do anda

O Ministério Público e a Secretaria de Saúde devem apresentar em 30 dias os primeiros resultados de estudos técnicos sobre o que pode ser feito a respeito das condições do Canil Municipal, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Piracicaba (SP). O secretário Fernando Cárdenas, a equipe do canil e o MP fizeram reunião nessa semana para tratar sobre o assunto. Segundo a asssessoria da secretaria, o encontro serviu para uma primeira troca de ideias, com o compromisso de levantar medidas para o espaço.

O encontro foi uma das primeiras medidas após o promotor Fábio Salem ter aberto inquérito civil referente à lotação do Canil Municipal. O procedimento administrativo foi tomado após envio de ofício da equipe do canil. O documento foi enviado ao MP, ao prefeito Barjas Negri, a Fernando Cárdenas e ao vereador Laércio Trevizan Júnior. No ofício, os veterinários destacam a superlotação do espaço, que atingirá em breve a capacidade máxima. No ofício, a equipe do canil destaca os danos que podem ser causados por conta desse panorama.

Essa semana, Luis Americo Chittolina (ex-diretor do CCZ e atuante por anos na Sociedade Piracicabana dos Animais) encaminhou ofício ao MP para colaborar com o órgão público. O documento busca questionar procedimentos executados pelo Canil Municipal. Chittolina coloca questões como o porquê não houve superlotação entre 2008 e 2010; a ausência de política de castrações em bairros mais afastados; e as diferenças no atendimento veterinário da época em que ele estava no CCZ e agora.

Chittolina também entende que projetos de lei aprovados, como dois do vereador Laércio Trevizan, acabam redudantes em relação a leis superiores, como o caso da lei municipal que proíbe a prática de extração de cordas vocais de cães e gatos, além de outro projeto aprovado que proíbe a extração de garras de felinos. Chittolina aponta que também é necessário uma ação na justiça para fazer valer o cumprimento do programa de atendimento aos animais abandonados. “Não é uma moção de apelo que deve ser feita”.

Com o inquérito, o Ministério Público busca coletar elementos para possíveis atuações do órgão a respeito do assunto. Os médicos veterinários apontam os riscos sanitários em caso de superlotação para os animais que já estão no espaço. Outro agravante é que se o canil não puder abrigar novos animais há o risco de cães doentes ficarem andando pelas ruas e avenidas, sem proprietários, podendo transmitir doenças e agravando o problema de saúde pública.

Fonte: Gazeta de Piracicaba