O urso polar Knut morreu afogado após cair em seu tanque no Zoológico de Berlim, no último dia 19, segundo o resultado da necrópsia no corpo do animal. A queda teria sido provocada por um inchaço em seu cérebro, disseram especialistas nesta sexta-feira (1º)

Segundo a patologista Claudia Szentiks, a necrópsia do urso de quatro anos mostro que ele sofre uma encefalite, uma irritação e inchaço do cérebro, que teria sido provocada por uma infecção.

Knut morreu no último dia 19 diante de visitantes do zoológico. Ele girou várias vezes antes de cair na água do tanque de sua jaula. Ursos polares vivem em média entre 15 e 20 anos em seu ambiente natural e até mais quando vivem em cativeiro.



Knut foi rejeitado por sua mãe ao nascer e foi cuidado pelo seu tratador. Nos quatro anos em que viveu, Knut foi um verdadeiro astro na Alemanha, onde estrelou capas de revistas e até mesmo um filme.

O urso polar pode ser empalhado e ser exibido no Museu de História Natural em Berlim, mas a proposta tem gerado protestos. Fãs do urso polar se mobilizaram contra o projeto e ameaçam realizar manifestações no próximo sábado.

"Knut não pode ser empalhado. Quando é que vocês vão entender a mensagem?", escreveu Michael S. no livro de condolências on-line do zoo de Berlim (www.zoo-berlin.de), cheio de mensagens do mesmo gênero.

Na internet e nas ruas, admiradores do animal recolhem assinaturas para protestar contra a empalhação e exposição de Knut no Museu de História Natural de Berlim.

Segundo uma pesquisa realizada com 2.400 pessoas e publicada no tabloide berlinense BZ, uma ampla maioria (73%) se opõe a ideia de ver o animal morto exposto em um museu.

Os fãs do urso acusam o zoológico, que já arrecadou milhões de euros graças à comercialização de pelúcias e outros produtos de Knut, de querer continuar se aproveitando da "galinha de ovos de ouro". Eles defendem a cremação do animal.

O responsável pelos ursos do zoo de Berlim, Heiner Kloes, deu menos esperanças aos fãs: o zoológico entregou o corpo de Knut ao museu de história natural, como sempre faz com todos os animais mortos com o objetivo de ajudar na pesquisa, afirmou à AFP.

"Se ele for incinerado ou enterrado em um caixão, ninguém vai tirar benefício disso. E ninguém vai obrigar as pessoas que querem continuar se lembrando dele da forma como era quando vivo a ir ao museu", acrescentou.

fonte:uol noticias