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Biólogos descobrem 24 espécies de lagarto, e todas estão ameaçadas




Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) descreve 24 espécies ainda desconhecidas de lagarto que vivem na região do Caribe. Ao mesmo tempo em que entram nas páginas da “Zootaxa”, revista científica que traz a novidade, as espécies já vão para a lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Os lagartos recém-descobertos são todos da família Scincidae. Embora sejam semelhantes aos lagartos comuns, eles possuem características próprias. Alguns destes lagartos, em vez de pôr ovos, geram os filhotes dentro do ventre.
Blair Hegdes, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e autor do estudo, acredita que esta peculiaridade esteja entre os fatores que colocaram em risco a existência destes animais. As fêmeas grávidas são mais lentas e vulneráveis aos predadores.
O principal predador dos lagartos é o mangusto, um mamífero carnívoro de pequeno porte. Os colonizadores levaram este animal da Índia para a região no século 19 para controlar o aumento da população de ratos, que tinham se tornado uma praga para as plantações de cana.
Além de atacar os ratos, os mangustos rapidamente incluíram os lagartos na dieta. A população dos répteis é muito pequena desde o início do século passado, por isso levou tanto tempo até que cientistas os descobrissem.
Os lagartos têm pequenas diferenças entre si que justificam a separação em tantas espécies. Desde o século 19, não havia na ciência a descrição de mais de 20 espécies de répteis de uma só vez.
Fonte: G1

Exposição em Fortaleza (CE) orienta sobre cuidados com animais

 Uma exposição realizada em shopping de Fortaleza traz orientações sobre os cuidados necessários com animais. Segundo organização do evento, a iniciativa é para evitar casos de maus-tratos como abusos e mutilações a animais, crimes que podem levar à pena de três meses a um ano de prisão, além de multa.

A programação inclui palestras e mostras de fotografias de projetos, como o Grupo de Apoio ao Bem Estar Animal (GABA) e a União Protetora de Animais Carentes (UPAC). Na quarta-feira (5), a presidente da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), Geuza Leitão, dará uma palestra sobre legislação animal. Confira a programação completa:
1 a 6 de outubro (sábado a quinta-feira)
Exposição de Fotografias do GABA “O Bem Estar Animal: uma lição de solidariedade. Aprenda você também!”
Exposição de Fotografias da UPAC “União Protetora dos Animais”
5 de outubro (quarta-feira)
Palestra “Legislação Animal” da Dra. Geuza Leitão, presidente da UIPA
Serviço:
Expo Animal
Shopping Benfica (Avenida Carapinima, 2200, Bairro Benfica)
1 a 6 de outubro
10h às 22h
Ingressos: grátis (inscrições para palestra serão realizadas na administração do shopping)
Classificação indicativa: livre.
Fonte: G1

Projeto estimula conservação de espécies ameaçadas, no CE




Aves e mamíferos marinhos estão sob sério risco de extinção, e a biodiversidade do Ceará está ameaçada. 



Os problemas são os mais diversos, mas todos convergem para a relação homem-meio ambiente. No Ceará, associações de pescadores, ONGs de pesquisadores e estudantes estão preocupados. E agindo. 

Dessa forma, espécies como peixe-boi marinho, boto cinza, periquito cara-suja e soldadinho-do-araripe, ameaçadas de extinção, têm uma chance de sobrevivência. Ou melhor, o homem tem uma chance de não atentar mais uma vez contra a natureza.
Reflexo do que já tem ocorrido em importantes regiões do Brasil, a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) lançou o Projeto Extinção Zero no Ceará. A Aquasis é referência no Nordeste em pesquisa e trabalhos de conservação da biodiversidade brasileira, e já foi pauta de algumas das matérias do Bem-Estar Animal.
Estratégia:
A estratégia desta Organização Não Governamental (ONG), formada principalmente por biólogos, é estimular a educação pela preservação da natureza na zona costeira do Ceará. E isso, em uma cidade, vai do morador ao vereador, parte da educação infantil e passa por uma série de indivíduos que num momento ou outro podem interferir na biodiversidade.
O Município de Icapuí, localizado no Litoral Leste do Ceará, é um dos principais celeiros de passagem de aves migratórias do Brasil, daí a importância das atividades de conservação no Estado.
Objetivo:
O Projeto Extinção Zero tem como principal objetivo evitar a extinção de espécies e degradação dos serviços ambientais essenciais, focando principalmente o Estado do Ceará. Para a consecução de seu objetivo, a Aquasis estabeleceu o Programa Extinção Zero no Ceará, que trabalha com as espécies mais ameaçadas do Estado, em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. Essas espécies são utilizadas como símbolo para a proteção dessas áreas críticas do Estado.
Parceria:
“O Projeto Extinção Zero” foi criado, mas ele funciona em parceria com várias outras atividades, todas visando à conservação das espécies com maiores riscos de desaparecer do litoral do Ceará, do Nordeste ou mesmo do Brasil”, afirma a bióloga Thais Moura Campos, coordenadora do projeto.
As principais estratégias adotadas pela Aquasis são a consolidação e implementação de Planos de Ação para estas espécies, articulação de áreas protegidas e a condução de campanhas de educação ambiental, de modo a garantir o envolvimento da comunidade local no processo de proteção do seu meio.
Dentro do processo de conservação do peixe-boi marinho no Ceará, o Projeto Manatí e a criação do Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos desempenham um papel estratégico para a conservação da espécie.
Além disso, outras ações da instituição, previstas no Plano Nacional de Conservação de Sirênios (PAN Sirênios) criam uma sinergia, potencializando os resultados.
Aliança brasileira:
No ano passado, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com fundações, ONGs, movimentos sociais, estados e municípios, lançou a Aliança Brasileira para Extinção Zero.
Preocupação:
A intenção é conjugar as capacidades técnicas, científicas, financeiras e políticas de organizações governamentais e não-governamentais, nacionais e internacionais, para a conservação e recuperação das espécies constantes das Listas Oficiais de Espécies da Fauna e da Flora Brasileiras Ameaçadas de Extinção. 
Essa preocupação já consta na própria Constituição brasileira e na Convenção sobre Diversidade Biológica (da Organização das Nações Unidas-ONU), entre outros instrumentos legais, visando à conservação e manutenção da biodiversidade brasileira para as gerações presentes e futuras e a redução significativa das atuais taxas de perda de biodiversidade.
Estatística:
Todos os anos acontece encalhes de peixes-bois marinhos e botos nas praias do Ceará. E a estatística assusta. A estimativa é de que na zona costeira brasileira (mas principalmente entre Alagoas e Amapá) existam apenas cerca de 500 peixes-bois marinhos. 
No Ceará, houve resgate de aproximadamente 40 mamíferos marinhos (principalmente golfinhos). Mas o resgate não significa sobrevivência, pois depende do estado de saúde do animal, bem como as condições de desencalhe.
Em Aracati, a equipe da Campanha de Educação Ambiental do Projeto Manatí (outra atividade desenvolvida com a mesma finalidade) conseguiu apoio das autoridades para a instituição do Dia do Peixe-Boi, para 4 de outubro, quando também já se comemora o Dia de São Francisco e o Dia Internacional dos Animais.
O periquito cara-suja e o soldadinho-do-araripe, que são espécies com risco de extinção, são encontradas somente no Ceará, daí a preocupação dos ambientalistas para que essas aves sejam conservadas. 
A Aquasis conta com o apoio de várias associações (notadamente de famílias de pescadores) na zona costeira cearense. Uma delas é a Associação ReciCriança, e Aracati, que no início do mês recebeu um curso de resgate de mamíferos marinhos. 
No I Encontro dos Povos do Mar, realizado há um mês no Município de Caucaia, várias comunidades litorâneas conheceram o Projeto Extinção Zero, bem como as campanhas educativas desenvolvidas.
Encalhes:
500 peixes-bois marinhos existem no Brasil, um número muito pequeno. Todos os anos acontece encalhes deste animais e de botos nas praias do Ceará. E a estatística assusta.
Mais Informações:
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis)
Telefone: (85) 3318.4911

Lobos-marinhos são avistados com frequência na praia do Cassino (RS)



Nos últimos dias, tem sido frequente a presença de lobos-marinhos na beira da praia do Cassino (RS) e a reação de muitos populares ao vê-los tem preocupado o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema).

O coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, oceanólogo Kléber Grübel da Silva, observa que, na chegada do inverno, a corrente de águas provenientes do Sul (das Malvinas) traz com ela sua fauna característica.

Além dos cardumes de enchova, dos pinguins-de-Magalhães e da baleia Franca, várias espécies de pinípedes, como focas, leões-marinhos e lobos-marinhos, vêm à costa gaúcha para descansar e se alimentar. E neste mês e no próximo, eles retornam para as águas uruguaias. Em função disso, muitos aparecem nas praias para descansar ou debilitados e a comunidade se mostra meio confusa sobre como proceder em relação a eles.

O oceanólogo diz que, este ano, devido ao inverno ter sido bem típico, com as correntes costeiras e frios bem marcados e sincronizados, o litoral gaúcho foi utilizado principalmente por grande quantidade de filhotes de lobos-marinhos. Por isso, a ocorrência deles na praia está se dando com maior frequência.

“É principalmente nesta época que, ao passearmos pela beira da praia do Cassino, podemos encontrar uma destas espécies à beira-mar, descansando de suas longas migrações. Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais.

Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação”, orienta.

Conforme Silva, o balneário Cassino é um dos melhores lugares para observarmos os pinípedes em seu ambiente natural. Portanto, quem encontrar uma dessas espécies na orla, deve ter o cuidado de não perturbá-las.

Para uma convivência harmônica e uma boa observação desses mamíferos, o ideal é manter distância mínima de cinco metros deles, evitar gritos e movimentos bruscos e não jogar objetos ou cutucá-los.

Também não se deve tentar capturá-los, pois eles podem se tornar agressivos, quando assustados, ou transmitir algumas doenças por contato, como tuberculose.

Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. Os motoristas não devem parar o carro ao lado deles e precisam ter cuidado para não os atropelar.

As pessoas também podem avisar o Nema (53)3236.2420 ou o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial.

Caso o Pinípede precise de maiores cuidados, será removido para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico.

“Em um ecossistema cada vez mais pressionado por atividades humanas de grande impacto – construções, poluição, lixo e tráfego de veículos -, eles são símbolos de beleza e exemplo de harmonia com a natureza. O aparecimento deles em nossas praias indica ainda boa qualidade ambiental em nossa orla”, salienta Silva.

Fonte: Jornal Agora

Baleias têm que “gritar” para se comunicar devido à poluição sonora nos oceanos



Em uma lanchonete lotada, você tem que berrar para ser ouvido. É assim que as baleias francas estão se sentindo nas águas cada vez mais ruidosas do oceano. Um novo estudo alerta que a poluição sonora nos mares pode custar muito. Os impactos do aumento do ruído no oceano a partir de atividades humanas são uma preocupação para a conservação de animais marinhos, como baleias.

Segundo cientistas, a capacidade de alterar as vocalizações para compensar o ruído ambiental é fundamental para a comunicação bem-sucedida em um oceano cada vez mais barulhento. A poluição sonora nos oceanos, principalmente causada pelas navegações e transportes aquáticos, dobra a cada década. Mais ruído significa que o alcance da comunicação das baleias para a alimentação ou acasalamento, que normalmente cobre milhares de quilômetros, vai encolher e os níveis de estresse nos animais podem subir.

O som mais comum produzido pelas baleias francas pode ser chamado de “chamadas de contato”. Elas emitem o som quando estão sozinhas ou em processo de união com outras baleias. O som começa baixo e sobe de tom. As baleias aumentam a amplitude do som, ou a energia em suas chamadas, à medida que aumenta o ruído de fundo sem alterar a freqüência das chamadas. Isto significa que a baleia franca ainda deve ser capaz de compreender chamados de outras da espécie sobre o ruído do oceano.

Porém, a mudança dos padrões de chamada pode ser perigosa. “Mais alto” requer mais energia, e as informações dos sons poderiam não ser entendidas. As chamadas mais altas também poderiam alertar os predadores, segundo os cientistas.

As baleias francas são grandes baleias, que aparecem com frequência perto da costa. São ricas em gordura, nadam lentamente e permanecem à tona após a morte. Essas baleias foram quase extintas, até sua caça ser proibida no início do século 20, mas ainda estão na lista de espécies ameaçadas.

Fonte: Hype Science