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Estudo prevê extinção de cerca de 900 espécies de aves até 2100



Segundo um novo estudo, até 900 espécies de aves terrestres tropicais que vivem ao redor do mundo poderiam se extinguir até 2100.
A descoberta baseia-se nos efeitos do aumento de 3,5 graus Celsius na temperatura da superfície da Terra. As espécies podem ter dificuldades em se adaptar à perda de habitat e eventos climáticos extremos.
Espécies de montanhas, costas, faixas restritas e espécies incapazes de chegar a altitudes mais elevadas podem ser as mais afetadas.
Dependendo da perda de habitat futura, cada grau de aquecimento da superfície poderia afetar entre 100 a 500 espécies. E o maior problema é que a maioria das espécies no mundo são altamente sedentárias (essas espécies não migram quando encontram um problema climático).
As espécies de montanhas tropicais estão entre as mais vulneráveis. Algumas espécies de aves terão que ser capazes de se adaptar fisiologicamente às mudanças de temperatura e mover-se para grandes altitudes se quiserem sobreviver.
Espécies de florestas mais frias e úmidas poderiam recuar para montanhas e assentamentos humanos em altitudes mais elevadas, e o habitat da floresta seria “empurrado” para montanhas, o que criaria “uma escada rolante à extinção”.
Espécies costeiras também são vulneráveis . A floresta costeira pode ser sensível à salinidade, e pode ser afetada por furacões e tufões, eventos que devem aumentar.
Aves em extensas florestas de várzea com poucas montanhas em lugares como a Amazônia e as bacias do Congo podem ter dificuldade para se mudar, enquanto aves tropicais em habitats abertos, como cerrado, campos e deserto verão seus habitats encolhendo.
Aves tropicais em zonas áridas são consideradas resistentes às condições quentes e secas, mas poderiam sofrer se fontes de água secassem.
O melhor cenário:
O estudo analisou como os tangarás, dos quais existem 45 espécies na região neotropical, iriam enfrentar as mudanças climáticas. Os resultados mostraram que tangarás limitados aos habitats de várzea da Amazônia e cerrado no Brasil seriam os mais afetados, pois poderiam perder até 80% de seu habitat, com 20% das espécies do cerrado se extinguindo.
No geral, as aves são um dos grupos de animais menos ameaçados pela mudança climática: ou seja, eles são o melhor cenário possível dessa mudança. Os resultados tendem a ser muito piores para todos os outros grupos de animais.
Sendo assim, os cientistas dizem que precisamos planejar áreas protegidas com altitudes mais elevadas e deixar espaço para espécies ameaçadas de extinção nessas áreas de maior elevação.
É preciso também monitorar o que está acontecendo com as espécies, para que possamos responder de forma adequada quando o verdadeiro problema ocorrer.
Fonte: Hiperscience/BBC

Coalas ganham namoradas e assustam rivais no grito




Eles são fofos e parecem muito bobões. Mas, por trás da expressão meiga, os coalas guardam estratégias de defesa e de conquista muito astutas. Uma pesquisa da Universidade de Viena revela que os coalas utilizam seus berros para atrair fêmeas e intimidar outros machos.
Liderados por Benjamin Charlton, os pesquisadores descobriram que os barulhos emitidos pelos coalas servem para conquistar as fêmeas e para que seus rivais saibam com quem estão lidando, na medida em que esses barulhos traduzem o tamanho do animal. A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Experimental Biology nesta quinta-feira (29).
Animais maiores com tratos vocais mais longos produzem ressonâncias mais baixas, dando à sua voz uma qualidade de barítono. Dessa forma, coalas com essas características teriam a capacidade de emitir ressonâncias mais profundas com o objetivo de dizer aos outros coalas o quão grandes eles são.
Os coalas maiores teriam, então, as ressonâncias mais baixas, e os coalas menores, ressonâncias mais altas. Dessa forma, qualquer coala que ouve um berro pode calcular o tamanho do animal que está emitindo o som.
Laringe mais baixa, voz mais profunda:
A partir daí o objetivo do grupo de pesquisadores foi descobrir se os coalas machos teriam laringe descendente. Em conjunto com pesquisadores do Moggill Koala Hospital e da Universidade de Queensland, eles estudaram a anatomia do trato vocal do coala, utilizando exames de ressonância magnética e estudos feitos em animais já mortos.
Os resultados indicaram que a laringe do coala havia descido até o nível da terceira e da quarta vértebras cervicais, em vez de ficar na altura da garganta. Os coalas teriam evoluído no que se refere à laringe ao longo do tempo.
Um dos achados que surpreendeu os cientistas foi o de que o músculo que liga a laringe ao esterno estava ancorado profundamente no tórax. Em função disso, os pesquisadores sugerem que esse mecanismo poderia estar envolvido em puxar a laringe ainda mais para baixo na cavidade torácica. A laringe baixa faz as vozes mais profundas, pois estende o trato vocal.
Mas foi só depois de gravar os sons produzidos pelos coalas que Charlton compreendeu que as características da laringe tinham a ver com a acústica dos berros dos animais.
Enganando bem:
No entanto, o mais surpreendente para os pesquisadores foi perceber que os coalas são capazes de se fazer soar como se tivessem tratos vocais com 50 centímetros de comprimento, o que significa quase toda a extensão do animal.
A conclusão da equipe é a de que os coalas machos podem, através de seus berros, informar o seu tamanho. Além disso, os cientistas acreditam que os coalas usam simultaneamente a ressonância do trato oral e nasal para parecerem maiores do que realmente são.
“Indivíduos que podem alongar seu trato vocal, diminuindo a laringe, podem ter ganhado vantagens durante a competição sexual por parecerem maiores, e isso iria impulsionar a evolução da laringe descendente”, afirma Charlton.
Fonte: IG

Tubarões estão em perigo de extinção




O grande tubarão branco e outras espécies que se inserem na longa lista de espécies em perigo de extinção, assegura um estudo divulgado na mais recente edição da revista PLos ONE.
A pesca, capturas, entre outros fatores, estão acabando com as populações desse animal em todos os oceanos do mundo, assinala a pesquisa desenvolvida por especialistas da Universidade de Cook, Austrália.
Em apenas meio século o número de tubarões tem descido, e ainda quando é difícil contabilizar a quantidade atual, com só observar o que acontece na indústria pesqueiranão deixa dúvidas de que a situação é crítica, afirmam os autores do trabalho.
No entanto, ainda há solução, caso se protegerem poderiam se recuperar suas populações, situação que contudo parece difícil de se atingir, acrescentam.
Na Tailândia, por exemplo, há cada vez menos tubarões , tem crescido o consumo do caldo de barbatana. Em outros destinos como a África do Sul, muitos são capturados para obter seus dentes, de moda para enfeites, asseguram especialistas.
Fonte: Prensa Latina

Segundo estudo, adolescentes que maltrataram animais têm 3 vezes mais chance de cometer crimes violentos



 Os adolescentes que já maltrataram um animal têm três vezes mais chance de cometer um delito violento, agressões, assaltos e ferir alguém, indica um estudo suíço.


Os adolescentes que admitem ter maltratado um animal apresentam um risco três vezes maior de cometer delitos com violência, agressões, assaltos e ferir alguém. Esta é a conclusão de um estudo feito com mais de 3.600 estudantes de diferentes regiões da Suíça, afirmou o jornal suíço “Le Matin”.
Os criminologistas Martin Killias da Universidade de Zurich e Sonia Lucia, da Universidade de Genève se debruçaram sobre uma grande quantidade de jovens estudantes, sejam 3.648 de 7º a 9º anos, provindos de 210 salas de aula de 70 escolas diferentes.
Dentro do contexto deste estudo, realizado em 2006, os estudantes deveriam responder a um questionário virtual, um método julgado como válido, principalmente no caso de avaliar a amplitude dos maus-tratos realizados contra animais, fato raramente estudado.
Resultados: 12% dos jovens, sendo 17% meninos e 8% meninas, admitiram ter maltratado voluntariamente um animal. Em 29% dos casos esses animais eram gatos, cachorros ou outros animais domésticos, 18% dos casos se referiam a peixes, rãs ou lagartos, 11% se referiam a pássaros e o resto de insetos ou outros invertebrados (formigas, moscas e caracóis principalmente).
Se tais atos são relativamente comuns, isto não significa que eles sejam largamente aceitos, escrevem os autores do estudo na revista estado-unidense “Psychology of Violence”. Somente 4% dos meninos e 1% das meninas, seja 2,4% do total, acham que os animais merecem ser maltratados ou que é divertido.
Uma grande maioria dos 80% julga que é um ato hediondo. Entretanto, os pesquisadores revelam que 24% dos meninos e 12% das meninas (18% no total) não possuem opinião formada, o que sugere uma aceitação silenciosa ou que a indiferença atinge a maioria dos jovens.
Delitos violentos:
Os pesquisadores compararam esta amostra, em seguida, com as respostas dos estudantes a questões relativas a delitos eventuais que eles teriam cometido. 
A conclusão não gera dúvidas: maltratar um animal está associado aos atos delinqüentes de todos os tipos e mais particularmente àqueles relacionados a vandalismo, agressões violentas e outros delitos sérios.
Um jovem que maltratou um animal tem três vezes mais riscos de cometer este tipo de ato. A correlação é, todavia, fraca quando relacionada a delitos menos graves ou sem violência, como furto, por exemplo.
Isto sugere, escrevem os pesquisadores, que a crueldade contra os animais está relacionada aos delitos que envolvem raiva e violência e que a primeira poderia constituir um indício de desvio geral ou comportamento anti-social.
Crueldade por níveis:
Estes achados confirmam outros estudos que observaram a crueldade contra animais no passado de delinqüentes violentos. A questão de saber se a violência contra os animais e a contra animais humanos são manifestações de um mesmo traço de caráter ou se a primeira gera a segunda permanece em aberto.
A primeira hipótese não faz justiça ao fato de que certas pessoas muito violentas em relação a animais humanos se comportem de maneira exemplar com relação aos animais, notam os pesquisadores. 
Quanto à segunda, dita como “de aprendizagem”, ela postula que a crueldade contra um animal e contra animais humanos necessita de uma evolução, dada por níveis e que a violência extrema é improvável quando não passa por etapas intermediárias.
Estar atento às pistas:
“A descoberta de crianças que maltratam animais deveria ser considerada como um passo para a delinquência” escrevem Martin Killias e Sonia Lucia nas conclusões de seu estudo. Os profissionais sugerem uma maior atenção a tais indícios.
“Trata-se de focar a atenção de maneira particular a crianças que cometem atos de crueldade contra animais” indicou o pesquisador. A agressividade, sendo uma desordem estável durante o tempo, deve ser considerada pelos profissionais como uma forma de não-adaptação que pode persistir.
Os cientistas sublinham a necessidade de aprofundar a pesquisa, notadamente para a verificação da causa da crueldade. 
Também seria importante saber em que idade as crianças começam a maltratar os animais, a fim de determinar se estes atos precedem outros. A pesquisa em questão – o primeiro estudo com amplitude nacional realizado na Europa – ainda não pode responder a estas questões.
fonte:anda

Pesquisa revela a canção produzida pela cauda de beija-flor




Canções de amor produzidas com penas da cauda de beija-flores. Um estudo publicado na última edição da revista americana “Science” explica a delicada aerodinâmica por trás da produção desses sons, que como pensado por muitos não saem de órgãos vocais.
Liderada por Christopher Clark, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), o experimento colocou as penas de 14 espécies de beija-flor num túnel de vento, a mesma estrutura que serve para estudar a viabilidade de protótipos de aviões.
O resultado mostrou que a musicalidade é produzida quando o vento faz as penas dos animais tremularem, mais ou menos como uma bandeira hasteada, fenômeno que pode ser perigoso para aviões, mas que as aves conseguem tirar de letra.

Fonte:anda e Ne10

Estudo usa biologia molecular para analisar câncer em cães

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Trabalho da médica veterinária Luciana Moura Campos Pardini, recém-graduada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), avaliou amostras de carcinoma de células escamosas, tipo de câncer de pele que atinge os cães. A enfermidade tem como um de seus fatores etiológicos a exposição crônica à radiação UV, que acaba por induzir mutações no genoma, capazes de resultar no surgimento do câncer.
O objetivo do estudo foi identificar nas amostras tumorais, a presença de um fenômeno conhecido como “metilação do DNA”, capaz de silenciar genes cuja função seria identificar e bloquear o desenvolvimento do câncer.
“A metilação é um processo fisiológico, normal, que faz parte do silenciamento de inúmeros genes que devem ser inativados ao longo da vida”, explica Luciana.
O gene estudado por ela foi o Foxe1, presente em diferentes espécies, que codifica proteínas com pelo menos 80% de similaridade em animais diferentes. Segundo Luciana, o gene já foi identificado em alguns animais e seres humanos.
“Esse gene tem sido estudado em humanos recentemente e possui influência no surgimento de diversas doenças, entre elas alguns tipos de neoplasias, como carcinoma de tireóide, carcinoma de células escamosas de pulmão e esôfago e adenocarcinoma pancreático”, diz.
Para o processo de análise é extraído o sangue dos animais – o DNA é tratado com bissulfito de sódio, substância que permite a identificação da metilação. Em seguida, é utilizada a técnica de PCR das amostras, para obtenção de milhões de cópias do DNA, a partir de uma pequena amostra do tumor. Após a análise das amostras é realizado o sequenciamento do DNA.
“Foi possível observar que a técnica para avaliar o padrão de metilação do gene em seres humanos pode ser utilizada para a mesma avaliação em cães, o que comprova a similaridade entre o genoma das duas espécies e a conservação desse gene ao longo da evolução.”
Resultados da pesquisa:
A identificação da situação do gene, devidamente correlacionada a sinais clínicos e a evolução da doença, permite presumir qual será o comportamento da enfermidade e sua reação diante de determinadas terapias.
“Dessa forma podemos tomar decisões de tratamento e estabelecer o prognóstico do animal com base nos marcadores moleculares específicos para aquela doença”, garante Luciana.
“O trabalho que realizamos foi apenas o primeiro passo e ele terá continuidade com a avaliação de um maior número de amostras e a correlação dos dados obtidos com o desenvolvimento da doença”, finaliza.
Fonte:Tribuna

Estudo global inédito analisa declínio de mamíferos


O primeiro estudo global de armadilhas fotográficas para mamíferos, que documentou 105 espécies em cerca de 52 mil imagens em sete áreas protegidas nas Américas, África e Ásia, foi anunciado hoje por um grupo internacional de cientistas. 

As fotografias revelam uma incrível variedade de animais em seus momentos mais inocentes – de um diminuto rato a um enorme elefante africano, além de gorilas, pumas, tamanduás-bandeiras e – surpreendentemente – até mesmo turistas e caçadores.

A análise dos dados fotográficos tem ajudado os cientistas a confirmarem uma conclusão fundamental que,até o momento,era compreendida apenas por meio de diversos estudos não coordenados:a perda de hábitat e reservas com área restrita têm um impacto direto e negativo para a diversidade e a sobrevivência das populações de mamíferos,principalmente no que diz respeito ao tipo de dieta e tamanho dos animais (animais de pequeno porte e insetívoros são os primeiros a desaparecer),entre outros resultados apontados pelo estudo. 

A replicação dessas informações em períodos e áreas diferentes é fundamental para compreender os efeitos das ameaças globais e regionais em mamíferos que vivem em florestas tropicais e antecipar as extinções antes que seja tarde demais.

Os resultados do estudo foram publicados no artigo “Estrutura de comunidade e diversidade de mamíferos tropicais: dados de uma rede global de armadilhas fotográficas” (Community structure and diversity of tropical mammals: data from a global camera trap network), no jornal Philosophical Transactions da Royal Society. O estudo foi liderado pelo ecologista Jorge Ahumada, do Programa de Ecologia, Avaliação e Monitoramento de Florestas Tropicais (Tropical Ecology Assessment and Monitoring Network - TEAM) da Conservação Internacional. 

Foram pesquisadas áreas protegidas no Brasil, Costa Rica, Indonésia, Laos, Suriname, Tanzânia e Uganda, tornando este estudo não apenas o primeiro sobre mamíferos com armadilhas fotográficas, mas também o maior do gênero sobre qualquer classe de animais.

Para coletar os dados, 420 câmeras foram colocadas em diferentes regiões ao redor do mundo, sendo que 60 armadilhas fotográficas foram instaladas em cada local, com uma câmera a cada 2km2, durante um mês. 

De posse das fotos reunidas entre 2008 e 2010, os cientistas categorizaram os animais por espécie, tamanho do corpo e dieta, entre outras características. Eles descobriram que as maiores áreas protegidas e florestas contínuas tendem a conter três atributos semelhantes: (1) maior diversidade de espécies; (2) maior variedade de tamanhos de animais, incluindo populações de mamíferos maiores, e (3) maior variedade de dietas entre esses mamíferos (insetívoros, herbívoros, carnívoros, onívoros).

“Os resultados do estudo confirmam o que suspeitávamos: a destruição de hábitat está, aos poucos, minando a diversidade de mamíferos no nosso planeta”, afirma Ahumada.

 “Podemos tirar duas conclusões fundamentais desta pesquisa. 

A primeira é a de que, quanto maior a floresta em que vivem, maior será o número e a diversidade de espécies, o tamanho do corpo e a variedade da dieta. 

E a segunda é a de que alguns mamíferos parecem ser mais vulneráveis à perda de hábitat do que outros: mamíferos que se alimentam de insetos como tamanduás, tatus e alguns primatas, são os primeiros a desaparecer, enquanto outros grupos, como os herbívoros, parecem ser menos sensíveis”.

Entre os locais pesquisados, a Reserva Natural de Suriname Central apresentou o maior número de diversidade de espécies (28) e a Área Protegida Nacional de Nam Kading em Laos apresentou o menor número de diversidade de espécies (13). O tamanho do corpo das espécies fotografadas varia de 26 g (cuíca-pequena de Linnaeus,Marmosa murina) a 3.940 kg (elefante africano, Loxodonta africana).

Com cerca de 25% das espécies de mamíferos sob ameaça de extinção e diante da pouca informação quantitativa disponível globalmente, este estudo preenche uma lacuna muito importante sobre o que os cientistas sabem sobre a forma como os mamíferos vêm sendo afetados pelas ameaças locais, regionais e globais, como a caça excessiva, a conversão das terras para agricultura e a mudança climática.

“O que torna esse estudo cientificamente inovador é que nós criamos, pela primeira vez, informações comparáveis e consistentes sobre os mamíferos em uma escala global, definindo uma linha de base efetiva para monitorar as mudanças. 

Usando essa metodologia única e padronizada nos próximos anos, e comparando os dados recebidos, poderemos ver as tendências nas comunidades de mamíferos e realizar ações direcionadas e específicas para salvá-las”, explica Ahumada. 

Ele acrescenta que, desde 2.010, câmeras adicionais foram instaladas em novos pontos (Panamá, Equador, outro local no Brasil, dois locais no Peru, Madagascar, Congo, Camarões, Malásia e Índia), expandindo a rede de monitoramento para um total de17 sítios. 

“Sem uma abordagem global e sistemática para monitorar esses animais e garantir que os dados cheguem às pessoas que tomam decisões, estamos apenas registrando sua extinção, sem realmente salvá-los”.

Os mamíferos servem como indicadores da saúde do ecossistema e têm papéis importantes na natureza que, por fim, beneficiarão as pessoas, como o controle do crescimento de plantas, a reciclagem de nutrientes e a dispersão de sementes.

 Por exemplo, alguns cientistas argumentam que a remoção de mamíferos de grande porte por meio da caça excessiva reduz a capacidade das florestas de armazenarem carbono, pois esses animais são responsáveis pela dispersão de sementes de plantas de alta densidade de carbono.

A diminuição da capacidade das florestas de armazenar carbono significa a diminuição da capacidade das pessoas de mitigar os efeitos da mudança climática.

“Esperamos que esses dados contribuam para um melhor gerenciamento das áreas protegidas e a conservação dos mamíferos em todo o mundo, bem como para um uso mais disseminado de estudos padronizados que utilizam armadilhas fotográficas para monitorar esses animais de grande importância,” conclui Ahumada.

O Programa de Ecologia, Avaliação e Monitoramento de Florestas Tropicais (Tropical Ecology Assessment and Monitoring Network - TEAM) é uma parceria entre a Conservação Internacional, o Missouri Botanical Garden, o Smithsonian Institution e a Wildlife Conservation Society. O estudo foi financiado parcialmente por essas instituições e pela Fundação Gordon & Betty Moore.


Os parceiros locais do estudo são: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no Brasil, a Conservação Internacional do Suriname, a Organização para Estudos Tropicais, o Museu Tridentino di Scienze Naturali e o Institute of Tropical Forest Conservation.


Veja alguns dados de onde e como o estudo foi feito:

· Em três continentes: América, África e Ásia
· Em sete áreas protegidas:
o Floresta de Bwindi (Uganda)
o Parque Nacional das Montanhas de Udzungwa (Tanzânia)
o Parque Nacional de Bukit Barisan Selatan (Indonésia)
o Área Protegida Nacional de Nam Kading (Lao PDR)
o Reserva Natural de Suriname Central (Suriname)
o Manaus (Brasil)
o Transecto do Vulcão Barva (Costa Rica)
· 420 câmeras usadas
· 60 câmeras em cada local
· 1 câmera a cada 2 km2
· As câmeras foram instaladas por um mês em cada local
· Prazo dos dados analisados no artigo: 2008 a 2010
· Número de locais monitorados hoje: 17

fonte:Ecoagência

Cão farejador pode ser usado para detectar câncer de pulmão, diz estudo

Cão da raça pastor alemão é treinado para ajudar no combate às drogas.  (Foto: Reprodução/TVCA)


Cães farejadores podem ser a nova arma para detectar os primeiros estágios do câncer de pulmão em humanos, segundo aponta um estudo divulgado pelo European Respiratory Journal, publicação médica sobre o sistema respiratório. O trabalho foi conduzido por pesquisadores do hospital Schillerhoehe, na Alemanha.
Os cães foram treinados para detectar compostos orgânicos que evaporam com facilidade (VOCs, na sigla em inglês) e que estão ligados à presença do câncer. 


Durante o estudo, 200 voluntários - saudáveis, com câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutitva crônica - tiveram a sua respiração "analisada" pelos cachorros treinados.
Os animais usados identificaram 71 pessoas com câncer de pulmão de um total de 100 possíveis. 


Os animais também foram eficientes em mostrar que outras 372 amostras - de um total de 400 - não apresentavam tumores.
Os primeiros estágios da doença nem sempre estão associados com sintomas e a descoberta precoce pode ser acidental. 


Já a técnica de detectar câncer de pulmão por meio de amostras do ar exalado por pacientes já havia sido desenvolvida, porém era considerada de difícil aplicação pelos especialistas.
No trabalho com os cães, os cientistas conseguiram não só identificar os tipos específicos de VOCs, mas também a saber afastar a influência da fumaça do tabaco na detecção. 


Como consequência, a equipe alemã conseguiu identificar marcadores estáveis para confirmar a presença de tumores no pulmão e que não se confundem com o cigarro, odores de comida e drogas.
Câncer de pulmão é causa de morte mais comum por tumor maligno no mundo.Já na Europa,a doença é a segunda mais frequente entre homens e mulheres, provocando 340 mil óbitos por ano no continente.


fonte:G1

Célula-tronco é usada em pesquisa para recuperar cão com paralisia



Uma pesquisa feita pelo INCTC (Instituto Nacional de Células-Tronco e Terapia Celular), com a colaboração do Hemocentro de Ribeirão Preto (SP), tem usado células-tronco retiradas da polpa do dente de leite humano para tratar paralisia em cães com lesões crônicas na medula.

Os animais, operados há um mês, já conseguem responder a reflexos nas patas traseiras, que antes não tinham, e conseguem se movimentar em esteira aquática, sem o peso da gravidade.

O estudo é desenvolvido há dois anos, por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) da Capital.

Quatro cães das raças lhasa apso e dachshunds foram operados. Um dos lhasas, o Juquinha, foi o primeiro a apresentar resultados positivos, depois de um mês de operação.

Em escala de 0 a 14, na qual 0 seria a total paralisia e 14, a total movimentação, o cão saiu do estágio 4 para o 8. “Foi uma evolução considerável em um curto período de tempo”, diz Feitosa.

O lhasa Bond, operado há 15 dias com células-tronco, desta vez retiradas da medula óssea canina, já apresenta melhora, mas será avaliado nesta semana. “Acreditamos que ele deve ter o mesmo tipo de evolução que o Juquinha”, diz Feitosa.

O pesquisador Carlos Alberto Almeira Sarmento diz que os resultados são promissores. “Depois da cirurgia, é fundamental iniciar a fisioterapia, que potencializa os resultados.”

fonte:Jornal A Cidade

Estudo: pele sintética substitui a de animais em testes


Uma pesquisa norte-americana revelou que peles sintéticas podem ser tão eficientes nos testes para cremes quanto pele de ratos. Os cientistas avaliaram imagens em escala microscópicas de dois modelos de peles sintéticas e de pele de animais e descobriram grandes semelhanças. Além de ser uma alternativa aos testes com animais vivos, a tecnologia poderá ser utilizada por pessoas que sofreram queimaduras.
Atualmente, os pacientes que tiveram grande perda de pele tem como opções fazer um enxerto com sua própria pele, retirada de outras partes do corpo, ou utilizar a pele de outros animais. O problema da segunda opção, segundo os cientistas, é que além de cara e difícil de obter, ela envolve questões éticas e variações de cada organismo.
"A pele varia de um animal para outro, o que torna difícil prever como ela afetará a vítima de queimadura. Mas a pele sintética tem uma composição consistente, tornando-a um produto confiável", afirma Bharat Bhushan, da Ohio Eminent Scholar e professor de engenharia mecânica na Ohio State University.
O estudo de Bhushan, que será publicado na edição de junho do Journal of Applied Polymer Science, não é o primeiro a indicar o uso dessa tecnologia como alternativa aos testes feitos com animais. O Fraunhofer Institute, na Alemanha, já desenvolveu uma pele sintética com dupla camada que reproduz fielmente a textura, consistência e a composição da pele humana.
Com esse material é possível avaliar a qualidade de cremes de beleza, sabonetes, detergentes e outros produtos sem sacrificar nenhum animal. Novas pesquisas já buscam desenvolver versões de pele sintética vascularizadas para irrigação sanguínea para que possam ser usadas em cirurgias plásticas reconstrutoras.
fonte:terra

Estudo traça perfil de raia gigante em águas brasileiras



Uma das maiores e mais misteriosas espécies de peixe do mundo, a raia-jamanta (Manta birostris), começa a ter seus hábitos revelados por meio de um estudo inédito feito no país.

Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que pode chegar a 2 toneladas, dá muito trabalho para ser ser estudado.

Agora, pesquisadores do Projeto Mantas do Brasil, com patrocínio da Petrobras, fizeram o primeiro mapeamento por satélite no Atlântico Sul dessa que é a maior espécie de raia do planeta.

O trabalho foi feito na área do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, um dos poucos locais de agrupamento conhecidos da espécie.

Para coletar os dados, os cientistas colocam uma espécie de etiqueta com um microchip no corpo dos animais. Os dispositivos ficam grudados nos peixões por um tempo pré-programado, que vai até 180 dias. No final do período, eles se soltam e flutuam até a superfície.

De lá, ficam emitindo dados, que são percebidos assim que o satélite faz a varredura da região.

“É uma coisa emocionante, mesmo com um número de amostragem ainda muito baixo”, diz Guilherme Kodja, coordenador do Projeto Mantas do Brasil.

Rotas de Migração:

Por meio das informações recebidas do satélite, os pesquisadores ficam sabendo, entre outras coisas, das rotas de migração da espécie, além de seus hábitos e da profundidade de mergulho.

Isso é importante porque permite criar estratégias de manejo para os animais.

“Saber de onde eles vêm e para onde eles vão nos ajuda a identificar os pontos de risco e criar formas de evitá-los”, explica Kodja.

O projeto, que também usa fotografias para mapear as raias, conseguiu identificar locais de captura da M. birostris.

Segundo o coordenador do projeto, em águas brasileiras, essas raias são normalmente pescadas.

Na Ásia, no entanto, a raia-jamanta é muito usada na medicina tradicional, devido a supostas propriedades que filtrariam o sangue.

Esse tipo de pesca já fez desaparecer populações nas Filipinas e colocou o bicho recentemente na categoria de vulnerável à extinção.

Fonte: Jornal Floripa

Turbinas de vento 'são ameaça para morcego', diz estudo



O estudo, conduzido por uma equipe de pesquisadores americanos e sul-africanos, sugere que a diminuição da população de morcegos na América do Norte poderia gerar prejuízos agrícolas de mais de US$ 3,7 bilhões por ano, podendo atingir até US$ 53 bilhões anuais.

“Essas estimativas incluem a economia de aplicações de pesticida que não são necessárias para controlar os insetos hoje consumidos pelos morcegos. Entretanto, não incluem o impacto colateral dos pesticidas sobre os seres humanos, animais domésticos e selvagens e o meio-ambiente”, explicou um dos autores do estudo, Gary McCracken, da Universidade do Tennessee em Knoxville.

“Sem os morcegos, a produtividade das colheitas é afetada. As aplicações de pesticidas aumentam. As estimativas claramente mostram o imenso potencial dos morcegos de influenciar a economia da agricultura e das florestas.”

Perda de biodiversidade:

Os morcegos são predadores de insetos noturnos, entre os quais, espécies que destroem colheitas e florestas.

Segundo os pesquisadores, uma única colônia de cerca de 150 morcegos adultos no Estado americano de Indiana consumiu quase 1,3 milhão de insetos em um único ano.

Mas, desde 2006, mais de um milhão de morcegos já morreram em decorrência da chamada “síndrome do nariz branco”, causada por um fungo.

Mais recentemente, estudos têm alertado para a ameaça contra esses animais representada por turbinas de geração eólica, sobretudo durante o período de migração.

Embora alguns sejam afetados por golpes diretos desferidos pelas hélices das turbinas, a principal causa de morte é a queda repentina de pressão próxima dessas estruturas, que ocasiona hemorragias internas.

Os morcegos se orientam por uma espécie de sexto sentido que os guia pelo som dos ecos, a ecolocalização. Isso os permite detectar obstáculos e desviar deles, mas a mudança de pressão é imperceptível.

“São necessários esforços urgentes para educar o público e os formuladores de políticas públicas sobre a importância ecológica e econômica dos morcegos insetívoros e prover soluções práticas de conservação”, sustenta o artigo.

fonte:bbc brasil

Estudo das vocalizações dos cetáceos dá pistas para estratégias de conservação




Mônica Silva e Irma Cascão, investigadoras do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores (UAç), fazem investigação há mais de dois anos sobre a ecologia dos cetáceos nos Açores, em Portugal, e assinalam a diversidade dos sons que existem debaixo de água.

A análise dos sons faz parte das ferramentas que as duas investigadoras têm utilizado para perceber as movimentações das baleias e golfinhos dos Açores, assim como a presença destes animais no arquipélago e o que os atrai para este local. “Queremos perceber a importância dos Açores para o ciclo de vida de uma série de espécies que são protegidas e que estão ameaçadas e identificar áreas prioritárias para a conservação destas populações, para que tenhamos garantias de que no futuro vão ser preservadas”, explicou Mônica Silva.

De acordo com Mônica Silva, o “som e a sua capacidade auditiva para eles funciona como a visão para nós”, pois ajuda-os a distinguir tudo o que os envolve, desde o alimento até à ameaça ou barreira. Tudo o que possa intervir com estes dois fatores, como o ruído introduzido pela acção humana por exemplo, pode constituir um risco para a sua sobrevivência. “Interfere com a capacidade de comunicarem, de navegação e de perceberem onde estão os obstáculos e pode mesmo causar-lhes lesões físicas ou até a morte”, destacou.

Através de técnicas acústicas, juntamente com outras metodologias, as investigadoras pretendem perceber o comportamento dos animais e as variações ao longo do tempo e espaço da sua distribuição.

Para além das observações visuais, os hidrofones (que gravam todo o tipo de sons que se produzem debaixo de água num determinado raio de alcance) permitem perceber a localização dos animais e se estão associados a determinadas zonas específicas.

Segundo Irma Cascão, da análise que já fizeram dos dados, verificaram que “a maioria das vocalizações destes animais é registada à noite”, o que coincide com a altura em que as presas estão à superfície.

A investigadora acredita que este facto indica “uma adaptação comportamental dos golfinhos, que, em vez de se alimentarem durante o dia e mergulharem profundamente até encontrarem alimento, esperam que este suba até à superfície para aí iniciarem o seu comportamento alimentar. Assim não se cansam tanto e não despendem de tanta energia”.

Para além de não existirem muitos grupos de investigação a utilizarem transmissores de satélites, o DOP foi pioneiro na utilização desta técnica durante a migração dos animais e já obteve bons resultados com esta “ousadia”.

“A primeira coisa evidente foi que nem todas as espécies têm o mesmo tipo de comportamento e nem todas utilizam os Açores da mesma forma”, revelou Mónica Silva, destacando que até agora ninguém conhece os percursos e rotas migratórias dos animais, desde as áreas mais a sul àquelas mais a norte.

Pela sua localização, os Açores possibilitam o conhecimento dos corredores migratórios a norte e têm ainda potencialidade para dar a conhecer as áreas de migração para sul, uma vez que promovem o cruzamento de animais de ambos os lados do Atlântico, o que até então não se sabia.

A investigadora do DOP destacou que este novo dado pode revolucionar “o conhecimento científico e os modelos de gestão que estão a ser aplicados a estas espécies”.

Fonte: Naturlink

Estudo contribui para a preservação do albatroz-de-amsterdã




Os conservacionistas que lutam para evitar a extinção do albatroz-de-amsterdã podem ter ganho um trunfo com a publicação dos resultados de um estudo genético realizado por investigadores canadianos.

Os cientistas da Universidade de Lethbridge analisaram o DNA deste tipo de albatroz, que nidifica apenas na Ilha de Amsterdã (no oceano Índico), com o de indivíduos do complexo de espécies de albatroz-errante (D. antipodensis, D. dabbenena e D. exulans) a que se pensava pertencer, tendo concluído que constituem entidades distintas.

Estes resultados veem assim confirmar o que estudos morfológicos já tinham sugerido mas que permanecia controverso por falta de provas genéticas, i.e., o estatuto de espécie do albatroz-de-amsterdã.

Este albatroz é um animal de grande tamanho, pesando até 8Kg e possuindo uma envergadura de 3,5m, que foi descoberto em 1983. Apenas persiste uma população de 170 indivíduos que se mantêm fiéis ao único local de nidificação conhecido na ilha de Amsterdã, que não partilham com mais nenhum tipo de albatroz, o que terá estado na origem da sua diferenciação genética.

Embora a população esteja estável, a espécie Diomedea amsterdamensis encontra-se “criticamente em perigo” com os 18-26 casais reprodutores a sofrerem a perturbação do seu local de nidificação e a correrem o risco de ficar presos nas redes de pesca.

Os autores do estudo esperam, assim, que os resultados do estudo recém-publicado contribuam para que os esforços de conservação da espécie sejam intensificados.

Fonte: Naturlink

Vídeo: Cientistas estudam mecanismo do pulo do canguru



Um grupo de pesquisadores britânicos, americanos e australianos está estudando os mecanismos do pulo do canguru.
Os cientistas são do Colégio Real de Veterinária, de Londres, da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos e das Universidades australianas de Queensland e da Austrália Ocidental.
Eles usaram um sistema de captura de movimento que associa câmeras de cinema a outras, que detectam raios infravermelhos.
Ao analisar estes dados coletados, os cientistas querem descobrir a razão de os cangurus não se machucarem gravemente ao saltar repetidamente e em alta velocidade, segundo a pesquisadora Alexis Wiktorowicz-Conroy, do Colégio Real de Veterinária.
"Queremos saber como eles conseguem saltar rápido, mesmo quando eles são bem pesados, e não mudar a postura", disse a pesquisadora à BBC.
"Isto é importante, pois estes animais podem ficar realmente grandes e nós não conseguimos explicar a razão de seus ossos não quebrarem em altas velocidades. As pessoas começaram a analisar isto nas juntas dos tornozelos, estamos olhando mais para as juntas dos membros traseiros", explicou.
"Esperamos que, no fim, possamos usar isto na medicina veterinária e para conservação", disse a pesquisadora.
Câmeras
As câmeras utilizadas geralmente são usadas por técnicos de golfe para analisar os movimentos dos atletas e também foi usada na série de filmes O Senhor dos Anéis, para capturar os movimentos do ator Andy Serkis e transformá-lo no personagem Gollum.
As luzes infravermelhas iluminam o objeto, animal ou pessoa a ser filmada e as câmeras capturam o movimento de marcadores de plástico colocados no objeto que será filmado.
No entanto, estas imagens geralmente são feitas em locais fechados. No caso do estudo dos cangurus, tudo foi feito ao ar livre, onde a luz infravermelha do Sol é abundante.
Mas, a equipe de pesquisadores usou um sistema de captura de movimentos de uma companhia chamada Vicon que consegue "filtrar" a luz infravermelha do ambiente e se concentrar no objeto de estudo: os cangurus.
Postura
A maioria dos animais adota uma postura mais ereta quando salta, para redistribuir o peso do corpo de forma mais eficiente durante o movimento.
No entanto, os cangurus não parecem ajustar a postura desta forma durante seus saltos.
"A equipe está interessada em tentar compreender como o grupo de cangurus muda a postura do corpo e (como é) a mecânica do salto com o tamanho do corpo", explicou Craig McGowan, da Universidade de Idaho.
"Existem várias espécies que (...) adotam posturas cada vez mais eretas (quando saltam). Isto reduz as demandas mecânicas na musculatura, então aumenta sua 'vantagem mecânica'", acrescentou.
Além de analisar a postura, a equipe está medindo as forças que os pés dos cangurus exercem no chão, e que são transmitidas pelas pernas do animal.
Os cientistas também capturaram os movimentos dos cangurus usando o método tradicional de vídeo em alta velocidade. No passado o movimento era analisado quadro a quadro para obter o mesmo tipo de dados que o sistema de captura de movimentos fornece automaticamente.
Pulo
A cientista Alexis Wiktorowicz-Conroy diz ainda que a informação pode esclarecer outro mistério do salto do canguru: como eles pulam de uma forma tão eficiente.
"O movimento dos cangurus é realmente elegante, em velocidades baixas eles usam o rabo como um quinto membro (...). Quando se movem mais rapidamente, eles começam a saltar. Humanos se cansam facilmente quando fazem isto, mas os cangurus não, eles não gastam muita energia."
As experiências, realizadas no Parque Zoológico Alma, em Brisbane, conseguiram coletar uma quantidade significativa de informações e a equipe ainda está analisando todos os dados.
Mas Wiktorowicz-Conroy afirmou que o resultado da pesquisa certamente vai ajudar a responder perguntas sobre a biomecânica do canguru e a protegê-lo.
"Existem (muitos fatos) que ainda não sabemos a respeito deles, e esta (pesquisa) vai ajudar a estudar questões sobre saltos e locomoção de animais em geral."