Aproximadamente 200 pássaros foram apreendidos na manhã desta quinta-feira, na casa de um criador, em Joinville. As aves não tinham registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e serão levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), de Florianópólis.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Alex Sandro Biegas, que acompanha o caso, na casa fiscalizada havia animais silvestres e exóticos, mas somente cinco deles tinham registro no órgão ambiental. O dono, Alexandre Dopke, 31 anos, receberá multa de R$ 300 a R$ 5 mil. O valor da multa será multiplicado pela manutenção irregular de cada ave.

O irmão de Alexandre, Luciano Dopke, 35 anos, defende que os viveiros estavam regulares e que havia registro dos pássaros. Para ele, a denúncia recebida pelos órgãos ambientais foi para retirar os animais da competição que será realizada no próximo fim de semana pela Federação Ornitológica Catarinense, em Chapecó.

— Ele não vai participar este ano —, lamenta.

Para o delegado Alex Sandro, este tipo de crime ambiental é comum em Joinville.

— O pessoal gosta de criar animais —, diz.

Mas o número de aves desta apreensão supera a média das fiscalizações realizadas pelo Ibama e pela Polícia Militar Ambiental.

— O normal é de dez a 15 pássaros —, explica o soldado Assis Moraes Júnior, da PMA.

Conforme o coordenador regional do Ibama, Luiz Ernesto Trein, esta operação que resultou na apreensão dos pássaros em Joinville é realizada frequentemente pelos órgãos ambientais para fiscalizar os criadores que têm registro.

— É para conferir com o que eles declaram. É parecido com o imposto de renda —, compara.

fonte:clicrbs