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Ex-prefeito é suspeito de envenenar animais na Bahia, diz procurador
quarta-feira, outubro 05, 2011
Postado por Unknown
A morte de pelo menos 50 animais é investigada no povoado de São Bento de Inhatá, na cidade de Amélia Rodrigues, a 84 km de Salvador. Polícia Civil e Poder Judiciário foram acionados após cães terem sido mortos por consumo de carne envenenada oferecida durante a tarde de quinta-feira (29).
Galinhas e urubus também morreram porque tiveram contato ou comeram a carne dos animais contaminados. Os corpos dos bichos foram encontrados na zona rural.
Representantes da prefeitura afirmam que moradores avistaram o ex-prefeito da cidade vizinha, Conceição de Jacuípe, João Barros de Oliveira, conhecido como João de Roque, dirigindo uma moto e jogando a carne com veneno em um percurso de aproximadamente cinco quilômetros. Em entrevista ao G1, ele negou as acusações.
Os animais mortos ainda podem ser encontrados nesta quarta-feira (5). Segundo a prefeitura, eles ainda não foram retirados porque, além de não desconfigurar a cena do crime, há o receio de contaminação das pessoas que atuarem na retirada.
O suspeito diz que não tem motivos para cometer o crime e que sempre conviveu com os vizinhos de forma pacífica. "É uma acusação terrível, eu vivi a vida inteira lá, não sei como essa história veio parar no meu lado. Não fiz isso e repudio. E, pelo que eu soube, não foi apenas na minha roça, foi na região inteira", defende-se João de Roque. Ele comenta que a roça dele não tem casa e nem curral e que cachorros da vizinhança sempre viveram em seu terreno e ele não se incomodava com isso.
O suspeito diz que não tem motivos para cometer o crime e que sempre conviveu com os vizinhos de forma pacífica. "É uma acusação terrível, eu vivi a vida inteira lá, não sei como essa história veio parar no meu lado. Não fiz isso e repudio. E, pelo que eu soube, não foi apenas na minha roça, foi na região inteira", defende-se João de Roque. Ele comenta que a roça dele não tem casa e nem curral e que cachorros da vizinhança sempre viveram em seu terreno e ele não se incomodava com isso.
“Tinham umas 30 pessoas na rua e todas elas acusaram a mesma pessoa. Eu vi os pedaços de carne envenenada, sentimos cheiro do veneno muito forte e isso já tinha bastante tempo do acontecido”, relata o secretário de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura, Mário Augusto Filho. O crime, segundo testemunhas, teria sido motivado pelo ataque de um cachorro a alguns dos animais do suspeito, que é proprietário de um sítio na região.
De acordo com o procurador do município, Geraldo Henrique Sampaio, até o momento, foram contabilizados pelo menos 90 animais mortos – 50 deles tiveram os corpos encontrados e alguns deles já enterrados, e os demais 40 ainda não teriam sido localizados por seus donos.
“Esses não têm a materialidade comprovada, devem ter ganhado o mato e por lá falecido após consumo do veneno. Ainda não sabemos o dano que esse crime pode ter gerado ao meio ambiente. Se o solo pode ter sido contaminado, assim como o leito dos rios. O dano pode ser muito maior”, afirma o procurador. Ele complementa que moradores relataram que outro episódio de morte em massa de animais ocorreu há cerca de seis meses no mesmo povoado.
Caso a queixa contra o ex-político seja confirmada pelo inquérito policial e acatada pelo Ministério Público, ele deverá ser enquadrado no artigo 32 da Lei Ambiental (9605/98), que trata de práticas abusivas contra animais. A Procuradoria do Município também deve entrar com uma denúncia na Justiça, que deverá ser formulada após conclusão da perícia do Departamento de Polícia Técnica, que esteve no local na terça-feira (4).
Caso a queixa contra o ex-político seja confirmada pelo inquérito policial e acatada pelo Ministério Público, ele deverá ser enquadrado no artigo 32 da Lei Ambiental (9605/98), que trata de práticas abusivas contra animais. A Procuradoria do Município também deve entrar com uma denúncia na Justiça, que deverá ser formulada após conclusão da perícia do Departamento de Polícia Técnica, que esteve no local na terça-feira (4).
“Precisamos de informações como o tipo de veneno e a quantidade utilizada. Mas o próprio município tem uma lei orgânica que nos autoriza a tomar todas as medidas judiciais e administrativas no sentido de salvaguardar o meio ambiente daqui da região”, afirma o procurador.
O delegado da cidade não foi localizado para comentar as investigações.
fonte:G1
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