Uma corrida contra o fogo. Imagens mostram um rebanho inteiro tenta escapar das queimadas no sudeste do Pará. O gado se perde no meio da fumaça. Prejuízo para fazendas e assentamentos.

Cobras buscam refúgio nas cidades. Quando bate um vento forte, até animais ágeis como a onça ficam em apuros. O gato do mato, salvo pela polícia ambiental, foi levado para o centro de reabilitação.

“Ele procura um local seguro para não ser vítima do fogo. Na região próxima à Cuiabá está acontecendo muito, devido à queimada que está acontecendo ultimamente”, afirma Benedito Teixeira, policial.

Por causa da dificuldade de locomoção, os répteis são as principais vítimas do fogo. No oeste da Bahia, a brigada de incêndio ajudou a refrescar o lagarto. No Parque Nacional de Chapada dos Guimarães em Mato Grosso, o sagui tenta voltar a vida normal em meio ao cerrado queimado.

Em áreas devastadas pelo fogo os animais que sobrevivem enfrentam outras dificuldades. Muitas aves já perderam os ninhos e é preciso andar muito para encontrar alimento.

No Parque Nacional das Emas, em Goiás, veados campeiros e pássaros do cerrado procuram comida em meio das cinzas. E algumas aves correm risco. “O fogo passa embaixo e mesmo que o calor não acabe causando a morte a fumaça vai fazê-lo”, diz Cendi Ribas Berni, biólogo.

Filhotes de jandaia, uma espécie de periquito, foram resgatados a tempo, mas muitos outros não tiveram a mesma sorte. “A maior parte infelizmente morre queimado nestas áreas. Quando você tem um declínio de uma espécie, o papel que ela desempenharia acaba não ocorrendo e as outras espécies vão sofrer”, comenta César, coordenador de fauna do Ibama.

fonte:jornal hoje