o comité científico da CBI “extremamente preocupado”, o que o levou a pedir um adiamento. A Rússia diz estar consciente do problema e o Governo de Moscovo afirma acompanhar a situação junto da companhia.

Atualmente, as baleias-cinzentas têm apenas duas populações, geneticamente diferentes: no Pacífico Oriental (que migram entre o México e o Alasca) e no Pacífico Ocidental (entre a Rússia e a China). Estas últimas estão criticamente ameaçadas e só existem 130 animais, incluindo 20 fêmeas reprodutoras. Em 2003, a população de baleias-cinzentas ocidentais foram classificadas como Criticamente Ameaçadas pela Lista Vermelha da UICN (União Internacional de Conservação).

Estes animais – cuja zona de ocorrência será ao longo das costas da Rússia, Japão, Coreias e China – dirigem-se todos os Verões a Sakhalin para se alimentarem, numa zona de águas pouco profundas. Os cientistas desconfiam que é aqui que as progenitoras ensinam as suas crias a alimentar-se.

Greg Donovan, coordenador do comité científico da CBI, salientou que os testes sísmicos em Sakhalin “serão realizados durante o período com maior densidade de baleias-cinzentas, especialmente fêmeas e crias”, cita a BBC. “O comité científico está a pedir-lhes para adiarem os testes até ao próximo ano e fazê-lo o mais cedo possível, para coincidir com a altura de menor densidade de animais na zona”.

Na realidade, a CBI já tinha feito o mesmo pedido a outra companhia, a Sakhalin Energy. “Seguiram as nossas recomendações e este ano estão a realizar os seus testes com um plano de mitigação muito detalhado e o mais cedo possível”, contou à BBC.

Na sua reunião anual, a decorrer em Agadir, Marrocos, a CBI aprovou um plano de conservação daquela população de baleias; a prioridade é identificar os locais de reprodução.

Fonte: Público

Poluição dos mares já intoxica baleias, revelam cientistas

Pesquisadores americanos que passaram cinco anos atirando em mais de 1.000 baleias com dardos de coleta de tecidos descobriram níveis surpreendentemente altos de metais pesados e tóxicos nos animais, por toda a viagem de 140 mil quilômetros dos animais.

Os níveis de cádmio, alumínio, cromo, chumbo, prata, mercúrio e titânio podem afetar a saúde tanto da vida marinha quanto das pessoas que consomem frutos do mar, segundo os cientistas.

Análises das células das baleias mostram que a poluição está chegando às partes mais remotas do oceano, das profundezas da região polar ao “meio do nada”, nas zonas equatoriais, de acordo como biólogo Roger Payne, fundador e presidente da Ocean Alliance, que conduziu a pesquisa.

“Toda a vida no oceano está carregada com uma série de contaminantes, a maioria dos quais foi lançada por seres humanos”, disse Payne nos bastidores da reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI).
“Esses contaminantes estão ameaçando as baleias e outros animais que vivem no oceano”, afirmou.
A Comissária de Baleias de governo dos EUA, Monica Medina, informou as 88 nações que tomam parte da CBI dos resultados.

Com informações do Estadão

Negociações sobre moratória de caça à baleia não têm sucesso

As negociações sobre a substituição da moratória sobre a caça de baleias por um sistema de abate controlado serão suspensas por um ano, segundo disseram nesta quarta-feira (23), representantes no encontro da Comissão Internacional Baleeira.

A moratória foi introduzida há 24 anos para interromper a queda acentuada no número de baleias, mas o Japão, a Noruega e a Islândia têm capturado milhares de baleias desde a década de 1980, argumentando que não estão sujeitos a uma proibição total, apesar da condenação internacional.

O compromisso apresentado pelo presidente chileno da comissão e por seu vice seria de revogar a moratória por 10 anos, mas imporia controles rígidos sobre a caça à baleia. A tentativa de negociação foi vista como a melhor chance em anos para voltar a alinhar as nações ‘baleeiras’ com as propostas da comissão.

“Isso significa que essas negociações estão concluídas”, disse Sue Lieberman, que comandava a delegação anticaça Pew Environment Group nas negociações. “Há agora um risco de aumento na caça às baleias pelo Japão.”

Alguns representantes da comissão disseram que as negociações fracassaram porque o Japão tinha concordado em reduzir seu abate anual, mas se recusou a parar de caçar no Oceano Antártico, onde quatro quintos das baleias vão para a alimentação. Mas muitas nações anticaça se recusaram a considerar um acordo que poria fim à moratória.

“Estou muito satisfeito pelo fato de que, nesta manhã, ficou claro e confirmado que a comissão não vai explorar a perspectiva de caça comercial de baleias no futuro”, disse o ministro do Meio Ambiente australiano Peter Garrett.

Um representante japonês disse à Reuters que a falta de acordo sobre o santuário de baleias no Oceano Antártico causou a interrupção das negociações, mas disse que o Japão não tem culpa.

Com informações do Estadão

Avistadas primeiras baleias jubarte na costa da Bahia

A temporada de observação das baleias jubarte na Bahia normalmente inicia a partir da segunda quinzena de julho, mas as primeiras baleias já foram avistadas no Morro de São Paulo, ao sul de Salvador, próximas à costa. Como acontece todos os anos nessa época, as baleias jubarte trocam as águas gélidas do continente antártico pelo litoral brasileiro, onde permanecem até a segunda quinzena de outubro. O motivo desta longa viagem é a procura por águas mais quentes e tranquilas para se reproduzirem.
Durante este período é possível observar estes gigantescos mamíferos de perto. Trata-se do chamado “turismo de observação”, e um dos melhores lugares do Brasil para essa atividade é Morro de São Paulo. A presença destes enormes mamíferos é um verdadeiro espetáculo e seus movimentos e acrobacias encantam quem as observa. Além do temperamento dócil, que permite a aproximação, as jubarte possuem um desenvolvido sistema de vocalização, que parece uma sofisticada sinfonia. Para ouvir esses sons, utiliza-se um “hidrofone”, aparelho que capta os sons propagados somente embaixo d´água.
Mas para que este tipo de turismo seja exercido corretamente, sem prejudicar o comportamento das baleias, é necessário seguir algumas normas e cuidados. Por isso, antes da saída a mar aberto é realizada uma rápida palestra para expor aos turistas as normas e procedimentos. Na Bahia, o órgão que fiscaliza este tipo de turismo, é o Instituto Baleia Jubarte (IBJ), que desenvolve além de pesquisas científicas, trabalhos que visam a preservação da espécie. Em Morro de São Paulo, a operadora Rota Tropical faz saídas diárias com cerca de quatro horas de duração, onde é possível ver e escutar as baleias.

Mais acusações de corrupção japonesa em reunião sobre baleias

 
Acusações de que o Japão usa ajuda humanitária e favores pessoais para comprar votos têm circulado quietamente durante anos na Comissão Baleeira Internacional (CBI), entidade internacional que supervisiona a conservação das baleias, tradicionalmente objeto de caça dos japoneses.

Agora, as acusações estão às claras na reunião anual da instituição, depois que um jornal londrino filmou secretamente oficiais de seis países pobres enquanto negociavam por propinas. O jornal Sunday Times gravou os representantes conversando com repórteres que se diziam enviados de um bilionário suíço, com a missão de comprar votos contra a caça de baleias na reunião que acontece esta semana no Marrocos.
Os oficiais indicaram que qualquer oferta do suíço fictício teria que ser superior ao que o Japão já lhes dá. O enviado da Tanzânia, por exemplo, afirmou ter aceitado viagens ao Japão, onde “massagens” gratuitas lhe foram oferecidas – as quais ele teria se recusado.

Para os inimigos do Japão, esse fato é prova inegável da influência japonesa na comissão de 88 nações, que na reunião mais importante em décadas está considerando uma proposta de suspensão de dez anos na proibição de caça comercial de baleias.

“A compra de votos é o pequeno segredo sujo do Japão na CBI,” disse o ambientalista Patrick Ramage, que frequenta as reuniões há 15 anos. Ele a classificou como “uma tomada lenta e hostil de um fórum internacional”. E enquanto países mais poderosos tentam usar de sua influência, o “esforço japonês é sem paralelo,” afirmou.

O Japão nega qualquer delito, e os representantes japoneses afirmam que a alegação de compra de votos tem o objetivo de desvalorizar a posição do país na CBI. “Faz parte da nossa política apoiar países em desenvolvimento”,  afirmou Hideki Moronuki, do ministério de Agricultura, Floresta e Pesca. “Você acha que esse tipo de apoio financeiro ao desenvolvimento é algum tipo de propina? Eu acho que não.”

O país insiste que sua caça tem a finalidade de pesquisa científica, para entender melhor a biologia e organização social das baleias. Mas a maior parte dos animais caçados acaba em mesas de jantar e não em bancadas de laboratórios, e os japoneses dizem que a caça é uma questão de orgulho nacional.

O Sunday Times também afirmou que o chefe da conferência em Marrocos, Anthony Liverpool, teve sua conta de hotel paga com um cartão de crédito pertencente a uma empresa japonesa de Houston, Texas. Liverpool é um diplomata de Antígua e Barbuda e seu embaixador no Japão. Quando questionado pelo jornal sobre ter aceitado o dinheiro japonês, Liverpool teria dito: “Sim, mas não há nada de estranho nisso.”
A CBI foi criada após a II Guerra Mundial para conservar e manejar a população mundial de baleias. Dezenas de milhares de animais foram caçados todos os anos até que a BCI adotou a proibição, e agora cerca de 1.500 animais são mortos todos os anos pelo Japão, Noruega e Islândia.

O tráfico de influência vem de décadas atrás. Birgit Sloth, uma antiga enviada do governo da Dinamarca, lembra-se de ver o negociador chefe de uma nação caribenha pagar com um cheque em iens japoneses as taxas da associação em uma reunião da CBI na Inglaterra, no início dos anos 80. “Naquela época ninguém prestava muita atenção. Hoje, tudo é muito mais camulado,” afirmou.

Leslie Busby, na época junto à ONG italiana Third Millenium Foundation, compilou um relatório de 95 páginas em 2007 sobre a “operação de consolidação de votos” japonesa. Ela afirmou que 28 países tinham sido recrutados para a CBI por conta do auxílio japonês – incluindo países sem saída para o mar como Mali
– dando à agência regulatória uma proporção de meio a meio entre nações a favor e contra a caça de baleias.

Segundo Busby, os países que recebem verba japonesa sempre votam de acordo com seus interesses. “Isso torna a discussão sem sentido. Não vale a pena debater a questões nas reuniões porque as posições já estão determinadas,”  disse em uma entrevista.

Toma lá, dá cá
Alguns dos apoiadores dos países baleeiros têm tradições na caça e pesca. Mas o Japão também tem o apoio regular de países que nunca tiveram interesse na pesca de baleias, como as nações africanas. “O Japão está ajudando bastante a África Ocidental. Em troca, ele pede a esses países que votem a seu favor nas reuniões da CBI,” diz Mamadou Diallo, um ex-pesquisador do governo senegalês que hoje trabalha para o WWF. “É um ‘toma lá, dá cá’. Sim, pode-se dizer que é propina, porque os países africanos não seriam normalmente a favor de caça de baleias.”

Para países pobres, um voto na CBI pode não ser um preço tão grande a pagar. Tiare Turang Holm, enviada do Palau, no Pacifico Sul, diz que a caça é um tema periférico para seu país. Então, o voto acaba sendo mais “um apoio a nossos amigos, nossos parceiros de desenvolvimento.”

E o Japão não é o único a fazer pressão. “Mas é o mais descarado e exige votos em troca de seu apoio financeiro,” diz Sue Miller Taei, de Samoa. “Eu já vi o Japão intimidar diretamente países do Pacífico Sul,” disse lembrando de uma ocasião em que um delegado japonês levou enviados do Pacífico relutantes para votar numa reunião da CBI. “Por muito tempo aqueles diplomatas não conseguiam me encarar nos olhos.”

Fonte: Último Segundo

Impasse nas negociações sobre caça às baleias marca reunião em Agadir

As negociações no sentido de consentir uma moratória à caça de baleias com exceções para os países que ainda caçam estão prestes a fracassar. Japão, Noruega e Islândia caçaram milhares de baleias desrespeitando a moratória mundial, que foi imposta em 1986. O documento que está em pauta em Agadir, no Marrocos, durante a 62ª Reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB) permitiria que esses três países continuassem caçando um número limitado de baleias durante mais dez anos.

Os países pró-caça criticaram a proposta, considerando-a um “artifício” que permitiria deixar na ilegalidade toda a caça que fugisse às quotas estipuladas. Do outro lado, os países que são contra a caça atacaram o rascunho de documento, afirmando que ele significa uma vitória dos baleeiros.
Os defensores das baleias e as nações que são contra a caça dizem que a resposta não está em enfraquecer a moratória, mas justamente em torná-la mais efetiva. Eles dizem que os dados sobre a caça trazidos pelos países que são a favor da captura são pouco confiáveis para justificar a revogação da moratória.

“Qualquer proposta que tenha por função remover ou revogar os efeitos da moratória comercial, em nossa opinião, não deveria nem ser votada, quanto mais aprovada”, disse o ministro do Meio Ambiente da Austrália, Peter Garrett.

A Austrália quer levar o Japão à Corte Internacional de Haia sob acusação de que os japoneses estão caçando baleias em águas australianas. O Japão vem caçando baleias há anos sob o pretexto de caça para fins científicos, estipulada no artigo VIII da Convenção Internacional para Regulação da Atividade Baleeira. Espera-se que a posição do Japão na reunião, que termina dia 25, dependa do que se vai conseguir negociar, sobretudo do tamanho das quotas para caça e das espécies que serão liberadas para captura.

Mais de 200 cientistas e experts em meio ambiente de todo mundo se posicionaram contra a caça comercial, em um comunicado distribuído aos delegados da Comissão Internacional da Baleia. Eles apelam para que “os êxitos das últimas décadas não sejam minados aprovando novamente essa prática”.

Chile, Brasil, México e Equador defendem uma postura “decididamente conservacionista” na reunião. “Para nós é muito importante que se mantenha a moratória e especialmente que não se cacem espécies protegidas nos santuários baleeiros”, apontou Rômulo Melo, um dos delegados brasileiros.

Com informações do Estadão.

Modelo brasileira Alice Dellal participa de vídeo contra a matança de baleias

Alice Dellal é brasileira, vive na cena jetset internacional e agora apontou sua identidade forte e estilo marcante às boas causas. Ela faz a cena no vídeo da WDCS, Whale And Dolphin Conservation Society, que desembarcou na web anunciando a discussão sobre o fim da lei que proíbe há 24 anos a caça às baleias.

Nas paredes brancas ela pinta “Agadir”, cidade do Marrocos onde foi aberto ontem (21/6) o debate sobre a proteção animal. Tudo para atrair gente interessada no assunto, segundo o diretor da organização. “Cada email de protesto vale. Nós encorajamos as pessoas a ver o filme e então fazer seu protesto entrando no nosso abaixo-assinado online”, disse Chris Butler-Stroud.

Veja o vídeo da campanha no site da Criativa.

Reunião a portas fechadas pode decidir futuro da caça às baleias

Em meio às polêmicas de suspeita de corrupção, a Comissão Baleeira Internacional (CBI) está reunida em Agadir, no Marrocos, com o objetivo de chegar a um acordo entre partidários e críticos da caça. A 62ª sessão da CBI, criada em 1946 para regular a pesca às baleias, examinará até a próxima sexta-feira um projeto de acordo para colocar um ponto final a 25 anos de conflito entre seus membros, que se desentendem desde a entrada em vigor, em 1986, da moratória à caça. O plano já deve ser examinado na plenária desta quarta.

Os 88 países membros da Comissão concordaram em se encontrar em sessão fechada para decidir se adotam um esboço de estratégia que permita à Noruega, à Islândia e ao Japão caçar legalmente baleias ao redor da Antártida e em outros locais por mais dez anos, em troca de uma queda gradual no número de animais capturados. A proposta, que significa autorizar a pesca comercial, não determina, porém, o que ocorrerá quando esse período interino for concluído.

 
Para o Japão, que apoia o fim da moratória no caso de caça para pesquisa científica, a iniciativa permitiria caçar 400 baleias minke em águas do oceano Antártico entre 2011 e 2015, para depois reduzir esse número para 200 entre 2015 e 2020. Atualmente a frota baleeira japonesa captura cerca de mil cetáceos em águas antárticas a cada ano. Mas no ano fiscal de 2009 (que terminou em março), só caçou a metade desse número devido às sabotagens de ativistas ambientais. Noruega e Islândia, que também criticam a moratória, foram responsáveis pela pesca de cerca de 500 exemplares.

A União Europeia, liderada pelo Reino Unido, adotou uma posição comum no final de semana, contra a retomada de qualquer tipo de caça às baleias. No entanto, Estados Unidos e Nova Zelândia continuam a endossar fortemente as medidas propostas pelo presidente da CBI. O plano apresentado não convence nem Tóquio, que o considera restritivo demais, nem países como Austrália, que o veem permissivo demais. Apesar disso, os nipônicos se mostraram dispostos a “negociar”.

Questão crucial
De acordo com representantes europeus e africanos envolvidos nas discussões da CBI, os dois pontos mais importantes da reunião são determinar o que acontecerá quando o período interino for concluído e o tom com que os países contrários à caça vão negociar com o Japão. “Para chegar a um compromisso”, considerou o delegado alemão Gert Linnemann, “será necessário determinar o que acontecerá após dez anos”.

Segundo a a ministra adjunta da Agricultura marroquina, Yasue Funayama, é difícil exigir que a caça não ocorra mais nos santuários de baleias, criados no Oceano Índico e no Austral. O Japão, que pesca nessas regiões, de nenhuma forma aceitaria acabar com uma tradição cultural muito marcada pelo nacionalismo nipônico. “Nessa negociação, uma cota final zero é impossível de ser aceita pelo Japão”, advertiu ela nesta segunda. “Se o Japão for atacado, pode sair da CBI e ninguém poderá então fazer nada pelas baleias”, advertiu um diplomata europeu.

Polêmica e corrupção
O anúncio da CBI de fazer dois dias de trabalhos a portas fechadas para tentar pacificar o terreno e abrir caminho para as negociações não agradou as três maiores ONGs do mundo (WWF, Greenpeace e Pew). “Mas o que é que escondem? Isso proporciona a teoria da conspiração”, disse Rémi Permentier, porta-voz do Pew Environment Group (que conta com o estatuto oficial de observador).

Como o presidente chileno da CBI, Cristián Marquieira, está ausente por motivo de doença, a reunião será presidida pelo vice-presidente do organismo, Anthony Liverpool, de Antígua e Barbuda (a ilha caribenha vota tradicionalmente a favor do Japão).

Segundo reportagem do Sunday Times, a fatura de hotel de Liverpool, em Agadir, está sendo paga por um empresário japonês. O jornal informou ainda que representantes africanos e caribenhos admitiram ter votado a favor da caça, após terem recebido promessas de ajuda, dinheiro e prostitutas do Japão.
Apesar das denúncias publicadas pelo diário britânico, as grandes organizações não governamentais estimam que a reunião de Agadir pode terminar com um acordo. “Ou se chega a um acordo ou se mantém o statu quo, que não satisfaz ninguém”, disse Susan Liebermann, diretora de políticas da Pew.

Espécies em extinção
A caça mata aproximadamente 2 mil baleias por ano, incluindo espécies à beira da extinção como a baleia azul (Balaenoptera musculus), a cinza (Eschrichtius robustus), a franca do norte (Eubalaena glacialis) e a bowhead, ou cabeça-redonda (Balaena mysticetus). Conforme dados do Animal Welfare Institute, em Washington, nos EUA, desde que a moratória foi introduzida há 25 anos, aproximadamente 33 mil baleias foram mortas.

Fonte: Terra

Nota da Redação: Lamentável que uma séria decisão como esta esteja nas mãos de algumas pessoas que, para acabar com a briga, sacrifiquem animais inocentes. São mentalidades que funcionam baseadas nos números, no comércio e na materialidade, ignorando a importância da vida e desconsiderando o sofrimento de outros seres. Reduzir o número de baleias cruelmente assassinadas significa aceitar que a vida de cada uma delas não tenha importância. Invisíveis em meio a uma “massa” de 1.000, 500 ou 200, são apenas números resultantes da conta feita nesta reunião. Ainda que fosse permitido a qualquer destes países o assassinato de apenas um animal, a decisão seria a demonstração da frieza da sociedade atual e da cegueira em relação à vida.

Baleias têm características semelhantes às humanas

As baleias têm faculdades que, até pouco tempo, eram atribuídas só a humanos. Segundo cientistas, elas têm consciência, sofrem e têm uma cultura social.

“Por nossas observações, sabemos que muitas baleias grande apresentam os comportamentos mais complexos do reino animal”, afirma Lori Marino, neurobióloga da Universidad Emory em Atlanta, nos EUA.
Os pesquisadores sublinham as semelhanças na esperança de evitar a liberação da caça do animal.

Fonte: Estadão 


Nota da Redação: Baleias e quaisquer outros animais têm direito à liberdade e à vida. O argumento dos cientistas pode ser válido neste momento para evitar a liberação da caça do animal, mas estará da mesma forma sujeito a ser utilizado para permitir a caça de outras espécies. A senciência é uma característica de todos os animais e deve ser considerada para a manutenção de sua integridade e liberdade.

Projeto Baleia Franca prepara temporada de observação da espécie em SC

Com a chegada do inverno, Santa Catarina recebe também outras visitantes – as baleias da espécie franca, que medem até 18 metros de comprimento e chegam a pesar 60 toneladas. As francas migram das águas geladas do Pólo Sul e chegam ao estado de SC a partir de junho a fim de acasalar, dar a luz e amamentar os seus filhotes.

Enquanto aguarda a chegada destes mamíferos gigantes, o Projeto Baleia Franca, instituição sem fins lucrativos sediada na Praia de Itapirubá, em Imbituba (SC), prepara os trabalhos desta temporada de observação disseminando informações sobre a espécie com o objetivo de esclarecer curiosidades e conscientizar o grande público a respeito da necessidade de conservação da baleia franca e de seu habitat em Santa Catarina.

“As principais baías preferidas pelas baleias francas são a Gamboa, Ibiraquera e Ribanceira, Itapirubá Norte e algumas enseadas do Cabo de Santa Marta. A preferência varia de acordo com o ano e ao longo da temporada, mas a enseada formada pelas praias de Ibiraquera e Ribanceira tem se destacado, tendo o privilégio de ter a presença das francas ao longo de quase toda a temporada reprodutiva da espécie em Santa Catarina”, explicou Karina.

 
O Projeto Baleia Franca trabalha pela conservação da baleia franca por meio da pesquisa de campo, análise de dados, publicação de trabalhos científicos, atividades de educação ambiental e orientação às embarcações turísticas durante a temporada de observação.
 http://www.abrapoa.org.br/boletimeletronico/n4/images/baleia_franca.jpg

“O PBF realiza o monitoramento da população de baleias francas que frequenta o Litoral Sul do Brasil há 28 anos, através de duas linhas de pesquisa principais: o monitoramento aéreo e o monitoramento terrestre. Através do monitoramento aéreo realizamos a censagem, análise de distribuição e identificação individual das baleias francas, com o objetivo de avaliar o status populacional da espécie em águas brasileiras. A partir do monitoramento terrestre estudamos o comportamento natural da espécie, a interação entre mães e filhotes, como os indivíduos se relacionam nos grupos sociais, bem como o comportamento da baleias francas frente a atividades antrópicas que possam causar algum impacto e comprometer o bem estar dos grupos durante sua permanência em nossas enseadas”, explicou a bióloga.

Fonte: Portal da Ilha

Japão vai à reunião da CBI disposto a negociar caça comercial de baleias

O Japão irá participar da reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI) que será realizada a partir desta segunda-feira (21), em Agadir (Marrocos), com o intuito de negociar a caça comercial de baleias de forma “controlada”, à qual vários membros do organismo se opõem frontalmente.
Embora signatário da moratória que em 1986 proibiu a caça de baleias com fins comerciais, o Japão aproveitou o vazio legal que existe sobre a “caça científica” e, com este argumento, mantém um polêmico e cruel programa de capturas que escapa do controle da CBI.

Em Agadir, será discutida uma proposta em que o Japão espera receber sinal verde para continuar com a caça às baleias com fins comerciais. Para conseguir realizar seu objetivo, eles prometem uma ”troca”: reduzir a captura de baleias no Antártico.

A princípio, o plano apresentado não convence nem Tóquio, que ainda o considera restritivo demais, nem países como Austrália, que sabem o quão permissivo ele é. O Japão assegura que está aberto a “negociar”.

Concretamente, a iniciativa, promovida pelo presidente da CBI, o chileno Cristián Maquieira, permitiria ao Japão caçar 400 baleias minke em águas do Oceano Antártico entre 2011 e 2015, e reduzir esse número para 200 entre 2015 e 2020.
Atualmente a frota baleeira japonesa captura cerca de mil baleias em águas antárticas a cada ano, embora no ano fiscal de 2009 (que terminou em março) só tenha podido caçar metade porque alguns ativistas conseguiram impedir o massacre.

Fonte: EFE

Instituto Baleia Jubarte participa de reunião em Marrocos, na luta contra a caça às baleias

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De 21 a 25 de junho será realizada, em Agadir, Marrocos, a 62 ªreunião anual da Comissão Internacional da Baleia (CIB). A possibilidade do fim da moratória de caça às baleias, manifestada pelo presidente da CIB, o embaixador Chileno Cristían Maquiera, preocupa representantes de ONGs de várias partes do mundo, apesar de contar com o apoio de países como Japão, Noruega e Islândia, únicos que ainda caçam. O Instituto Baleia Jubarte (IBJ), com sede na Bahia, participa da reunião por meio de sua presidente, Márcia Engel, que já está em Agadir desde o último domingo, 13. Sobre o fim da moratória que impede a caça comercial das baleias, ela diz: “seria um retrocesso histórico nestes 24 anos de vigência da moratória internacional. Alguns pontos da proposta são inaceitáveis, como a continuidade da caça no oceano austral e as elevadas quotas de capturas de baleias”.
O Instituto Baleia Jubarte é totalmente contra qualquer tipo de caça a estes mamíferos. Sua missão é conservar as baleias jubarte e outros cetáceos do Brasil, contribuindo com a preservação do patrimônio natural.
Muitos outros membros já estão em Marrocos, para discutir o futuro da CIB, organização internacional que tem como  objetivo legitimar as regras para a conservação das baleias.