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Empresa monta laboratório móvel para recuperação da fauna


A ajuda a animais contaminados em acidentes com derramamento de óleo agora não tem fronteiras. 
A HidroClean, empresa do grupo Brasbunker para proteção ambiental, acaba de montar um contêiner-laboratório, que permite a atuação mais rápida de profissionais e voluntários para a despetrolização da fauna, como é chamado todo o processo de resgate, limpeza e cuidado para que o animal contaminado pelo óleo e ferido seja devolvido ao meio ambiente – processo que pode levar meses.
O equipamento, uma estação de lavagem completa que conta com mini laboratório e ambulatório veterinário, tem autonomia para ser instalado em regiões remotas onde normalmente não seria possível levar os cuidados adequados em tempo hábil para evitar a mortandade dos bichinhos afetados. 
No próximo dia 06 de março (terça-feira), a estrutura será montada em um evento da HidroClean no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca, onde profissionais do Instituto Gremar, parceiro da empresa para prestação de serviço de despetrolização, farão simulações para o público de como todo processo funciona.
Exposição do contêiner-laboratório, no dia 06 de março de 2012, das 10h ao meio-dia, no Iate Clube do Rio de Janeiro – Av. Pasteur, 333 – Urca, Rio de Janeiro.

Secretaria do Meio Ambiente de Rio Claro (SP) faz inventário da fauna do Parque da Represa


A Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, inicia na próxima semana (12), um levantamento para cadastrar os animais da fauna existente no Parque da Represa.
O levantamento será feito por 3 agentes da secretaria, coordenados pelo biólogo Alexandre Carmo e com orientação do professor José Dino Vizotto. O secretário de meio ambiente, José Carlos de Lima Bueno, informou que a pesquisa começa este mês e segue durante os períodos de mudança de estação para flagrar as aves migratórias, que variam conforme as estações climáticas.
O objetivo do estudo é cadastrar aves, animais e répteis que habitam os lagos para poder preservar essas espécies. O estudo será realizado através da captura dos animais para fotos. O levantamento será complementado com dados da Unesp Rio Preto, que já tem um cadastro recente da fauna.
De acordo com Lima Bueno, o Lago 3 é o que concentra mais animais. Lá podem ser observados dois Tuiús, aves símbolo do Pantanal e falcões como o Peregrino, que é uma ave migratória que vem da América do Norte para o Brasil e fica por aqui entre outubro e abril.
Entre os animais já foram avistados um casal de ariranhas e cotias. “Vamos cadastrar todos eles para que as intervenções nos lagos não afetem a permanência esses animais”, destaca Lima Bueno. A expectativa é de que o levantamento fique pronto até dezembro deste ano.
Fonte: Rede Bom Dia

Espécies da fauna amazonense lutam para viver



Imagens de satélites mostram que as áreas verdes de Manaus estão sendo reduzidas e distanciadas, cada vez mais, uma das outras. Esse processo de isolamento coloca em risco a fauna existente em cada uma dessas áreas.

A principal causa da diminuição e do isolamento desses corredores ecológicos é o processo de expansão urbana e imobiliária de Manaus.

Com o crescimento econômico da população, “pipocam”, por todas as zonas da cidade, empreendimentos imobiliários que cortam a floresta e expulsam a fauna de seu habitat natural.
Em Manaus, o principal prejuízo para a fauna local fica com as aves, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).

“Em Manaus já foram identificadas mais de 480 espécies de aves mas, na área urbanizada, não encontramos nem 50, desse total. A maioria foi expulsa para áreas mais distantes, por não encontrar aqui condições para sua sobrevivência”, afirmou o analista ambiental do Centro de Fauna do Ibama, Robson Esteves Czaban.

Ele ressalta que a relação entre expansão imobiliária e desmatamento é direta.
“Uma, normalmente é sinônimo da outra. A construção de casas e apartamentos, destrói todo o habitat ou parte dele. E a destruição do habitat é o principal fator que causa o desaparecimento das espécies”, salientou.

Exemplo disso, foi a polêmica que tomou conta das redes sociais sobre o caso de Palmeiras Imperiais versus periquitos-de-asa-branca. Os moradores do conjunto habitacional Ephigênio Salles optaram pela sobrevivência das árvores em detrimento do habitat natural das aves e cobriram com telas as espécies para protegê-las da alta concentração de periquitos. Entretanto, segundo o analista ambiental, essa disputa entre as espécies é resultado da ação humana.

“Eles estão em grande concentração no local porque utilizam-no como dormitório. Segundo os moradores do condomínio, a população de periquitos aumentou após os vários desmatamentos que ocorreram ao redor. Privados dos locais que usavam originalmente para dormir, os periquitos se concentraram nas árvores em frente ao condomínio”, analisou Robson. Como os periquitos-de-asa-branca, diversas espécies podem ter sofrido os efeitos do processo de urbanização, segundo ele.

Construções dentro da lei:
 
Segundo informações do Ibama, as áreas protegidas do Mindu, do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da reserva do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) são exemplos de corredores ecológicos que estão separados, o que significa que sua população animal também permanecerá isolada. Quanto menor a área, menos espécies animais ela possui. E, mesmo os que conseguem sobreviver, correm o risco de se extinguirem a longo prazo, devido ao empobrecimento genético – sucessivos cruzamentos entre parentes.

“A curto e médio prazo, elas sofrem com o risco da captura por traficantes ou por atropelamentos”, relata Robson Czaban.

Para ele, os projetos imobiliários não podem ir de encontro às leis ambientais, como por exemplo a Lei 9.605 (crimes ambientais) e outras as resoluções.

Todos precisam respeitar a existência de nascentes, a vegetação ciliar dos cursos d’água, encostas, espécies vegetais e animais nativas, tratamento de resíduos, entre outros critérios.

Animais confinados na cidade:

A maioria das espécies não se adapta a um ambiente antropizado – quando há a interferência do homem. “Elas se veem obrigadas a procurar outro local para viver. Isso pode ser particularmente complicado para espécies endêmicas, que tem uma área de distribuição muito restrita, como é o caso do sauim-de-manaus, cuja área de ocorrência está praticamente confinada a Manaus e entorno.

Com o crescimento da cidade, e a redução das florestas, o sauim fica cada vez mais sem opção de onde viver”, exemplificou. Já as espécies que se adaptam ao meio urbano, costumam proliferar em grande número, como é o caso do sanhaçu e do bem-te-vi”, destaca Robson.

Verticalização:

A presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis, Jane Picanço, disse que todos os empreendimentos têm licença e estão previstos no Plano Diretor, que dita o crescimento da cidade. “Estamos construindo prédios para não utilizarmos grandes áreas. Não se inicia obra sem licença. Algumas áreas até deixaram de ser vendidas para construtoras em respeito ao meio ambiente”.

Desequilíbrio

Uma ave que está se tornando cada vez m cais comum em Manaus é a coruja-buraqueira. Ela é natural de áreas abertas e não de florestas, mas como a mata fechada está acabando, elas começam a se instalar na capital amazonense.

Outro exemplo preocupante é a superpopulação de urubus. “Isso é devido à falta de tratamento de resíduos sólidos, descarte de dejetos orgânicos nas ruas, terrenos e igarapés. A proliferação já está comprometendo a segurança de voos que operam nos aeroportos de Manaus, causando constantes colisões”, alertou Robson.

Fonte: A Crítica