do anda

 


Nascido em um zoológico, em Berlim, o urso-polar Knut agora está enfrentando sérios problemas psicológicos em função do confinamento e do contato forçado com seres humanos.
De acordo com reportagem do jornal Metro, um médico disse que Knut “precisa ser sacrificado” pois está apresentando sinais de distúrbios psicológicos. Exemplos de seu estado mental frágil incluem vagar incessantemente pelo seu cercado e ficar colocando a língua para fora da boca, o que faz mais de 200 vezes ao dia.
De acordo com a People for Ethical Treatment of Animals (PETA), Knut é o urso-polar mais problemático dentre outros 34 animais vítimas do confinamento, que foram observados em 11 zoológicos alemães.
“Knut é o mais psicologicamente perturbado. Os humanos fizeram isso com ele”, disse o Dr. Edmund Haferback, da PETA. E Haferback pede que o urso seja sacrificado a fim de que “seu tormento acabe”.
O doutor diz que Knut vaga obsessivamente pelo seu cercado. “É o que psicólogos chamam dehospitalism. Quando pessoas ficam trancadas em instituições, como hospícios ou prisões, andam para baixo e para cima no espaço de confinamento.”
Entretanto, outros argumentam que seu comportamento deve-se ao tédio e ele precisa apenas de mais estímulos para ficar saudável.
Knut virou celebridade internacional quando foi abandonado, ainda filhote, e adotado por um tratador em 2006.
Muitos argumentam que a natureza precisava seguir seu curso e o filhote devia ter sido deixado para morrer. Em vez disso, o ursinho trouxe no mínimo seis milhões de euros para o zoológico de Berlim por meio de visitantes e propaganda.
Agora, a PETA alega que o pequeno está pagando o preço pela interferência humana.
“Ele chora ou grunhe se vê que ninguém está olhando para ele”, disse o tratador Markus Roebke. “O problema é que ele se acha um humano, não um urso-polar.”
Nota da Redação: Esta triste situação é o resultado de um conjunto de ações humanas. Para um animal nascer em um zoo, a sua mãe precisa ter sido retirada da natureza ou ter nascido já confinada. No caso de Knut, sua mãe já havia sido vítima do confinamento. Os distúrbios desse pobre animal, cujo confinamento vem sendo agravado por várias gerações, são, portanto, fruto dessa cadeia de violência e desrespeito à vida e à liberdade desses seres. O correto seria que todos os animais vivessem em liberdade, junto a suas famílias, em seus habitats. Mas a brutalidade e a ganância humanas condenam, mais uma vez, a vida desses animais à tristeza e ao sofrimento.