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Iguana-verde muda de cor para se proteger

Mudar de cor não é exclusividade do camaleão. A iguana-verde (Iguana iguana) também possui a capacidade que a protege de predadores, como cobras e felinos.

Como todo réptil, é animal de sangue frio (a temperatura do corpo regula-se de acordo com a do ambiente); por isso, pode ficar mais escura para captar melhor o calor  do sol ou clara, para diminuir a absorção. Ao nascer é bem verdinha, mas pode tornar-se marrom ou acinzentada quando cresce.

É encontrada no Norte do Brasil, América Central e México. Mede cerca de 1,80 m e pesa entre 4 kg e 9 kg. Na juventude, alimenta-se de insetos; na fase adulta, come folhas, flores, frutos e brotos. A língua ajuda a deglutir o alimento e explorar o ambiente, indicando a direção. Os dentes em forma de cone são trocados ao longo da vida.

Acima da cabeça há o olho parietal, buraquinho coberto por membrana que percebe a luminosidade do ambiente. As patas são curtas e musculosas. Tem cinco dedos longos com unhas grandes e afiadas. A cauda auxilia o equilíbrio e defesa. Como a lagartixa, pode perder parte dela para fugir do predador; depois volta a crescer.

Vive cerca de 15 anos. Tem hábito diurno e fica tanto sobre os galhos quanto no solo. Além de maior, o macho possui cris tas mais desenvolvidas na região da nuca e costas.

O papo também é grande. Começa a se reproduzir após os 2 anos. A fêmea bota entre 30 e 40 ovos alongados e com casca flexível (diferente do ovinho das aves, que é mais rígido), mas poucos filhotes chegam à idade adulta. Países como Costa Rica e Panamá consomem tanto o animal que corre risco de extinção.

Espécie rara nasce em cativeiro:

A iguana-das-antilhas-menores (Iguana delicatissima), encontrada apenas no Caribe, é muito rara e ameaçada de extinção. O principal motivo é a destruição do habitat. É por isso que estudiosos estão comemorando tanto o nascimento em cativeiro de dois filhotes.

Após 11 anos de espera, a ONG (Organização Não Governamental) Durrell Wildlife Conservation Trust conseguiu reproduzir a espécie com sucesso. A fundação fica na Ilha de Jersey, próximo ao Reino Unido, na Europa, e é mundialmente conhecida pelo trabalho em salvar animais ameaçados.
Em setembro, uma das fêmeas do local cruzou com macho e gerou dois ovos.

Após 75 dias de incubação (período em que chocam), eclodiram. Os filhotes estão bem. Têm cor verde-limão, diferentemente dos adultos, que ganham tom mais acinzentado no corpo e bege na cabeça.

Dia do Pulo para salvar anfíbios:

O Dia do Pulo, que será celebrado na quarta (29), nada tem a ver com atividade física. A iniciativa reúne zoológicos, criadouros e centros de conservação do mundo para comemorar e divulgar trabalhos para salvar anfíbios do perigo de extinção.

O Zoo de São Paulo participa do evento. Desenvolve o programa de conservação da Scinax alcatraz. Conhecida como perereca-de-alcatrazes, vive apenas na Ilha de Alcatrazes, no litoral de São Paulo. Em janeiro, registrou-se a primeira reprodução da espécie em cativeiro.

A fêmea mede cerca de 2,8 cm e o macho, 2,3 cm. A reprodução ocorre entre outubro e abril. Os ovos são depositados na água acumulada entre as folhas das bromélias, onde os girinos crescem. Alimentam-se de insetos e servem de presas para outros bichos, como a aranha.

Fonte: Diário do Grande ABC

Espécie de anfíbio transparente corre risco de ser extinta


“O que vem acontecendo com os anfíbios é algo silencioso, mas já podemos sentir no dia a dia os efeitos da eliminação de algumas espécies”. A afirmação é do cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Marcelo Morais, teme a extinçãoque junto a cientistas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) descobriu, em meados de 2010, uma nova espécie de perereca transparente, registrada pela primeira vez no Brasil.
Essa espécie de anfíbio, catalogada como Hyalinobatrachium crurifasciatum foi encontrada em uma das visitas de campo dos cientistas em Cotriguaçu, ao norte do Estado de Mato Grosso (MT). No entanto, por ser encontrada dentro de floresta nativa às margens de pequenos igarapés, a espécie já corre risco de ser extinta na região, pois essas áreas sofrem constante desmatamento, como grande parte do Estado.
Segundo Morais, motivos como este, contribuem para que a espécie fique cada vez mais vulnerável. “Quando desmatam áreas onde tem águas, como córregos, lagoas e igarapés, os anfíbios não têm de onde tirar água para sua sobrevivência, já que a maioria das espécies de sapos, rãs e pererecas dependem da água para a sua reprodução”, afirma.
Outro fator preponderante ao desaparecimento de várias espécies, é o aquecimento global. O famoso efeito estufa atinge diretamente os anfíbios. 
“Precisamos fazer algo urgente para frear o desmatamento, para que mais espécies não desapareçam, pois a mudança do clima, não só afeta os anfíbios, mas acaba afetando todas as espécies, incluindo nós mesmos”, alerta mais uma vez o cientista.
Educação Ambiental:
Várias ações degradam o meio ambiente a longo prazo e, muitas vezes, pode ter efeito irreversível. Mas também há o preconceito do dia a dia de muitas pessoas ao se depararem com algumas espécies de anfíbio. O pesquisador alerta que, apesar de algumas pessoas acharem os sapos nojentos, eles são ótimos bioindicadores de poluição e controladores de pragas.
“Os anfíbios só vivem e se reproduzem em ambientes que tenha uma boa qualidade de água. E no seu dia a dia, eles comem grandes quantidades de insetos, como, por exemplo, o sapo cururu (Rhinella marina), que pode comer por dia cerca de 1.000 insetos. Dessa forma, eles mantêm o equilíbrio ecológico, controlando as pragas”, explica.
Para conter ações como essas, que podem levar várias espécies de anfíbios à extinção, Morais realiza Educação Ambiental em vários locais de Manaus. Proferindo palestras em workshops e seminários, o cientista fala sobre a biologia desses animais tão fundamentais no equilíbrio da natureza, explicando, de maneira lúdica, os motivos da importância dos anfíbios, as diferenças entre sapos, rãs e pererecas e o fundamental papel da água na reprodução deles.
Sapo Cururu:
Morais alerta também para o desaparecimento de espécies de anfíbios que vivem em áreas urbanas. Uma delas, quase já não é vista com frequência nas cidades, pelos efeitos das más ações humanas, o Rhinella marina, mais conhecido como sapo cururu. 
“O cururu, daqui uns anos, pode vir a desaparecer de algumas áreas urbanas de Manaus, por falta da conscientização das pessoas, se as pessoas não mudarem de atitude vão contribuir diretamente para isso. 
Quando virem um sapo na rua, ou em qualquer lugar, o deixe em paz. Afinal eles ajudam a equilibrar nosso ambiente urbano e rural, eliminando vários tipos de pragas”, orienta o ecólogo.
Portanto, o raciocínio é fácil e claro: sem os anfíbios para ajudar a equilibrar a natureza, a quantidade de insetos irá aumentar significativamente, tornando-se pragas para as cidades e afetando muitas agriculturas. 
“Já estamos sentindo esses efeitos hoje. A quantidade de pragas só tem aumentado, é alarmante e tem deixado as autoridades bastante preocupadas, pois como eleva o número de pragas, os agricultores usam cada vez mais agrotóxicos, causando várias doenças a nós mesmos. É um efeito cascata”, expõe Morais.
Fonte: D24 AM

Curso de Introdução à Herpetologia




O Instituto Sul Mineiro de Estudos e Conservação da Natureza (ISMECN) irá promover o curso de Introdução à Herpetologia.

As aulas serão realizadas nos dias 05 e 06 de novembro de 2011, na RPPN Fazenda Lagoa, no município de Monte Belo, sul de Minas Gerais. A cidade fica a cerca de 30 km de Alfenas.

O curso será ministrado pelo Prof. Dr. Vinícius Xavier da Silva (da Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL).

Terão descontos as inscrições feitas até o dia 30 de agosto.

Mais informações: