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Tartaruga gigante é submetida a procedimento cirúrgico

O animal deve ser reconduzido ao mar na manhã deste sábado.




A tartaruga gigante que chegou ao Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg (RS) no último dia 28 foi submetida a um procedimento cirúrgico na manhã de sexta-feira. O animal, encontrado com um sério ferimento na cabeça, teve o corte fechado com cimento ósseo (metil metacrilato de metila). O procedimento foi realizado pelo traumatologista Flávio Hanciou, do Hospital Universitário da Furg, com auxílio da equipe de técnicos do Cram.

Hanciau explica que o animal teve uma perda óssea na cabeça e essa perda comprometeria a vida dele, uma vez que no corte se desenvolveriam larvas e se alojariam caranguejos. Por isso, a parte perdida foi substituída por cimento ósseo, o mesmo usado para artroplastia total de quadril e de joelho em seres humanos. É um material de fixação rápida e biocompatível com seres humanos e animais. Segundo o médico, foi um procedimento que exigiu grande precaução para proteger o cérebro da tartaruga do cimento ósseo, pois o material gera grande calor quando solidificado. “Fizemos uma proteção e substituímos a calota perdida”, relatou o médico.

Em 35 anos de atividade, essa foi a primeira experiência de Hanciau com procedimento cirúrgico em tartaruga marinha. De acordo com o traumatologista, como se trata de um animal em crescimento, é provável que, com o passar dos anos, vá se formando tecido normal do organismo embaixo do cimento ósseo e esse material seja eliminado. Ele observou que a importância do procedimento está no fato de que o animal precisa ser liberado em seu ambiente o quanto antes, já que fora do mar é submetido a grande estresse.

Conforme o veterinário Pedro Luis Bruno Filho, do Cram, concluído o procedimento, a tartaruga de 1,14 metro de comprimento de casco e peso de 135 quilos, também chamada de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), foi recolocada em um tanque. Bruno Filho relatou que o animal estava bem ativo, com estado corporal bom e reagiu bem ao procedimento. A intenção da equipe do Cram é reconduzi-lo ao mar neste sábado, por volta das 10h.

No Cram, como se alimenta de gelatinosas – como água-vivas e medusas, as quais procura em grandes profundidades do mar -, a tartaruga gigante está sem se alimentar, mas recebe soro e vitaminas por via subcutânea ou intracavitária. Também é tratada com antibiótico por via intramuscular. O animal foi encontrado na beira da praia do Cassino na noite do último domingo, 27, e recolhido na manhã de segunda-feira pelo 2º Pelotão Ambiental da Brigada Militar.

Trata-se de uma tartaruga juvenil, de aproximadamente 20 anos, que deve ter se ferido em um acidente com alguma embarcação. Essa espécie é a maior das tartarugas marinhas. Quando adulta, chega a medir até dois metros de comprimento e a pesar até 750 quilos. É uma das três espécies que mais ocorrem na costa do Rio Grande do Sul. As outras duas são a verde e a cabeçuda. Elas se alimentam nesta região. As três estão ameaçadas de extinção, mas a de couro está entre as criticamente ameaçadas. A desova, no Brasil, ocorre basicamente no Espírito Santo.

Fonte: Jornal Agora

Cirurgião ortopédico opera gorila que caiu de uma árvore, na França



Um cirurgião ortopédico francês operou uma gorila de 70 quilos que sofria de uma lesão incapacitante após cair de uma árvore em um parque francês.

Louis-Etienne Gayet, cirurgião ortopédico do Hospital Universitário de Poitiers, centro da França, foi chamado para socorrer Kwanza, uma gorila de 8 anos, que se acidentou no Vale dos Símios, em La Romagne.

Segundo um comunicado do parque, publicado nesta sexta-feira (20), a lesão aconteceu muito perto de onde o fêmur se une ao quadril. Como Kwanza sofreu uma fratura completa, a cabeça do fêmur sofreu uma torção no acetábulo (estrutura óssea do quadril, onde entra a cabeça do fêmur), fazendo com que os dois ossos ficassem ao contrário.

Casos delicados como este são relativamente comuns para os médicos, mas quase desconhecidos para os veterinários.

Gayet arregaçou as mangas e, numa cirurgia de três horas em uma clínica veterinária, na segunda-feira passada, virou a cabeça do fêmur suavemente, recolocando-a na posição correta e a religou ao restante do osso usando uma placa de 15 cm, afixada por um pino de 8 cm, preso no quadril de Kwanza.

O fato de Kwanza, que ainda é uma jovem gorila, ter a mesma anatomia femural de um humano adulto, permitiu que Gayet usasse uma placa como a que ele utiliza em seus pacientes.

Agora, Kwanza pode voltar a engatinhar, mas ainda será preciso seis semanas para saber se os ossos calcificaram corretamente, o que garantirá à gorila a completa recuperação de sua mobilidade.

“Foi uma experiência fantástica”, disse Gayet em entrevista à AFP, antes dequestionar: “Eu não sei, será que alguém já curou uma fratura na cabeça de fêmur de um gorila antes?”

Fonte: Terra