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Nos Estados Unidos, há uma corrente chamada Local Food Movement, que defende o plantio e a criação dos próprios alimentos em casa. Em um país onde a maioria das pessoas reside em casas, o quintal se tornou o principal local para a construção de hortas e criadouros de animais. 


Do movimento nasceram diversas oportunidades de negócios, como a venda de alimentos orgânicos, mas duas americanas se destacam pela criatividade. Rhonda Piasecki, 44 anos, e Sharon Rowland, 36, abriram a Just Us Hens (Apenas nós galinhas, em uma tradução livre), uma empresa criada para cuidar de galinhas quando seus donos viajam. 

Situado na cidade de Portland, o empreendimento existe desde maio de 2010. Entre os serviços oferecidos estão visitas diárias ao galinheiro (US$ 25); corte de asas (US$ 25); limagem de bico (US$ 25); consultoria para montar um galinheiro e aulas sobre como cuidar de uma galinha (US$ 60). “Quando eu comprei minhas primeiras galinhas, gostaria que houvesse alguém para me ensinar como cuidar”, diz Rhonda. “Agora temos conhecimento e experiência para lidar com todas as coisas que se passam em um galinheiro”. 

A ideia surgiu por acaso. As amigas trabalhavam juntas em uma loja de produtos naturais e estavam procurando outra fonte de renda. Uma outra amiga sugeriu que elas se tornassem consultoras de galinhas, devido à experiência com os animais. A ideia foi apoiada pelo marido de Sharon, que logo começou a mapear os quintais com pequenos galinheiros. 

Além de alimentar, limpar e cuidar dos animais, as empreendedoras se especializaram em resolver problemas que atacam as galinhas. Um dos principais é o hábito que muitas têm de arrancar as próprias penas a bicadas. Sensibilizada pelos machucados das galinhas, Sharon pensou em uma solução para o problema. Ela buscou um fornecedor que pudesse confeccionar uma espécie de avental de proteção para aves, impedindo que elas conseguissem arrancar as penas. Eles custam US$ 7,50 e podem ser esticados sobre as áreas machucadas dos animais. 

A clientela é pequena e local, mas há demanda para o serviço, dizem as empreendedoras. Elas não revelam quanto faturam, mas dizem que o negócio se consolidou e está crescendo. 


Em cidades como Portland, não é necessária autorização para criar galinhas em imóveis urbanos e as criações se tornaram uma febre. O prefeito da cidade, Sam Adams, é defensor da prática e possui três animais. A cidade também hospeda o evento anual Tour de Coops, que percorre 25 galinheiros em quintais, incluindo o do prefeito Sam Adams. 


fonte:revista pegn