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Hoje à tarde fomos verificar uma denúncia de abuso em uma residência no bairro Harmonia, em Canoas (RS). Havia relatos de moradores próximos de que um dos moradores da residência, que por sinal é um senhor de mais de 65 anos de idade, praticava atos libidinosos com uma cadelinha que havia adotado fazia 2 anos.

Participaram desta ação a Aprocan, a Dra. Maria Ines da Secretaria do Meio Ambiente e um dos fiscais da mesma secretaria.

Chegando ao local, encontramos três animais na residência, sendo duas fêmeas (uma delas adotada há uma semana) e um macho, irmão da outra cadelinha de pequeno porte. Pedimos para entrar para averiguar denúncia de maus-tratos e prontamente fomos levados ao interior do pátio da casa.

 
Já no local constatamos que a fêmea pequena estava no início do cio com a vulva bastante aumentada mas sem qualquer sinal de estrupro. Examinada pela veterinária Dra. Maria Ines, não foi constatada a penetração.

Mas notei que a dona da casa me olhava de um modo diferente (querendo me dizer alguma coisa) e deixei a veterinária e o fiscal com os animais e saí para a frente da casa, onde pedi que ela me acompanhasse.

Então falei que sabia que alguma coisa estava acontecendo lá e os vizinhos também, e que queria que ela me falasse o que sabia, pois estava sendo conivente e que estaria acontecendo não poderia continuar. Então ela me revelou que era verdade que o marido levava a cadelinha pequen para o galpão fazia quase dois anos e se masturbava. Relatou também que ela ja havia visto e estava sendo ameaçada por ele, e que agora que ela estava no cio, com a vulva aumentada, ele tentava novamente.



Então chamei a veterinária e o fiscal e relatei o que tinha ouvido e a convenci a registrar um B.O, inclusive com as ameaças a ela para que ela se resguardasse. Ela foi levada pelo fiscal a delegacia para fazer o registro e eu e a veterinári os aguardamos na frente da casa. Foi lavrado um termo de ocorrência com testemunhas e retiramos os animais.

A cadelinha está internada na Ulbra para mais exames, o machinho está hospedado na MED VET e a cadelinha maior foi devolvida à doadora vizinha da mesma rua.
Enfim, fatos que nos entristecem, pois mostram como o ser humano pode ser cruel. Um avô, pai de família, praticando tais atos, inclusive com os netos e filhos sabendo do ocorrido.

Bom agora é fazer com que o processo ande e encaminhar os pobres animais para um novo lar, de preferência juntos, é claro, pois são irmãos e convivem juntos desde bebês.

Eliane
aprocan_aprocan@yahoo.com.br