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Filhotes de pássaros atraem mais de cem voluntários ao Ibama, em Recife (PE)


Uma apreensão de 517 filhotes de papagaios, papagaios-galegos e maritacas que ocorreu na última semana em Pernambuco tem movimentado a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), de Recife.
A pouca quantidade de funcionários no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para cuidar dos espécimes, que recebem alimentação pelo menos três vezes ao dia e precisam ser observados constantemente, chamou a atenção de mais de uma centena de voluntários, que passaram a frequentar diariamente o local.
Os filhotes, encontrados na caçamba de um caminhão na região de Juazeiro, seriam comercializados em Petrolina e em Recife. Eles estavam em gaiolas, em más condições, e precisavam ser socorridos com urgência para que não morressem.
Com apenas três funcionários, o Cetas teve que pedir ajuda. Segundo Edson Lima, analista ambiental do Ibama, tudo começou com uma mensagem via e-mail para um grupo de cinco pessoas. “A mensagem foi colocada em sites de relacionamento e houve uma ‘explosão’ de voluntários nos procurando para alimentar esses animais”, disse Lima.


çOutros cinco especialistas foram contratados temporariamente para dar conta. “Além deles, já contamos 133 voluntários e continuamos recebendo ligações de diversas pessoas. Tivemos que criar um esquema de grupos de dez pessoas por turno para alimentar os animais. Não estamos recusando ninguém, mas a preferência é para aqueles envolvidos com a biologia ou medicina veterinária”, disse Lima.
Necessidade:
Como a base do Cetas em Recife é pequena, os papagaios e maritacas foram colocados em caixotes em uma sala improvisada. Por dia, são consumidos seis quilos de ração especial, ao custo de R$ 200.
“Além do alimento, precisávamos de seringas, luvas e óculos especiais para quem fosse cuidar dos animais. Estamos tendo ajuda de duas organizações ambientais, uma brasileira e uma norte-americana, que estão nos doando os materiais”, disse Edson Lima.

Por pelo menos dois anos esses animais receberão tratamento especial, até conseguirem sobreviver sozinhos na natureza. Entretanto, devido à falta de espaço no Centro de Triagem e à possibilidade de novas apreensões ainda este ano, as aves serão distribuídas para o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, e para um viveiro de uma igreja em Vitória de Santo Antão.


Crime ambiental:
O comércio de aves, como os papagaios e a maritaca, é controlado pelo Ibama. Entretanto, Lima afirma que o tráfico de animais continua constante em Pernambuco, apesar do reforço na fiscalização feito por agentes do instituto e pela Polícia Ambiental.
Segundo o Cetas, em todo ano de 2010, 5.843 animais foram apreendidos, sendo que mais de 5 mil eram aves. De janeiro até 19 de setembro de 2011, 5.072 animais foram levados ao centro para cuidados, sendo 4.478 aves. “Até o fim do ano, este número pode aumentar, pois o crime continua acontecendo”, disse o analista ambiental.
Fonte: G1

Cachorra sobrevive a terremoto e é salva da eutanásia graças a voluntários




Popularmente se diz que os gatos têm sete vidas, mas e os cães? Com a ajuda do Grupo de Resgate e Suporte de Animais em Situação de Terremoto no Japão (JEARS, na sigla em inglês), os cães poderão chegar a sete vidas em breve.
Esta é a milagrosa história de Maruko, uma cadelinha que sobreviveu sob os escombros da casa em que morava em Ofunato, província de Iwate. Ela ficou 11 dias sem comida e sem água depois do terremoto e da passagem de um tsunami pelo país no começo desse ano. Mas esse é só o começo desta longa jornada de seis meses para esta cachorrinha que ainda tem algumas vidas de reserva para usar. Ou algum carma canino. As informações são do jornal The Japan Times.
Depois de ter sido resgatada dos destroços da casa, a confusa e irritada cadela foi levada para um abrigo, onde os animais ficam por cinco dias até serem sacrificados. Àquela altura, Maruko avançava e mordia a mão de todos que a colocavam sobre ela.
A mestiça de terrier foi rotulada como agressiva e muito perigosa para ser tratada. Por isso os tratadores do abrigo a deixaram numa jaula. Lá Maruko ficou por cinco dias, cada um trazendo a câmara de gás mais perto.
Neste meio tempo, o governo municipal de Ofunato conseguiu localizar os tutores de Maruko, mas eles estavam morando em um abrigo também, para vítimas da tragédia natural. Como eles não conseguiriam pegar a cadela de volta, eles torceram para que o abrigo ficasse com Maruko até que eles encontrassem um lar apropriado e pudessem se reencontrar.
Em vez disso, o abrigo decidiu abater Maruko.
No quinto dia, a poucas horas de a cadelinha ser fechada na câmara de gás, Kate O’Callaghan chegou à cidade de Ofunato com voluntários da JEARS, incluindo um veterinário. Ela tinha ouvido falar sobre o caso da cachorra. “A JEARS não deixaria que isso acontecesse”, disse Kate, uma defensora de abrigos que não matem os animais.
A JEARS é formada por uma parceria de três grupos de resgate sem fins lucrativos do Japão: Amigos dos Animais de Niigata, Heart Tokushima e a Rede Felina do Japão. Estes grupos organizam voluntários de todo o país para ajudar animais em necessidade.
Kate ofereceu-se para ir de Okinawa, onde mora, até Iwate para ajudar a resgatar Maruko. “Quando finalmente vimos a cachorra, ela estava dentro de uma gaiola se debatendo. Maruko não é agressiva, ela só estava traumatizada”, contou Kate. Felizmente, os voluntários da JEARS são psicólogos de animais naturais e eles sabem conquistar um cachorro e influenciar as pessoas.
Depois de horas de negociações, o governo finalmente aceitou que a JEARS levasse Maruko do abrigo. Com cuidados adequados, amor e paciência, eles foram capazes de ganhar a confiança da cadelinha.
Mas ninguém avisou a JEARS sobre os tutores de Maruko.
Os voluntários levaram a cachorra para a instituição Amigos dos Animais de Niigata, onde ela viveu cercada pela bondade dos amantes de animais por um mês. 
Em maio, Maruko foi transferida para o abrigo da entidade Heart Tokushima, a mil quilômetros de distância, administrado por Susan Mercer e o marido Hitoshi Tojo. Eles atualmente cuidam de mais de 50 cachorros retirados das áreas atingidas pelo terremoto e contam com a ajuda de 10 a 20 voluntários.
Quando Maruko estava se adaptando ao seu terceiro lar temporário, os tutores foram ao abrigo de Iwate procurar por ela. Lá eles foram informados que a cadelinha estava viva, mas não sabiam onde.
Os tutores recorreram à internet e, ao buscaram por ‘cães desaparecidos’, se depararam com o blog da JEARS, que tinha um vídeo do YouTube feito por Kate O’Callahan, chamado “A história de Maruko”.
No dia 18 de setembro, Hitoshi Tojo, administrador do terceiro abrigo, levou Maruko até o aeroporto de Osaka, onde se encontrou com um voluntário da JEARS que levou a cadela para  reencontrar-se com seus tutores. Para a família que perdeu tudo no terremoto e no tsunami, ter Maruko de volta foi um presente extraordinário.
“O espírito dela é jovem, ela está sempre sorrindo. Ela entendeu que teve uma segunda chance na vida e então ela vive ao máximo”, disse Susan Mercer, do abrigo da Heart Tokushima, sobre o tempo que Maruko ficou com ela.

Nem todos os cães, entretanto, têm essa sorte, mas para dar a um cachorro sete vidas é fácil, basta microchipá-lo.
fonte:anda

Heroes do japão:Cachorros holandeses são "voluntários" das buscas no Japão

17 de março - Os cães Scanner, Rifka, Finder e Kazan ajudarão nas buscas por sobreviventes, no Japão. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Quatro passageiros inusitados acompanharam o voo 861 da KLM entre Amsterdã e Tóquio, na última quarta-feira. Scanner, Rifka, Finder e Kazan são quatro bem-comportados cães que ajudarão nas buscas a sobreviventes do terremoto e do tsunami que atingiram costa leste japonesa na semana passada.

Ao contrário dos demais animais de estimação, os dois machos e duas fêmeas da raça belga malinois foram transportados na cabine dos passageiros - e sua presença não se fez notar nas 11 horas de voo entre as capitais holandesa e japonesa.

Seus donos e treinadores, um grupo de quatro holandeses, resolveram embarcar para o Japão com seus cães treinados para ver como poderão ajudar na tregédia. "Vamos chegar e fazer alguns telefonemas para decidir aonde ir", explicou Esther Van Neerbos, veterinária que já atuou como voluntária nos recentes terremotos na China, no Haiti, no Paquistão e em Taiwan.

Esther é a fundadora da Signi Searchdogs, uma fundação holandesa de treinamento de cães para buscas. Martine Dietz, assistente de veterinário, e Edwin Dolima, gerente de uma clínica psiquiátrica, são dois treinadores da fundação que estão estreando na atividade agora, no Japão. "Se comportar bem faz parte do treinamento", explica Martine, que ensina a atividade de buscas geralmente em prédios em demolição.

fonte:terra

Cresce número de pessoas que abrigam cachorros e gatos em lares temporários no RJ

Enquanto não encontram um cantinho definitivo para chamar de seu, o destino de alguns cães e gatos resgatados das ruas tem sido viver num lar provisório, conforme mostra reportagem de Simone Candida, na edição de O GLOBO deste domingo. A exemplo do que ocorre nos casos de adoção de crianças e adolescentes, em que muitas ficam à espera da nova família em lares temporários, alguns animais também são acolhidos em casas de voluntários, que assumem o papel de tutores por um período.
Gente como a professora Maria José Maia de Miranda, de 55 anos, que atualmente hospeda em sua residência, em Vila Isabel, na Zona Norte, 13 cães e 37 gatos abandonados.
“Aqui eles recebem carinho, atenção, comem ração de qualidade e são medicados. Estão melhores do que em um abrigo, onde seriam apenas um número. Se cada pessoa abrigasse um ou dois animais em casa, a situação dos bichos de rua estaria um pouco melhor”, diz Maria José, que adaptou a casa para receber os animais e trabalha em parceria com a Associação Nacional pela Implementação dos Direitos dos Animais (Anida).
Doentes e idosos têm menos chances de serem adotados:



Em 15 anos, a professora calcula que já encaminhou cerca de 100 animais para adoção. Entre eles, animais de raça e vira-latas. Recentemente, cuidou de uma shitzu e sua ninhada, apreendidos pela Justiça num canil. Eles foram encaminhados para novos lares em pouco tempo, mas uma boa parte dos animais que vive na casa de Maria José está há muitos anos na fila, sem encontrar um tutor. E ela mesma acabou adotando.

Como acontece com a maioria das “famílias acolhedoras” do Rio de Janeiro, Maria José paga do próprio bolso a alimentação, os remédios e as visitas aos veterinário, num gasto médio mensal de R$ 2 mil. E foi justamente por não poder mais arcar com as despesas altas que a professora Cristina Clemente Ribeiro, de 52 anos, moradora de Niterói, teve que parar de receber animais em casa depois de uma década.

“Chegou a um ponto em que eu tenho mais bichos do que capacidade e condições de cuidar. É que aqui em casa todos comem ração de qualidade e recebem tratamento veterinário. Isso custa caro. O problema é que as pessoas, quando descobrem que você faz este trabalho, começam a colocar bicho na sua porta”, diz Cristina, que atualmente tenta ajudar uma amiga a doar quatro gatinhos pretos. “É o que posso fazer neste momento, ajudar outras famílias que, como eu, acolhem bichos. Divulgo fotos no Facebook, no Orkut e também em petshops”, diz ela, que prefere não divulgar quantos cães e gatos abriga em casa.

A veterinária Andrea Lambert, de 45 anos, presidente da Associação Nacional pela Implementação dos Direitos dos Animais (Anida), conta com um grupo fixo de dez pessoas que a ajudam a acolher as muitas dezenas de cães e gatos que ela encontra largados pelas ruas. Atualmente, ela dispõe de 50 bichos, entre cães e gatos, a maioria disponível para adoção.



“Sem dúvida, é muito melhor colocá-los na casa de um voluntário do que deixá-los num abrigo, onde muitas vezes o animais morrem. Estes acolhedores acabam criando uma corrente, ajudando a procurar um tutor para o animal. Isso sem contar que, muitas vezes, o lar provisório acaba virando definitivo porque o cuidador adota o animal”, diz Andrea Lambert, que atualmente tenta encontrar um tutor responsável para uma fêmea da raça buldogue francês.

Quem quiser adotar um dos animais abrigados em lares temporários pode entrar em contato diretamente com algumas das ONGs que fazem o controle da adoção. Confira os meios de achá-las:

Grupo de Assistência e Proteção Aos Animais (Gapa):www.gapaitaipava.org.br ou 24-2222-8419
Associação Nacional pela Implementação dos Direitos dos Animais (ANIDA): www.gatosdocampodesantana.kit.net, andrealambertvet@gmail.com ou 9632-8115.



Fonte: O Globo

Campanha SOS Cagarro salvou 818 aves em um mês

A campanha ‘SOS Cagarro’, promovida nos Açores, em Portugal, desde o início de outubro, já permitiu o salvamento de 818 exemplares dessa ave marinha em várias ilhas do arquipélago, anunciou hoje a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar.

A mesma fonte indicou que apenas nas quatro noites do último fim de semana as brigadas de voluntários que aderiam à iniciativa recolherem cerca de 700 cagarros juvenis, perdidos quando tentavam o seu primeiro voo a partir das zonas de nidificação no arquipélago.

Numa referência aos resultados já obtidos, o diretor regional dos Assuntos do Mar sublinhou a necessidade de se “continuar a atuar no sentido de minimizar as situações de atropelamento” que continuam a figurar entre as principais ameaças à espécie, adiantando que este ano já foram registados 67 cagarros mortos ou feridos na região.

Frederico Cardigos admitiu a importância da contribuição de diversas entidades que, a pedido do governo, “têm vindo a atuar na prevenção, reduzindo a intensidade luminosa em locais que foram identificados como problemáticos em anos anteriores”.

O cagarro é uma espécie migratória rara que tem nas ilhas açorianas uma das suas principais zonas de reprodução.

Fonte: DNotícias