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Perda de biodiversidade deve aumentar no século XXI



Até recentemente, pesquisadores pensavam que a complexidade da biodiversidade inviabilizava a previsão de tendências futuras. Agora, especialistas em biologia se juntaram para provar que é possível prever situações futuras. Esses cientistas publicaram uma compilação em escala global de cenários quantitativos, nos quais descrevem as possíveis mudanças na biodiversidade no mundo.

Apesar de um certo grau de incerteza nos modelos elaborados, as possíveis tendências convergem: se os processos de desenvolvimento humano e econômico não mudarem radicalmente, a Terra caminhará para o desastre.

A tendência é que a perda de biodiversidade continue no século 21. Mesmo os cenários mais otimistas prevêem o declínio, até mesmo a extinção, de muitas espécies ao longo do século. As extinções em escala global irão aumentar fortemente, a abundância média das espécies vai diminuir e sua distribuição vai alterar.

Com as mudanças no uso da terra, no clima e na super exploração dos recursos naturais, as atividades dos seres humanos são centrais nas principais ameaças à biodiversidade. A boa notícia é que os cenários descritos pelos pesquisadores apontam para as possíveis linhas de ação.

A maioria das plantas e animais estará sujeita à diminuição de sua área de distribuição ou abundância (número de indivíduos de uma espécie por unidade de superfície ou volume). A equipe de cientistas alertou, por exemplo, que a abundância total das espécies terrestres pode diminuir de 10 a 20% durante a primeira metade do século. O fator mais crítico é uma mudança na composição das comunidades, mais do que o desaparecimento de espécies.

Os principais fatores por trás da perda de biodiversidade são a degradação e destruição de habitats naturais, alterações climáticas e a super exploração de recursos biológicos. Mudanças no uso da terra, impostas, por exemplo, pela urbanização ou a conversão de floresta equatorial em pastagens e terras aráveis, é a principal ameaça à biodiversidade. A situação afeta em primeiro lugar os países do Sul, como África Central e Austral, zonas do Atlântico da América do Sul e parte do Sudeste da Ásia.

As alterações climáticas também perturbam gravemente os habitats e ecossistemas, e ampliam a tendência de perda de biodiversidade durante o próximo século. As alterações climáticas levam, por exemplo, a invasão da tundra do Ártico pela floresta boreal, que está mudando os pólos conforme o clima aquece. Outras ameaças são a acidificação dos oceanos e o aumento do nível do mar e da poluição, que altera os recifes de corais e destrói um número significativo de ecossistemas costeiros.

A pesca leva a um declínio de alguns predadores como o atum e o tubarão, perturbando completamente a cadeia alimentar marinha. Essa perda de biodiversidade pode ter fortes consequências ao desenvolvimento. Por exemplo, a degradação irreversível dos habitats litorâneos expõe ao risco de intensificação de danos causados por ondas e tempestades.


Entretanto, os pesquisadores mostram que existem meios para controlar essa queda de biodiversidade. Limitar o desmatamento, por exemplo, pode ajudar a combater essa tendência. Os cientistas prevêem que, dependendo das medidas tomadas agora, nos casos mais favoráveis, haverá um aumento mundial global na cobertura florestal de cerca de 15% até 2030, um montante de 10 milhões de km², equivalente à superfície do Canadá ou da China. Por outro lado, se nada for feito, o pior cenário indica uma redução de mais de 10% da superfície de florestas.

O aumento da eficiência da agricultura, a redução das emissões de gases de efeito estufa, o reflorestamento em larga escala, a criação de ambas reservas naturais terrestres e marinhas, são outras medidas que podem permitir que os seres humanos diminuam seu impacto sobre a biodiversidade.

Os cenários descritos pelos pesquisadores são coerentes com a economia e a utilização de recursos da população. No entanto, eles indicam que são necessárias mudanças radicais no modo atual de desenvolvimento. Tendo isso em vista, especialistas em biodiversidade podem agora fazer previsões disponíveis para tomadas de decisão política.

Fonte: Hypescience

Cinco espécies, entre elas o peixe-boi e a ariranha, serão foco de estudo para preservação

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Os estudos científicos sobre o peixe-boi, iniciados na década de 80, a lontra, a ariranha e dois tipos de boto, o cor-de-rosa e o cinza, serão ampliados e receberão mais verba.

A Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) lançaram o projeto “Mamíferos Aquáticos da Amazônia: Conservação e Pesquisa”, com a intenção de preservar essas espécies de mamíferos.

O boto cor-de-rosa e o boto cinza (tucuxi), por exemplo, tem na pesca predatória como a maior ameaça à sua preservação, aliada à inexistência de uma fiscalização por agentes ambientais no Brasil.

“Resolvemos centralizar todos os estudos em um só projeto. Agora, temos uma verba quatro vezes maior do que a que costumávamos ter”, disse o diretor da Ampa, Jone César Silva.

Antes a verba anual para estudar os mamíferos chegava a R$ 300 mil. Nessa nova etapa, o projeto passa a receber R$ 3 milhões pelo período de dois anos.



Para saber um pouco a respeito de cada espécie, o peixe-boi (Trichechus inunguis) é o maior mamífero aquático da Amazônia e pode atingir cerca de 2,5 metros e pesar até 300 quilos.

 

Já o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), também chamado de boto-vermelho, está ameaçado de extinção e é bastante citado em muitas lendas da Amazônia.

 

A Lontra longicaudis, conhecida como neotropical, é encontrada em outros continentes além da América do Sul. Possui hábitos noturnos e vive próximo a rios, onde se alimenta de peixes e até aves.



Por fim, as ariranhas. Seu nome científico é Pteronura brasiliensis. Habitam não só a região amazônica como também o Pantanal. São maiores do que as lontras e também se alimentam de peixes (preferencialmente as piranhas).

Fonte:EPTV