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Elefantes no Vietnã podem estar extintos em 10 anos



O diretor da Wildlife Conservation Society (WCS), Scott Roberton, disse em entrevista ao jornal VietnamNet Bridge que se a situação não melhorar, todas as espécies de elefantes serão extintas no Vietnã na próxima década.

A entrevista com Roberton foi feita em conexão com a recente morte de um elefante chamado Beckham, que aconteceu na cidade de Da Lat. Nos últimos 19 meses, pelo menos 10 elefantes foram mortos nas províncias de Dong Nai e Dak Lak.

“Animais ameaçados como os primatas, a tartaruga, o tigre e o elefante poderão estar extintos nos próximos 10 anos. O Vietnã perdeu a batalha para salvar o rinoceronte Java no dia 29 de abril de 2010 quando o corpo do último indivíduo foi encontrado. Ação imediata é necessária senão será tarde demais”, Scott Roberton disse.

Ele avisou que falta determinação no país para implementar suas leis relacionadas aos animais livres. Ele citou o exemplo da Índia como um exemplo de preservação da biodiversidade, onde o número de tigres em reservas naturais está crescendo porque eles protegem muito bem essas áreas. No Nepal os rinocerontes foram salvos da beira da extinção graças à implementação eficiente e severa da lei.

As informações são da VietnamNet Bridge.

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Elefantes são "engenheiros" que ajudam na biodiversidade, diz estudo.

Um estudo de cientistas americanos afirma que áreas destruídas por elefantes abrigam mais espécies de anfíbios e répteis do que aquelas que ficam intocadas, o que faz dos paquidermes verdadeiros "engenheiros ecológicos".

Os pesquisadores encontraram 18 espécies de animais em locais altamente danificados pelos elefantes, enquanto as áreas intactas tinham apenas oito. As descobertas foram publicadas na revista African Journal of Ecology.

"Elefantes, junto de algumas outras espécies, são considerados engenheiros ecológicos porque as suas atividades modificam o habitat de uma maneira que afeta muitas outras espécies", explica Bruce Schulte, da Universidade Western Kentucky (EUA).

"Eles fazem de tudo, desde cavar com suas patas dianteiras, puxar grama e derrubar grandes árvores. Assim, realmente mudam a paisagem."

O cientista afirma que o sistema digestivo dos elefantes, por não processar muito bem todas as sementes que eles comem, também ajuda na modificação do habitat.

"Como as fezes são também um ótimo fertilizante, os elefantes são capazes de rejuvenescer a paisagem ao transportar sementes para diferentes lugares", disse Schulte à BBC.

A equipe da Universidade Georgia Southern (EUA) realizou o estudo entre agosto de 2007 e fevereiro de 2008 no rancho Ndarakwai, uma área de 4,3 mil hectares no nordeste da Tanzânia.

Os cientistas identificaram áreas com grandes, médios e baixos danos causados por elefantes criados livremente, em comparação com uma área de 250 hectares que foi isolada de grandes herbívoros, como elefantes, girafas e zebras.

Ao buscar amostras de espécies, os pesquisadores encontraram "uma tendência de maior riqueza em áreas com danos causados por elefantes do que na vegetação florestal."

MELHORES AMIGOS DOS SAPOS:

No artigo, os cientistas concluem que a diferença na riqueza animal nas áreas danificadas era provavelmente resultado da "engenharia" dos elefantes, gerando novos habitats para uma diversidade de espécies de sapos.

"As crateras e destroços de madeira formados por árvores quebradas e arrancadas pela raiz (aumentaram) o número de refúgios contra predadores", diz o estudo.

Os cientistas afirmam ainda que os locais também favoreceram insetos, que se tornaram uma importante fonte de comida para anfíbios e repetis.

Schulte afirma que a descoberta traz implicações para estratégias de manutenção do habitat e da vida selvagem.

"Se estamos administrando o habitat, então claramente temos que saber para que o estamos administrando", diz.

"O que este estudo aponta é que, embora algumas coisas não pareçam particularmente boas para o olho humano, isto não significa necessariamente que isto é prejudicial para toda a vida que está ali."

fonte:folha.com