Mostrando postagens com marcador compulsão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador compulsão. Mostrar todas as postagens

Gatos também têm compulsão?

 do r7

Por Equipe Cão Cidadão

 

Nas últimas semanas falamos bastante aqui no blog sobre vários tipos de compulsões caninas. Mas e os gatos? Eles também podem desenvolver compulsão?

A resposta é sim! E não só cães e gatos, mas também outras espécies animais sadios, mantidas em cativeiro, podem desenvolver comportamentos anormais que chamamos de distúrbios compulsivos. São comportamentos causados por uma situação de conflito, frustração, estresse ou excitação, mas exibidos fora do contexto original, são repetitivos ou exagerados.

As compulsões mais frequentes nos nossos bichanos podem ser divididas em grupos de acordo com o tipo de comportamento:

• Locomotoras: andar em círculos, ficar paralisado, perseguir objetos imaginários, hiperestesia felina;
• Alucinatórias: olhar fixamente para sombras ou paredes, evitar objetos imaginários, sobressalto;
• Autolesivas: ataque a cauda, pernas ou parte trazeira, auto-higiêne exagerada, roer unhas;
• Orais: vocalização (miados ou gemidos), sucção de pelos, polidipsia (sede exagerada), polifagia (fome exagerada), lambedura excessiva do dono ou de objetos.

Alopecia Psicogênica felina

Os gatos passam boa parte de seu tempo fazendo sua auto higiene. Quando esse hábito se torna excessivo começam a aparecer falhas no pelo (alopecia), neste caso, sempre em locais onde a boca do gato pode alcançar, como na região abdominal ou parte interna das coxas. Frequentemente esta compulsão está associada ou é confundida com problemas dermatológicos, como atopias e alergias alimentares ou parasitárias.

Ocorre com maior frequência em siameses, abissínios e himaláios.

Hiperestesia felina

Começa com encrespamento da pele, espasmos e contração muscular ao longo da região toraco-lombar. Segue-se vocalização, movimentos abruptos da cauda e agitação. É difícil interromper o gato que pode se tornar agressivo e redirecionar o ataque. Podem ocorrer sinais mais exagerados como corridas, saltos ou agressão auto-direcionada (mordedura, mastigação e auto-higiene). Alguns gatos parecem alucinados chegando a defecar enquanto fogem. Este comportamento acontece de forma espontânea ou induzida, esfregando ou arranhando o dorso do gato.

A causa mais provável é um distúrbio compulsivo, mas especula-se que uma causa médica dermatológica, neurológica ou dolorosa pode estar associada ou contribuir para o seu aparecimento.

Sucção de pelos

A maioria dos gatos com esta compulsão começa com a sucção ou mastigação de pelos e depois progride para outros alvos. A ingestão de objetos não alimentares é chamada de pica. Os materiais mais comuns são algodão, tecidos sintéticos, borracha, plástico e papel. Há uma predisposição racial para siameses e birmaneses.

Causas e tratamentos

As causas estão relacionadas a qualquer fator que provoque estresse, como a falta de estímulo, desejo por contato humano, ambiente inadequado ou sujo, mudança de casa, presença de pessoas estranhas na casa, punições inapropriadas que afetem a relação entre o animal e o proprietário.

Há um fator genético envolvido, tornando estes comportamentos mais frequentes em algumas raças como os siameses. Afecções clínicas podem estar associadas ou ser o fator desencadeante que inicia o problema.

A fisiologia destes comportamentos evolve a alteração dos níveis ou do metabolismo de substâncias presentes no cérebro como a serotonina, dopamina e beta-endorfinas. Assim, alguns medicamentos que atuam na regulação destas substâncias, como antidepressivos, anti-histamínicos e opióides, podem ser associados e ajudar no sucesso do tratamento comportamental. Para isso, a consulta a um médico veterinário de sua confiança é imprescindível!

O tratamento destes distúrbios deve ser focado na eliminação da causa que provoca o estresse, em técnicas de modificação comportamental com exercícios de obediência, brincadeiras e estimulação ambiental. Lembrando que, quando há suspeita que um fator clínico esteja associado ao comportamento, deve ser feito, em paralelo, o acompanhamento veterinário.

Caso do Breno

do r7

Por Alexandre Rossi

Pessoal, quem perdeu o quadro Dr. Pet ontem no Domingo Espetacular já pode assistir o vídeo aqui no blog. O caso exibido neste domingo foi super interessante! O Breno é um cão que ficava eufórico quando ouvia barulho de chaves e chegava até a se machucar mordendo os objetos.

Para saber o desfecho desta história e conhecer as dicas que eu dei, é só conferir o vídeo: