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Até práticas caseiras para curar machucados judiam dos animais. O aconselhado é a busca por um veterinário.

Maus-tratos e abandono aos animais se tornam mais frequentes nesta estação do ano. O presidente da Arpa, Associação Rio-Grandense de Proteção aos Animais, Jorge Acco, afirma que a crueldade, o abandono e o descaso sempre existiram, mas no inverno a situação piora. “Cães, vacas e cavalos também sentem frio. Além disso, eles precisam de mais alimentação nesta época”.

O médico veterinário responsável pela inspetoria, Willian Smiderle, conta que tem se constatado no município, tanto no meio urbano quanto rural, a ocorrência de galos de rinha, cães desnutridos e abandonados, gado maltratado e confinado. “Isso acontece também com suínos e equinos, que, confinados e explorados, acabam ficando sem espaço para se mover, nem se alimentar, o que gera outros problemas de saúde”, explica.

Segundo Acco, toda a semana são registrados casos de crueldade. Técnicas caseiras para cura de ferimentos são usadas erroneamente e acabam gerando ainda mais sofrimento ao animal. Smiderle conta que muitos moradores do interior usam óleo queimado, creolina pura e ferro quente ao invés de procurar um veterinário. O presidente da associação lembra que a pena para maus-tratos aos animais é de três meses a um ano de detenção, mais multa.

Ele ainda comenta a falta de um canil municipal ou um centro de zoonoses em Bento. “Há quem diga que esses locais são criados para matar cachorros, o que não é verdade. Há, sim, animais doentes que precisam ser sacrificados por não haver alternativa. Mas em um centro de zoonoses os animais são tratados e encaminhados para lares. Mas para sua criação dependemos do poder público”, ressalta Willian Smiderle.

“Várias reuniões foram realizadas e nunca nada saiu do papel. Existem dois procedimentos no Ministério Público para que o município crie essas instalações, que são obrigação da Prefeitura”, defende Acco.

Fonte: Gazeta