Um cinegrafista especializado em vida selvagem capturou imagens de um filhote cor-de-rosa de elefante em Botsuana, um país no sul na África.

Mike Holding fez fotos do filhote rosa em meio a uma manada de cerca de 80 elefantes no delta do rio Okavango, enquanto filmava para um programa da BBC.

“Nós o vimos (o elefante rosa) por apenas alguns minutos, enquanto o rebanho cruzava o rio”, disse.

“Foi um momento muito empolgante para todos no acampamento. Sabíamos que era algo raro, ninguém conseguia acreditar”, acrescentou.

Especialistas acreditam que o filhote provavelmente é albino, o que é um fenômeno extremamente raro entre elefantes africanos.

”Três ocorrências”:

Elefantes albinos geralmente não são brancos, mas apresentam uma coloração entre marrom avermelhado e tons de rosa. O albinismo é comum em elefantes asiáticos, mas muito raro em espécies da África.

“Encontrei apenas três referências a filhotes albinos, que ocorreram no Parque Nacional Kruger, na África do Sul”, disse Mike Chase, ecologista que lidera a organização de caridade Elefantes Sem Fronteiras.

“Provavelmente esta é a primeira vez que um elefante albino é registrado no norte de Botsuana.”



“Estudamos os elefantes da região há cerca de dez anos e esta é a primeira prova documentada de um filhote albino”, acrescentou.

Ameaça:

Chase afirmou que o problema poderá dificultar a sobrevivência do filhote.

“O que vai acontecer com esse filhote albino ainda é um mistério. A sobrevivência a esse raro fenômeno é muito difícil nas condições duras da África. O sol forte pode causar cegueira e problemas de pele”, afirmou.

De acordo com o ecologista, pode haver esperança para o filhote, pois parece que ele já está aprendendo a se adaptar à sua condição.

“Pelo fato de este filhote de elefante ter sido visto no delta do rio Okavango, ele poderá ter uma chance maior de sobrevivência. Ele pode buscar abrigo debaixo de grandes árvores e se cobrir de lama, o que o protegeria do sol”, afirmou.

“E o filhote, que tem entre dois e três meses de idade, parece já caminhar na sombra de sua mãe.”

“Esse comportamento sugere que ele sabe de sua fragilidade frente ao forte sol africano e adaptou um comportamento único para melhorar suas chances de sobrevivência.”

“Aprendi que os elefantes se adaptam muito facilmente, são inteligentes e mestres na sobrevivência”, acrescentou.

Fonte: Paraíba.com.br