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Após pressão de defensores dos animais, exército estado-unidense suspende testes em macacos



O exército concordou em pôr fim aos testes que injetavam altas doses de bloqueadores do sistema nervoso em macacos – estratégia utilizada para simular um ataque com gás dos nervos – após pressão de grupos dos direitos animais e de um membro do Congresso, afirmou o jornal “Washington Post”. A prática, a qual era comumente realizada no Condado de Hartford em Aberdeen, EUA, é utilizada para treinar a equipe médica do exército a responder a um ataque químico inimigo, afirmou o “Washington Post”. O relações-públicas do exército Michael Elliot confirmou na quinta-feira passada que os testes realizados em Aberdeen cessarão por enquanto. Roscoe G. Bartlett, o qual pressionou pelo fim dos testes em nervos, disse numa entrevista pelo telefone, que ele encontrou dois generais que indicaram que os testes cessariam até o fim do ano. O exército trocará o teste em animais por atores treinados, programas de computadores e manequins de alta tecnologia que simulam pacientes. Em agosto, o Comitê Médico para uma Medicina Responsável requereu por abaixo-assinado ao Departamento de Defesa a parar os testes com physostigmina em macacos, afirmando que eles eram desumanos, além de não funcionarem como uma boa ferramenta de treino. “Usando macacos africanos para tentar simular os efeitos da exposição do gás dos nervos em humanos, não é preciso”, disse John J. Pippin, médico ligado ao Comitê Médico para uma Medicina Responsável. “A fisiologia não é a mesma. Muitos dos primeiros sinais encontrados em humanos, como o suor e a dilatação das pupilas, não podem ser avaliados. Além disso, os participantes do curso não fazem nada além de segurar uma bomba de respiração para ajudar o macaco a respirar.” Outros grupos de defesa animal, como a PETA e a “Humane Society International”, protestaram contra a prática. “Eu tenho grande respeito pelo exército estado-unidense”, disse o ator Woody Harrelson, que apoiou o fim da prática. “É gratificante perceber que o fim desta prática está em curso”. fonte:anda

Santuário da PASA controla incêndio que ameaçava 570 macacos




A Vervet Monkey Foundation tem um Santuário na África do Sul e abriga 570 macacos verdes, também conhecido como Vervet Monkeys (Chlorocebus aethiops). Uma área do santuário sofreu um incêndio no dia 18 de setembro e, graças ao esforço de seu pessoal, não se converteu numa tragédia.
Um dos recintos foi atingido quase completamente pelo fogo e forçou os tratadores a abrir as portas do mesmo para que os macacos fugissem das chamas. Dos 90 macacos abrigados neste recinto, só 3 não resistiram. Quatro sofreram queimaduras e estão sendo tratados. O restante conseguiu fugir e agora estão sendo resgatados.
Neste momento começa a tarefa de reconstrução das instalações mais afetadas e a PASA, da qual este Santuário é afiliado, está iniciando uma campanha de arrecadação de fundos para completar os trabalhos de reconstrução no menor tempo possível. Aqueles que desejam colaborar, acessem:http://pasaprimates.org/help/donate/

Fonte: Projeto GAP

especialistas fazem pesquisa com macacos em sorocaba















Especialistas brasileiros e estrangeiros realizaram juntos uma pesquisa com macacos do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” em Sorocaba, SP, para aprender mais sobre a audição dos primatas.
Segundo um artigo do Jornal Ipanema, o objetivo do estudo é “entender como funciona o sistema auditivo dos primatas brasileiros”, embora o artigo não entre em detalhes exatamente como o estudo foi realizado, diz apenas que suas “atividades cerebrais e auditivas dos animais foram monitoradas com eletrodos, colocados no alto da cabeça e atrás das orelhas.

 Os especialistas lançaram sons de diversas frequências para registrar a capacidade de audição das espécies, monitorando as ações e reações”, diz o artigo.
“Entendendo o que os animais escutam, percebemos melhor como são as relações deles com o ambiente em que vivem, seja no momento da escolha do parceiro, seja para fugir de um predador”, disse a bióloga do zoo, Cecília Pessuti. Ela disse também que o estudo tem o objetivo de entender a evolução do sistema auditivo do ser humano.
Embora o estudo seja aparentemente inofensivo, fica sempre a pergunta: para quê submeter um animal a um procedimento invasivo e alheio à sua natureza, sem que ele possa dar “autorização”? Será que eles vão mesmo se beneficiar dessa interferência já que vivem em cativeiro? Não é possível afirmar ao certo, mas fica a impressão de que uma das intenções é aprimorar métodos de acasalamento para manter a população cativa.
O website do zoológico, que também se auto-refere pelo termo eufemístico ‘parque zoológico’, cobra ingressos, ou seja, os animais são uma atração.

O negócio é todo revestido de um discurso conservacionista, mas então o que estaria um camelo fazendo em Sorocaba? E ainda por cima eles dizem que o camelo está ameaçado de extinção! Será que eles não sabem que existem milhões de camelos na Austrália e que o governo de lá inclusive quer matá-los com a desculpa de controlar suas emissões de carbono?
Do ponto de vista dos direitos animais, o que interessa é simplesmente preservar o habitat natural dos animais do que mantê-los em ambientes controlados com a desculpa de preservação da espécie. Os animais têm que ser livres e não peças vivas em museus verdes.

E o dia que não houver mais florestas para os macacos viverem, eles terão que viver eternamente como internos de instituições humanas, a mercê da espécie que vandalizou suas casas?

fonte:anda

Macacos reconhecem amigos em fotos

Macacos reconhecem amigos em fotos


Segundo uma experiência feita com macacos , os animais passavam mais tempo a tentar indentificar fotos de macacos que não conheciam.

Segundo a BBC online, os investigadores da Universidade de Gottingen, Alemanha, verificaram que os macacos jovens ficavam curiosos, mas confusos com as fotos. E a maior parte das vezes tentavam cumprimentar os macacos que apareciam nas imagens.

Esta descoberta sugere que os primatas aprendem com a idade que as fotos são apenas imagens. O estudo, publicado no Animal Cognition, ajuda, também a perceber mais sobre o comportamento e inteligência dos macacos.

fonte:dn.pt

No Laos, projeto mostra que viver como os macacos ajuda a preservar floresta

Um projeto realizado pelo cientista francês Jeff Reumaux, em Laos, na Ásia, mostra como viver como um macacos ajuda a preservar a floresta. Chamada de “Gibbon Experience”, a experiência foi inspirada no modo de vida do macaco gibão (Hylobates pileatus), e levou cinco anos para começar a ser realizada.
O cientista construiu cabanas no meio da floresta, a cerca de 40 metros de altura a partir do chão, e tirolesas para fazer com que as pessoas “voem” pelas selvas. Os cabos que ligam as árvores medem até 700 metros de comprimento e, através deles, se viaja por uma velocidade média de 80 km/h.
Além dos benefícios para o meio ambiente, a experiência tem atraído pessoas interessadas no ecoturismo, como o mochileiro americano Nathan.
 É simplesmente alucinante, como voar.
Na reserva vivem atualmente 400 gibões. O francês explica que seu objetivo não é transformar a selva em uma mera atração turística, mas apresentar aos habitantes um modo alternativo de seguir explorando a natureza sem cortar árvores ou matar animais.
Queremos mostrá-los que conservar a selva é melhor que destruí-la. Isso talvez seja óbvio para nós, mas para poder persuadi-los temos que provar que é possível viver assim.
Para cumprir essa meta, uma parte do dinheiro arrecadado pelo ecoturismo é investida em modernos sistemas de irrigação para arrozais e outros cultivos, consumidos pelas famílias que já não precisam queimar parte da floresta, como outros camponeses laosianos.
Assista ao vídeo da reportagem do r7:

Construção de companhia que vendia macacos para laboratórios é paralisada, em Porto Rico



A Bioculture – uma companhia que vende primatas para laboratórios – recebeu um golpe maciço desde que a cidade de Guayama, Porto Rico, e seu prefeito, Glorimari Jaime Rodríguez, aprovaram o banimento de importações, exportações, criação e uso de macacos para/em experimentos.

A Bioculture precisa agora rasgar seus planos para capturar mais de 4000 macacos selvagens, confiná-los em gaiolas, reproduzi-los em Guayama, e vender seus filhotes para laboratórios para serem usados em testes dolorosos e mortais. A lista de clientes da Bioculture inclui labratórios horrendos como Shin Nippon Biomedical, Charles River, Pfizer e Covance, entre outros.

A PETA, junto a outras organizações, a renomada primatologista Jane Goodall e o ator porto-riquenho Benicio del Toro fizeram campanhas árduas para derrubar os planos cruéis da Bioculture. Eles protestaram contra a companhia e se uniram aos cidadãos de Guayama para preencher uma proposta de lei, que fez o juíz da Superior Corte (equivalente ao STF brasileiro) paralisar temporariamente a construção das intalações da empresa, haja vista que a Bioculture foi flagrada infringindo importantes leis locais.

No caso de a Bioculture decidir criar filiais em outras cidades de Porto Rico, a PETA trabalhou com a Senadora Melinda Romero Donnely, que apoiou a resolução do senado no. 1514 para pedir formalmente aos Serviços de Pesca e Vida Selvagem do Departamento de Agricultura dos EUA a negação de qualquer pedido da Bioculture para importar e reproduzir animais em Porto Rico. A resolução está sendo analisada pelo senado nesse mesmo instante.

fonte:anda

Macacos confinados para pesquisas tentam fugir de laboratório, no Japão

do anda



Um grupo de quinze macacos vítimas do confinamento e da exploração científica tentou escapar do departamento de pesquisas da Kyoto University em Aichi Prefecture, que faz estudos “científicos” torturando os primatas. O local é fechado por uma cerca elétrica de cinco metros.

De acordo com o jornal The Telegraph, os macacos fugiram usando galhos das árvores para catapultar a si mesmos um por um para fora da cerca de alta voltagem a quase três metros de distância.

Entretanto, apesar da inteligência mostrada na grande fuga, os macacos ficaram assustados e sem saber como se orientar. Eles permaneceram nos portões do lugar, onde foram atraídos de volta por cientistas com amendoins.

Os cientistas agora cortaram três árvores para evitar novas fugas dos pobres animais.

O instituto de Kyoto é um dos maiores centros de pesquisa de primatas, com uma série de estudos explorando interação social, comportamento, biologia e evolução dos primatas.

Cerca de 80 macacos japoneses vivem confinados no ambiente do qual o grupo mencionado conseguiu escapar.

 
do anda

Não muito tempo atrás, Julia Fischer, do Centro Alemão de Estudo de Primatas, em Gottingen, se divertiu quando viu dois de seus distintos colegas homens se vangloriando sobre um tópico muito diferente dos motivos usuais de bazófias acadêmicas  ensaios publicados, verbas de pesquisa conquistadas, vitórias que humilham intelectuais rivais. “Um deles disse, com orgulho, que tinha três filhos, recorda Fischer. “E o outro rebateu dizendo que tinha quatro filhos”. “Há homens que vão se gabar de seus Porsches”, ela acrescentou. “Aqueles dois estavam se gabando de seu número de filhos.

E embora Fischer relute em estabelecer comparações levianas entre os seres humanos e outros primatas, não conseguiu deixar de pensar nos macacos de Gibraltar, que ela estuda e para os quais não há nada que confira mais status ou impressione mais os outros rapazes do que caminhar pela região carregando um filhotinho.

Em estudo publicado na edição atual da revista Animal Behaviour, Fischer e seus co-pesquisadores descrevem o modo pelo qual os macacos de Gibraltar usam os filhotes como “dispendiosas ferramentas sociais”, para o propósito expresso de formar relacionamentos com outros machos e expandir sua influência social. “Se você deseja fazer amizade com o potentado local, melhor levar um bebê. Se o objetivo é reforçar uma aliança com outro macho ou reparar uma amizade abalada, melhor não esquecer o bebê.

Não importa que o filhote seja mesmo do macaco em questão. Desde que tenha o pêlo escuro e negro e o rosto rosado e enrugado ao qual os macacos de Gibraltar machos e adultos consideram impossível resistir. “Eles seguram o filhote como se fosse um objeto sacro, o acariciam com os focinhos, fazem ruídos para expressar admiração!”, diz Fisher. “É uma cena um tanto intrigante”, diz Fischer.

Em tempo para o Dia dos Pais (que aconteceu dia 20 de junho nos Estados Unidos), este e outros estudos revelam casos surpreendentes, exóticos ou vagamente perturbadores de comportamento paternal masculino  e de uma atenção cuidadosa e ávida às necessidades dos filhotes que por muito tempo era considerada como reservada às mães.

Os cientistas descobriram, por exemplo, que o peixe cachimbo macho – que, como seus parentes, os cavalos marinhos, é famoso por sua capacidade de engravidar e parir filhotes vivos – é tanto mais generoso quanto mais calculadamente severo para com seus filhotes do que se acreditava anteriormente, dada sua capacidade de realizar sintonia fina no volume de nutrientes atribuído a cada filhote em gestação de acordo com os sentimentos que tenha para com a mãe.

Na maiorias das espécies de pássaros, machos e fêmeas se revezam para chocar os ovos e apanhar insetos com os quais alimentar os filhotes. Mas algumas aves de maior porte, a exemplo das emas e nandus, têm o macho como único responsável pelo ninho.

Já foram descobertas provas científicas de que a responsabilidade paterna pelos filhotes talvez representa o programa primordial das aves, remontando aos famosos ancestrais dos pássaros, os dinossauros. Por que os machos de algumas espécies cuidam prolongadamente de seus filhotes enquanto outros tendem a se afastar, pós-coito? As razões variam amplamente e nem sempre são fáceis de discernir.

Em 90% das espécies de mamíferos, a promiscuidade é comum e a paternidade incerta; as fêmeas gestam filhotes no interior de seu organismo e os mantêm provisionados com leite materno, e os machos raramente têm incentivo evolutivo para assumir responsabilidades paternas mais amplas. Mas dos restantes 10%, que formam o grupo dos papaizões, consta claramente a maioria dos primatas do planeta.

“Muitos primatas adoram bebês”, diz Sarah Hrdy, especialista em primatas e autora de um livro sobre a maternidade entre eles. Considerem a maneira pela qual duas pequenas espécies de macacos das Américas, o sagui cabeça de algodão e o sagui comum, reagem à gravidez de suas parceiras.

Os hormônios dos machos mudam, as conexões dendríticas de seus cérebros começam a mudar e eles ganham peso – tudo isso como preparação para as cargas pesadas que terão de portar. As fêmeas de ambas as espécies em geral têm filhotes gêmeos; somados, eles pesam cerca de 20% do peso do macho, e do momento em que nascem até que se tornem autônomos o macho terá de carregá-los quase o tempo todo.

Se estiver sentado, terá os filhotes no colo. Quando eles saltam de galho em galho, os gêmeos se agarram às reconfortantes almofadas térmicas que existem nos ombros dos pais. Se ouvir os bebês chorando, o macho é incapaz de resistir ao impulso de apanhá-los no colo.

Em estudo publicado pelo American Journal of Primatology, Sofia Refetoff Zahed e seus colegas na Universidade do Wisconsin compararam as respostas dos pais experimentados e dos machos inexperientes quando ouvem o som de um bebê macaco se queixando, em uma jaula distante.

Sem exceção, os pais experimentados atravessam uma ponte para chegar ao ponto de onde vem o chamado, e o atendem em cerca de 45 segundos. Já os machos inexperientes, em contraste, demoram bem mais. (Um minuto, cinco minutos – hahaha. Bem, talvez seja melhor ver qual é o problema. Mas não, acho que não preciso.) Na metade dos casos, os machos inexperientes nem chegam à jaula de onde vem o chamado antes que o prazo da experiência se esgote.

Os saguis das duas espécies se tornam pais perfeitos porque suas parceiras são como rainhas-mães em termos de fecundidade. Uma macaca que acaba de parir filhotes não dispõe da energia necessária a arrastar com ela o par de filhotes cada vez maiores não quando deve produzir dosagem dupla de leite e engravidar de novo cerca de duas semanas depois de parir.

“Quando comecei a estudar macacos, eu via as fêmeas como muito maldosas”, diz Zahed, que está trabalhando para obter seu doutorado. “Os filhotes tentavam pegar comida, pegar aquilo que a mãe tivesse nas patas, mas a mãe tomava a comida de volta e ia embora. O pai, por outro lado, sempre abria mão da comida e permitia que os filhotes fizessem tudo que queriam”.

“Foi nessa época que engravidei de meu segundo filho, enquanto ainda estava amamentando o primeiro”, conta. “Só então compreendi: você certamente fica ranzinza”.

Em contraste com a óbvia conexão entre cuidado paterno e bem-estar dos filhotes que os saguis demonstram, a fascinação de um macaco de Gibraltar pelos filhotes muitas vezes pode parecer menos positiva para os pequeninos. Espécie antes abundante na África do Norte mas agora limitada a alguns pequenos trechos de florestas na Argélia, o macaco de Gibraltar vive em grupos de cerca de 30 animais, uma combinação de fêmeas adultas aparentadas e machos adultos não aparentados. As fêmeas parem na primavera, e Fischer diz que a estação “é o momento mais importante no que tange a lidar com os filhotes”.

Dias depois de nascer, todos os filhotes se tornam alvos aceitáveis para as carícias masculinas. “Um macho se aproxima da mãe lentamente”, diz Fischer, “aproveita sua oportunidade e pega o filhote”.
Ele carrega o filhote sob a barriga ou nos braços, e caminha na direção de um ou dois outros machos, e tenta se aproximar. “Se não tiverem um filhote com eles, não podem interagir”, disse Fischer. “Haveria tensão demais entre os machos adultos”.

Um macho pode carregar o filhote com ele por horas a fio. Caso o filhote comece a chorar, ele o leva de volta à mãe para amamentação, mas sem largar o tornozelo de sua preciosa ferramenta de conexão social.
Os pesquisadores presumiam inicialmente que segurar os filhotes tivesse efeito tranquilizante sobre os machos, mas uma medição do nível de hormônio destes provou que na verdade ocorre o contrário: carregar um filhote levar a uma elevação nos hormônios masculinos de estresse.

Os cientistas agora propõem que os machos empregam os filhotes como “símbolos de batalha”, na definição de Fischer, “a fim de demonstrar aos demais machos que são capazes de suportar o estresse”.
Que prova melhor de que um macho é aliado digno, e não sofrerá colapso na temporada de acasalamento, quando os machos precisam formar coalizões a fim de monopolizar as fêmeas férteis e ajudar a dar origem a uma nova geração de ferramentas sociais peludas?

A natureza talvez não tenha conseguido inventar a moda, mas inventou o equivalente à roleta, e às apostas. A bolsa de um peixe cachimbo macho foi por muito tempo considerada como uma área passiva de incubação na qual embriões podiam se desenvolver em segurança, se alimentando de nutrientes fornecidos pela mãe. Mas pesquisas recentes sugerem que os machos também injetam alimento na bolsa, além de regularem a pressão osmótica, a salinidade e o fluxo de oxigênio.

A generosidade paterna tem limites. Em estudo publicado na edição de 18 de março da revista Nature, Kimberly Paczolt e Adam Jones, da Universidade Texas A&M, provaram que a bolsa de um peixe cachimbo do Golfo do México serve como mercado para escambos sexuais e ocasionais guerras.

Os peixes cachimbo machos gostam de fêmeas grandes, e caso se acasalem com um exemplar carnudo concederão às ovas desta fêmea nutrientes adicionais abundantes. Mas se um macho se acasalar com uma fêmea leve, porque não conseguiu encontrar melhor, e na metade da gestação uma fêmea mais gorda nadar por perto, a bolsa do macho sabe o que fazer: abortar ou reabsorver alguns dos embriões existentes e usá-los como alimento para novos.

Sim, os pais adoram assumir responsabilidades, contrariar as probabilidades, expandir o ninho. Em estudo publicado pela revista Science, David Varricchio, da Universidade Estadual de Montana, e seus colegas ofereceram provas de que pelo menos algumas espécies de dinossauros carnívoros assemelhados a aves podem ter atribuído aos machos a responsabilidade por cuidar dos filhotes.

Os pesquisadores argumentaram, para começar, que a descoberta repetida de dinossauros adultos em estreita proximidade a depósitos de ovos indicava que eles não saíam correndo em caso de ameaça, mas ficavam para tentar proteger o ninho. Além disso, o volume total de ovos em cada depósito era impressionantemente vasto, sugerindo contribuição de mais de uma fêmea.

Por fim, os ossos de dinossauros adultos associados aos ninhos sugerem proveniência de animais machos machos que convidavam grande número de fêmeas a se acasalar com eles e a colocar seus ovos em seus ninhos. Esses machos eram bons pais, e as fêmeas sabiam que haviam feito sua parte e podiam deixar o resto com eles.

Fonte: Terra