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Iniciado projeto de sequenciamento do DNA da onça-pintada


Cientistas brasileiros iniciam projeto que visa obter o sequenciamento completo do material genético da onça-pintada, incluindo caracterização integrada de diversos tipos de informação molecular.
O Projeto Genoma Onça-Pintada conta com a participação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Universidade Católica do Rio Grande do Sul, da Fiocruz-MG, da Esalq, do Zoológico Municipal de Sorocaba e do Instituto Pró-Carnívoros.
A primeira fase, iniciada agora, visa a coleta das primeiras amostras de material biológico de um exemplar do animal, proveniente do Pantanal Matogrossense, selecionado para sequenciamento.
O animal, mantido no Zoológico de Sorocaba, será o alvo principal do esforço de sequenciamento de DNA em grande escala, seguido dos processos computacionais de montagem genômica e anotação (caracterização) dos diferentes componentes do material genético da espécie, como genes, elementos regulatórios e elementos repetitivos.
As informações são importantes para compreender a história evolutiva da onça-pintada e vão contribuir para um delineamento mais preciso e abrangente de estratégias para a sua preservação na natureza.
Fonte: Terra

Marsupiais carnívoros eram tão diversos como os carnívoros placentários



Os marsupiais carnívoros são agora um grupo de animais raro, mas o nosso planeta teve exemplares extraordinários pertencentes a este grupo. Hoje, o maior carnívoro marsupial existente é o Diabo da Tasmânia, que está à beira da extinção.
Um estudo revelou que os marsupiais carnívoros eram criaturas tão variadas como os seus primos, os carnívoros placentários.
Uma equipa internacional examinou crânios de 130 carnívoros (marsupiais e placentários) vivos e extintos, dos últimos 40 milhões de anos. Anjali Goswami e os seus colegas usaram uma técnica conhecida como geometric morphometrics para mapear os objectos. A sua análise mostrou que a variação na forma dos crânios dos carnívoros marsupiais é maior do que a observada nos caarnívoros placentários, como leões e tigres. 
O facto dos jovens marsupiais nascerem num estágio muito precoce, origina a ideia errada de que estes animais apresentam uma capacidade limitada de adaptação a novos habitats e ambientes.
“Como os marsupiais têm que rastejar muito cedo, esta técnica está bem desenvolvida desde a nascença. A necessidade (dos mesmbros anteriores) torna difícil o desenvolvimento de uma asa ou uma barbatana.” Apesar dos marsupiais apresentarem pouca variedade nos membros anteriores, o mesmo não acontece com a face e a dentição destes animais. “Os marsupiais mudaram muito mais a sua face e a sua dentição relativamente aos outros mamíferos de forma a poderem alimentar-se de carne.”
“Na América do Sul existia um marsupial dentes-de-sabre que tinha caninos tão grandes que as suas raízes chegavam aos olhos. Não há nada parecido nos mamíferos placentários. É muito extremo.”
A razão para a extinção dos marsupiais carnívoros pode ser mais complexa do que se pensava. O grupo de investigação cita duas possíveis causas: a competição com os mamíferos placentários durante a fusão da América do Norte com a América do Sul, há 3 milhões de anos atrás e a caça pelos humanos, numa época mais recente.
“Os nossos resultados reforçam a ideia de que a falta de predadores marsupiais no mundo de hoje está relacionada com má sorte e não com maus genes.” Este estudo foi publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
fonte:bbc