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Na ação deflagrada pela Polícia Federal ontem (30), na ”Operação São Francisco” de repressão ao tráfico internacional de animais silvestres (leia aqui), foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão em cinco cidades do Paraná, entre elas, Foz do Iguaçu.

Conhecida por seus atrativos naturais e por sua porosa fronteira com Paraguai e Argentina, Foz do Iguaçu é rota, há tempos, das quadrilhas que exploram o comércio irregular de animais trazidos do Paraguai, da Argentina e, até mesmo, da Bolívia.

No zoológico do Bosque Guarani, no centro de Foz do Iguaçu, boa parte dos pássaros em exibição é oriunda, justamente, das apreensões realizadas por Polícia Federal, Receita Federal e demais corporações que atuam no patrulhamento fronteiriço. No zoológico de Hernandarias, no Paraguai, o panorama é similar.

Há, ainda, golpistas que utilizam o “bom nome” de Foz do Iguaçu para aplicar suas trapaças na internet e assegurar que seus animais têm origem estrangeira, mas são “legais”.

A forma de transporte das aves, filhotes de mamíferos, répteis e anfíbios mostra toda a imoralidade do negócio: enfurnados em bagageiros de ônibus ou fundos falsos de caminhões e veículos, são poucos os que sobrevivem até chegar ao destino e ao catálogo no qual figuram a preço de ouro.

Tão culpados quanto os que traficam, porém, são aqueles que compram. Afinal, não há oferta que resista à falta de demanda. Mais que uma questão legal, é também uma questão de consciência: vale a pena financiar este tipo de crime? A imagem abaixo talvez ajude a responde:

 



Com informações de Paraná on line

Nota da Redação: Acrescentamos à pertinente pergunta proposta pela reportagem outra questão: vale a pena comprar animais, retirados de seu habitat e de sua liberdade, mesmo que eles sejam “legalmente” vendidos? A operação contra o tráfico é, claro, importantíssima, pois vemos as condições em que são encontrados os animais que conseguem sobreviver a tamanho nível de estresse e maus-tratos. No entanto, o combate não deve ser restrito à ilegalidade, mas a qualquer comércio de vidas, pois desrespeita o direito intrínseco de todo animal à vida e à liberdade em sua própria natureza.