Lobos-marinhos são avistados com frequência na praia do Cassino (RS)
sábado, setembro 17, 2011
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Nos últimos dias, tem sido frequente a presença de lobos-marinhos na beira da praia do Cassino (RS) e a reação de muitos populares ao vê-los tem preocupado o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema).
O coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, oceanólogo Kléber Grübel da Silva, observa que, na chegada do inverno, a corrente de águas provenientes do Sul (das Malvinas) traz com ela sua fauna característica.
Além dos cardumes de enchova, dos pinguins-de-Magalhães e da baleia Franca, várias espécies de pinípedes, como focas, leões-marinhos e lobos-marinhos, vêm à costa gaúcha para descansar e se alimentar. E neste mês e no próximo, eles retornam para as águas uruguaias. Em função disso, muitos aparecem nas praias para descansar ou debilitados e a comunidade se mostra meio confusa sobre como proceder em relação a eles.
O oceanólogo diz que, este ano, devido ao inverno ter sido bem típico, com as correntes costeiras e frios bem marcados e sincronizados, o litoral gaúcho foi utilizado principalmente por grande quantidade de filhotes de lobos-marinhos. Por isso, a ocorrência deles na praia está se dando com maior frequência.
“É principalmente nesta época que, ao passearmos pela beira da praia do Cassino, podemos encontrar uma destas espécies à beira-mar, descansando de suas longas migrações. Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais.
Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação”, orienta.
Conforme Silva, o balneário Cassino é um dos melhores lugares para observarmos os pinípedes em seu ambiente natural. Portanto, quem encontrar uma dessas espécies na orla, deve ter o cuidado de não perturbá-las.
Para uma convivência harmônica e uma boa observação desses mamíferos, o ideal é manter distância mínima de cinco metros deles, evitar gritos e movimentos bruscos e não jogar objetos ou cutucá-los.
Também não se deve tentar capturá-los, pois eles podem se tornar agressivos, quando assustados, ou transmitir algumas doenças por contato, como tuberculose.
Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. Os motoristas não devem parar o carro ao lado deles e precisam ter cuidado para não os atropelar.
As pessoas também podem avisar o Nema (53)3236.2420 ou o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial.
Caso o Pinípede precise de maiores cuidados, será removido para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico.
“Em um ecossistema cada vez mais pressionado por atividades humanas de grande impacto – construções, poluição, lixo e tráfego de veículos -, eles são símbolos de beleza e exemplo de harmonia com a natureza. O aparecimento deles em nossas praias indica ainda boa qualidade ambiental em nossa orla”, salienta Silva.
Fonte: Jornal Agora
Usineiros constroem hospital para animais silvestres em Araçatuba
sábado, junho 11, 2011
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De acordo com Pedro Felício Estrada Bernabé, diretor da Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba, o Ceretas irá receber, triar, tratar e identificar todas as espécies de animais silvestres resgatadas ou apreendidas pelos órgãos fiscalizadores, assim como animais que tenham sido mantidos irregularmente em cativeiros. O projeto de criação do centro foi idealizado pelo professor Sérgio Garcia Diniz, do departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal da Faculdade de Veterinária de Araçatuba e pela Udop e a pedra fundamental do hospital foi lançado em fevereiro de 2008.
Nos últimos anos, o número de atendimentos a animais silvestres que sofreram maus tratos ou se foram atropelados nas estradas da região de Araçatuba aumentou significativamente. Estes animais ficam expostos aos perigos quando migram entre as áreas verdes de reserva legal e as áreas de preservação permanente (APP) existentes na região. Desde então, eles eram atendidos e tratados em uma unidade auxiliar do hospital Luiz Quintiliano de Oliveira (Unesp).
Tratamento:
O prédio do Ceretas, segundo a Udop, tem 695 metros de área construída anexa à Faculdade de Medicina Veterinária. Segundo Bernabé, o ceretas já inicia suas atividades com estrutura adequada para atender a demanda de toda a região oeste paulista, uma média de 500 animais por ano.
Conforme informações das Usinas Amigas da Fauna, o Ceretas será uma referência para o tratamento de Animais Silvestres acidentados ou capturados. Todos os animais serão registrados e a partir daí, um trabalho de investigação para detectar seu habitat natural, será feito para futuramente realojar as espécies. Um banco genético destes animais (inédito no país) também será elaborado no Ceretas.
Amigas da Fauna:
As usinas parceiras no projeto, reconhecidas como Amigas da Fauna são: Alcoazul, Aralco, Clealco, Usina Da Matta, Diana, Figueira, Generalco, Ipê, Lins, Pioneiros, Raízen/Benalcool, Raízen/Destivale, Raízen/Gasa, Raízen/Mundial, Raízen/Univalem, Renuka/Equipav, Revati, Unialco e Virálcool.