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Criado orfanato de rinocerontes para salvar espécie na áfrica do sul




Este ano que passou foi um dos anos mais terríveis para a população de rinocerontes da África do Sul. No total mais de 633 mortes dos animais segundo registros na região, um número que bateu o recorde que deixou preservacionistas muito preocupados.
Caçadores têm  como alvo os chifres dos animais, considerados afrodisíacos por religiões tradicionais. Assim, vários filhotes dos animais acabam ficando órfãos.
Foi esse o motivo que levou a África do Sul a criar o primeiro orfanato mundial de rinocerontes.

Veja as noticias na bbc:



todos direitos reservado do g1.com 

Modelo que se dizia apoia os direitos animais agora defende caça


A Modelo mentirosa que dizia defender os animais de crueldade,e agora nessas imagens mostra ela ajudando a caça,porque se apaixonou,ela esta envergonhando a sociedade com este ato cruel e bárbaro,que  se apaixonar,ela não era protetora coisa nenhuma,ela só queria se aparecer,para ganhar dinheiro e mais fama,deveria ser presa e joga a chave fora. 
Diamond Poole é uma modelo natural de Dallas, no Texas, que há algum tempo apoiava a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) e outros grupos contrários à caça de animais, posando até para campanhas contra o uso de peles e couro.
Entretanto, neste mês Poole posou para um ensaio fotográfico publicado na última edição do Lone Star Outdoor News, um jornal sobre caça e pesca do Texas, conforme informou o jornal Lone Star.
À reportagem, publicada nas páginas 4 e 22 do jornal (leia aqui), a modelo declarou que, até então, a opinião dela sobre os caçadores era de que se tratava de pessoas tacanhas e loucas. Até que ela conheceu um, se interessou e passou a namorá-lo.
Abaixo, algumas das fotos de Diamon.
Caçadora: Diamond Poole apresenta seus primeiros veados de cauda branca, caçados na temporada passada. Um ano antes, a modelo de Dallas era uma ferrenha apoiadora do movimento em prol dos direitos animais. 


Carneiro: Outro troféu da crueldade. Este foi caçado recentemente por Diamon Poole quando ela abateu um carneiro silvestre perto de Paluxy, no Texas. Ela deu todo o crédito ao namorado, Mark Watson (ao lado dela na foto), que lhe ensinou tudo sobre a vida selvagem.
fonte:anda

Agricultores de SC são presos por caçar animais, no MT


Seis agricultores de Santa Catarina, que passavam férias no Nortão (MT), foram presos ontem, por volta das 16h, em uma fazenda no distrito de Novo Paraná (região de Porto dos Gaúchos) por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e homens do Exército. Os fiscais retiravam um trator apreendido em uma área interditada, na qual foi detectado desmatamento ilegal, quando localizaram uma caminhonete S-10 branca. No veículo havia seis homens, todos de Santa Catarina, que revelaram aos fiscais que estariam ali para caçar.
Uma máquina fotográfica foi apreendida contendo fotos dos caçadores com animais mortos (pacas) e que mostra o desembarque do grupo no aeroporto de Várzea Grande, no último final de semana, com seis espingardas calibres, sendo duas calibres 20, uma 24, uma 28, e duas calibres-32. As armas são registradas, segundo os fiscais. A caminhonete também foi apreendida. Os homens, o veículo e as armas foram encaminhados para a delegacia de Sinop. Eles estão presos.
Segundo o delegado Joacir Batistas dos Reis, o grupo pode ser autuado por formação de quadrilha e porte de arma de fogo. O crime é afiançável, segundo o delegado, e pode ser estipulado um pagamento de 50 salários mínimos (cerca de R$ 30 mil), mas as condições serão analisadas, podendo o grupo ser autuado em flagrante e permanecer preso.
O dono da área também foi notificado pelos fiscais, já que os suspeitos disseram que caçavam na área com autorização do proprietário, um empresário de Porto dos Gaúchos.
Fonte: Só Notícias

Nepal luta para aumentar população de tigres, apesar da caça


A mudança de um tigre selvagem a uma reserva do sudoeste do Nepal representou todo um acontecimento em janeiro, mas quatro meses depois o animal caiu em poder de caçadores, a maior ameaça para os grandes felinos.
"Namobuddha" era um dos 155 tigres-de-bengala que restam no Nepal, uma quantidade que o Governo quer duplicar nos próximos dez anos. Mas o desafio enfrenta a ação da caça furtiva e a redução do habitat desse animal em liberdade.
"Senti como se tivesse perdido alguém da minha família", afirma à Agência Efe Maheshwor Dhakal, o membro do Departamento de Parques Nacionais e Conservação de Vida Selvagem (DNPWC) que coordenou a mudança do felino, a primeiro deste tipo realizada.
O tigre, de dois anos e meio, aparecera nove meses antes com ferimentos, provavelmente causados por outro exemplar de sua espécie, em um complexo turístico ao sul de Katmandu. "Namobuddha" foi tratado em uma reserva próxima até se recuperar e depois, em uma operação sem precedentes, foi transferido ao parque de Bardiya, onde recebeu um colar transmissor para que informações sobre seu comportamento fossem enviadas via satélite.
Concretamente, os responsáveis pela reserva natural queriam dados detalhados sobre o território que abrange um tigre em liberdade para realizar o cálculo de quantos exemplares poderiam chegar a viver nas selvas que ainda restam no Nepal.
O sinal do transmissor foi perdido no início de maio e, há duas semanas, uma equipe do parque encontrou pêlos do animal e os restos destruídos do colar depois de, segundo todos os indícios, o tigre ter sido morto envenenado por caçadores furtivos.
"Provavelmente colocaram veneno nos restos de uma vaca que 'Namobuddha' tinha caçado em uma aldeia próxima, aproveitando que estes felinos costumam deixar partes de sua presa e depois voltar a elas", explica Dhakal.
Este caso, pelo qual foram detidas três pessoas, voltou a pôr em evidência os riscos enfrentados por uma espécie muito ameaçada, sobretudo pelo lucro que gera em muitos países o tráfico de quase todas as partes do corpo de um tigre.
O conservacionista nepalês Prasanna Yonzon explica que o Nepal é um ponto de passagem crucial do tráfico de espécies protegidas como esta, já que está situado entre a principal zona provedora, o sul da Ásia, e o principal cliente, a China.
Segundo Yonzon, que há oito anos fundou uma organização contra o tráfico de animais, os ossos de tigre multiplicam por cinco seu preço ao chegar a Katmandu, "portanto pode-se imaginar quando valem quando chegam à China", onde são muito apreciados pela medicina tradicional.
Outro fator que deve ser levado em conta, segundo Maheshwor Dhakal, é a falta de vontade política para realmente solucionar o problema, já que frequentemente os acusados por caça furtiva saem imunes ou recebem penas muito leves.
Para frear a caça ilegal, os conservacionistas nepaleses defendem o endurecimento dos processos e o ataque ao tráfico fora das reservas, mas lembram que também a pobreza e a falta de educação e emprego levam muitos jovens a se tornarem caçadores ilegais.
"Também é preciso levar em conta o conflito com as povoações rurais próximas às reservas, porque às vezes os tigres matam animais domésticos, de modo que os aldeães envenenam as presas para matar o felino", explica Yonzon.
Segundo a organização internacional Global Tiger Forum, das sete classes de tigre existentes há um século, hoje só subsistem três, e calcula-se que dos 100 mil exemplares que havia em liberdade, restam 3.250, a maioria tigres-de-bengala.
O Governo nepalês lançou uma campanha para duplicar a população de tigres até 2022, quando será o próximo ano do tigre no calendário chinês, "algo que não é de todo impossível, embora os desafios para conseguir isso sejam enormes", avalia Yonzon.
fonte:terra

A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Aquidauana (MS) ajuizou no dia 12, ação civil pública com pedido de indenização por danos ambientais contra os caçadores e patrocinadores de caçada de animais silvestres na Fazenda Santa Emília (Pousada Araraúna), antigo Centro de Pesquisa da Uniderp.
A ação, assinada pelo promotor de Justiça Eduardo Cândia, pede a condenação do proprietário e do possuidor direto da fazenda em, pelo menos, R$ 1 milhão e, pelo menos, R$ 200 mil aos demais participantes da caçada.
Além do pedido de indenização por danos ambientais irreversíveis, a promotoria formulou pedido de indenização por danos extrapatrimoniais (moral coletivo), bem como danos punitivos. Segundo o promotor Eduardo Cândia, a denúncia pleiteando a responsabilização penal dos caçadores foi apresentada à Justiça há uma semana.

Congresso vai retirar lobo cinzento da lista de espécies ameaçadas e autorizar a sua caça nos EUA



O lobo cinzento será o primeiro animal a ser retirado da lista dos EUA de espécies em perigo por decisão do Congresso, e não devido a uma proposta científica nesse sentido, na sequência de um projeto de lei ontem enviado à Casa Branca, segundo o site Mother Nature Network.

A nova legislação obrigará ao levantamento das medidas de proteção que abrangem os 1200 lobos cinzentos que vivem em Montana e Idaho, colocando-os debaixo do controle estatal e permitindo a sua caça mediante autorização prévia.

Ainda não está definido o número de lobos que podem ser caçados, mas de acordo com Gary Power, do Departamento de Caça e Pesca de Idaho, a proposta agora submetida ao Congresso prevê que o número de lobos em Montana e Idaho desça para os 150 em cada um dos estados. Contudo, Gary Power disse à Reuters não acreditar que o número de animais desça tanto. Em Idaho existem 700 lobos e, em Montana, cerca de 550.

A retirada do lobo cinzento da lista de espécies ameaçadas está a ser bem acolhida pelos rancheiros, que consideram que o aumento da comunidade de lobos no norte das Montanhas Rochosas é uma verdadeira ameaça para os seus rebanhos.

Por outro lado, os ambientalistas defendem que a retirada de uma espécie da lista deverá ser tomada por biólogos e não por políticos.

A administração Obama pediu aos ambientalistas para aceitarem os planos definidos para Montana e Idaho como adequados para manter um número equilibrado de lobos – sem proteção federal – agora que as comunidades se recuperaram.

Fonte: JN

Caçadores são presos em Júlio Mesquita (SP)

Quatro homens foram presos nesta quarta-feira (6) em Júlio Mesquita, a 430 quilômetros de São Paulo, pelo crime de caça de animais silvestres. Durante a operação, a polícia também apreendeu armas, munição de diversos calibres e carne de capivara e tatu, além de pássaros silvestres.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis propriedades do município, duas delas em sua zona rural. Em um sítio, a polícia encontrou dois cachorros utilizados para caça. Os quatro acusados vão responder por manter animais silvestres em cativeiro, posse ilegal de arma e caça.

Fonte: G1

Espécie de ave considerada em perigo de extinção volta a nidificar em Portugal

do anda

O abutre-preto, uma espécie em perigo de extinção, volta a nidificar em Portugal, 40 anos depois, tendo as duas crias começado a voar na última semana, no Parque Natural do Tejo Internacional, onde este ano se instalaram três casais.

O uso de venenos, a perseguição a esta ave e a destruição do seu habitat extinguiu-a como nidificante em Portugal no início da década de 1970, apesar de a espécie se manter presente na faixa fronteiriça das regiões centro e sul com indivíduos provenientes de Espanha, onde existe uma população de 1.845 casais. Os abutres estão nidificando numa zona de caça.

Para instalar estes abutres-pretos na região, a Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) e o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade trabalharam em conjunto para prontamente resgatar e reconstruir os ninhos nas azinheiras que, em junho, tinham ruído e feito cair as crias, que foram ambas resgatadas.

Uma delas, em estado crítico, veio mesmo a ingressar no Centro de Estudos e Recuperação de Fauna Selvagem de Castelo Branco. Depois da sua estabilização foram colocadas em plataformas-ninho, construídas no local original dos ninhos, de forma a permitir que continuassem a ser criadas pelos progenitores.

No dia 28 junho, numa colaboração da Grupo para a Recuperacion de la Fauna Autoctona e su Habitat, de Madrid e do Ministerio del Medio Ambiente Espanhol, foram marcadas as duas crias e batizadas de Tejo e Aravil, com um emissor de satelite PTT e com emissor radiotracking convencional, o que permite seguir os seus movimentos e obter informação fundamental sobre o seu comportamento e a sua dispersão pelo território.

Constatou-se que, atualmente, as principais ameaças à conservação desta espécie são o uso de venenos, a perturbação durante o período reprodutor nas zonas de nidificação e a redução de alimento disponível nos campos.

Fonte: Jornal Reconquista

Caçadores de onças também atuavam como mercenários, diz PF

do anda

Investigação da Polícia Federal aponta que membros do grupo especializado em caçar onças no Pantanal também atuavam como mercenários. Segundo o delegado Alexandre do Nascimento, responsável pelo inquérito, os caçadores eram contratados por fazendeiros da região para matar os animais que costumavam provocar prejuízos aos rebanhos bovinos. “Fazendeiros, principalmente aqui do Estado, contrataram algumas destas pessoas para matar o animal. E isso foi comprovado durante as investigações”, afirmou o delegado.

Batizada de Operação Jaguar, a ação foi deflagrada em Curitiba, Cascavel e Corbélia (cidades do Paraná), Rondonópolis (Mato Grosso), Miranda e Bodoquena (Mato Grosso do Sul) e resultou na prisão de 11 pessoas, incluindo quatro argentinos e um paraguaio detidos em flagrante. Outras três pessoas estão foragidas. Entre elas, o taxidermista que empalhava os animais e enviava os “troféus” para os caçadores, inclusive na Europa.

Toda a operação foi coordenada de Corumbá, onde começaram as investigações. Durante quase um ano, o grupo foi monitorado pelos agentes da PF. Ficou constatado que eles traziam europeus e sul-americanos ao Pantanal, especificamente para caçar a onça, um dos maiores felinos das Américas. Só o chefe da quadrilha, Eliseu Augusto Sicoli, é acusado de ter matado 28 animais no ano passado. “Com os demais integrantes podemos calcular mais de 100 mortes”, estimou o delegado.

Sicoli é apontado como dono de uma empresa especializada em organizar safáris na África. “Assim ele conseguia recrutar seus clientes, que pagavam até 1.500 dólares pela caça”, continuou Alexandre Nascimento. Segundo as investigações, este seria um hobby do chefe da quadrilha que passou a ser aproveitado também para ter lucro. “Se a pessoa quisesse levar o couro como troféu, era cobrado mais. Isso (US$ 1,5 mil) incluía só o translado, o guia até o local de caça e as armas”, detalhou o delegado.

Com mais de 20 anos de atuação, o grupo levantou suspeita depois que passou a organizar safáris pelo Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. “A caça esporádica de um ou outro animal é bem difícil de ser constatada. Ultimamente eles estavam arrecadando o couro para empalhar e exibir como troféu da caçada. Fora isso, eles tiravam fotos e ateavam fogo na carcaça”.

Segundo o delegado responsável pelo inquérito, boa parte do grupo é de pessoas com alto poder aquisitivo. “Retirando os mercenários e guias, o pessoal que participa das caçadas, e o chefe da quadrilha, são de boa situação financeira”, completou. Mais de 60 armas de grosso calibre e de uso restrito foram encontradas com os acusados.

Fonte: MS Aqui

Lobo-guará receberá cuidados de associação

Um lobo-guará ferido foi encontrado ontem na Rodovia Raposo Tavares, em Presidente Epitácio, extremo oeste paulista. Achado no acostamento da estrada, o animal foi imobilizado por dois homens da Polícia Ambiental. O lobo tem uma fratura e não consegue andar, provavelmente por ter sido atropelado, segundo a polícia.

O animal foi levado para a Associação Protetora de Animais Silvestres de Assis. Ele está em observação e não corre risco de morrer. O lobo-guará está na lista nacional de espécies em extinção e é considerado quase ameaçado na lista internacional. O mamífero caça preferencialmente à noite e se alimenta de pequenos mamíferos roedores e também de aves.

Fonte: Estadão

Montana (EUA) duplica cota de caça de lobos

do anda

A comissão de vida selvagem de Montana (EUA) determinou a quota de caça de lobos cinzentos no ano que vem para 186 indivíduos, mais que o dobro da cota do ano passado, de 75 animais.

Idaho também determinará cotas de caça em breve. A comissão de Pesca e Jogos indica que podem aumentar ainda mais a cota do ano passado, de 220 lobos. No outono passado, os caçadores de Idaho mataram 187 indivíduos. Os de Montana, 73.

Felizmente, a prática da caça em si pode ser proibida. Oficiais de ambos os estados esperam a decisão do juiz federal Donald Molloy em Missoula para determinar a legalidade da caça de lobos. Os lobos cinzentos de Montana e Idaho foram tirados da proteção federal ano passado, porém uma aliança de defensores dos animais e grupos ambientalistas protestou e está batalhando para colocar os lobos sob proteção novamente. Molloy ouviu os argumentos do caso e espera-se um veredito em breve.

Fonte: Lewiston Tribune

Leis permitem que se faça lucro com a caça de animais selvagens na África do Sul

Enquanto as feras do futebol correm soltas pelos gramados da Copa, nas matas da África do Sul animais como macacos, leões, hipopótamos e até zebras não conseguem se livrar da marcação impiedosa dos caçadores. Estimulados por um comércio que movimenta milhões de dólares por ano, eles se unem a comerciantes que dedicam a vida a transformar os bichos abatidos em enfeites de luxo. Depois de pronta, a ‘mercadoria’ é vendida a preço de ouro no mundo todo.

Há 20 anos no ramo, o sul-africano Kevin Cooper, 39, é um dos principais exportadores de animais da África do Sul. Com clientes na Europa, nos Estados Unidos e até no Brasil, ele não vê problemas no que faz. “É um trabalho como outro qualquer”, argumenta Kevin, que também é caçador. Questionado sobre fator predatório e cruel da atividade, ele não hesita em responder.

“Você gosta de futebol?”, pergunta. “Eu gosto de caçar animais! Se eu não matá-los e preparar os corpos, um dia eles morrerão do mesmo jeito e só servirão de comida para outros animais. Existem muitos bichos na natureza, eles nunca vão acabar por causa da caça”, argumenta com uma frieza que impressiona.

Amparado pelas leis sul-africanas que liberam a caça de diversos animais e controla a de uns poucos como leões e elefantes, Kevin abriu as portas de sua oficina e ali mostrou como é feito o trabalho de preparação das feras até chegar às vitrines das lojas.

“Depois de abater o animal retiramos a pele dele, cobrimos com sal e a deixamos exposta ao sol por três dias. Em seguida, a mergulhamos num tanque com produtos químicos onde permanece por duas semanas para preservá-la e evitar o mau cheiro”, detalhou Kevin.

“Feito isso, o couro dos animais é raspado para que fique mais fino e maleável”, explica o caçador, que para manter a forma perfeita do animal em suas peças usa moldes de fibra que são vestidos com a pele dos bichos. Uma cola especial é usada para fixá-la no molde. Mas o processo de secagem pode demorar até dois meses, dependendo do tamanho do animal.

Cumprida mais esta etapa, é feito um trabalho de raspagem do pelo e de ajustes de pequenos detalhes. Este processo varia desde a pintura dos chifres dos animais até a substituição dos olhos por esferas de cristal. Depois de prontas, as peças chegam a ser vendidas por mais de quatro mil dólares, como é o caso de uma zebra inteira.

Para se ter uma noção da organização e da rentabilidade do negócio, Kevin conta que envia e compra animais em qualquer país do mundo. “Não importa onde é, se o animal me interessa, vou buscá-lo”, garante.Apesar do interesse, para um turista praticar a caça é preciso estar acompanhado por um caçador sul-africano profissional.

Fonte: O Dia Online

Países liberam Groenlândia para caçar baleia jubarte

A Comissão Internacional da Baleia (CIB) aprovou ontem uma cota de caça de nove baleias jubartes por ano para a Groenlândia nos próximos três anos. É a primeira permissão para caça da espécie em 24 anos. Em contrapartida, foi reduzida a cota de caça de baleias da espécie fin para o mesmo período de 19 baleias para 16.

A moratória para a caça comercial de baleias começou em 1986 e, desde então, a Groenlândia tem caçado baleias das espécies minke e fin. A decisão foi tomada na reunião da CIB que terminou ontem em Agadir (Marrocos). A Groenlândia ameaçava deixar a CIB se sua demanda não fosse atendida, alegando se tratar de questão de sobrevivência.

Muitos países latino-americanos, incluindo o Brasil, fazem objeção à caça. Conservacionistas defendem que as baleias sejam objeto apenas do turismo de observação. Mas a discussão sobre o fim da moratória foi suspensa por um ano.


 

Fonte: O Estado de S.Paulo

Nota da Redação: É compreensível que haja necessidade de determinadas negociações políticas, em determinadas situações. No entanto, neste caso, os componentes da CIB são revestidos de tamanha prepotência que a comissão nos parece ser composta por deuses, poderosos a ponto de negociar vidas e decidir quais e quantas são importantes e merecedoras da existência. Animais não são objetos a serem tratados como números e nenhuma vida é mais ou menos importante do que a outra.

Comissão Internacional da Baleia adia negociações sobre a caça dos animais

 do anda

A Comissão Internacional da Baleia decidiu hoje (25) decretar uma “pausa” de um ano nas negociações sobre a moratória comercial à caça às baleias, que já dura 25 anos.

A decisão foi tomada no final de uma reunião de cinco dias, no Marrocos. Com isso, os integrantes do encontro fracassaram em resolver a disputa sobre a proposta para suspender a proibição da caça comercial de baleias em troca da promessa dos três países que mantêm a prática (Japão, Noruega e Islândia) de reduzir o número de animais mortos todos os anos.

 O povo nativo da Groenlândia, no entanto, manteve o direito de estender sua caçada anual de baleias jubarte, superando as objeções dos integrantes da comissão. Os habitantes da Groenlândia, assim como povos nativos dos outros três países, têm o direito de caçar para comer e para manter suas culturas tradicionais, mas apenas sob rigorosas cotas que são revisadas a cada cinco anos. Os nativos da ilha receberam permissão para matar mais de 200 baleias minke, mas também 19 animais da ameaçada baleia fin.

Fonte: Estadão

Nota da Redação:  Anos de conversa para se decretar uma pausa. Enquanto só discutem o que fazer e como fazer, sem tomar qualquer atitude, as baleias estão sendo mortas com diversas desculpas, desde cultura até pesquisas para o governo. Caçar e matar animais devem ser vistos como atos cruéis simplesmente, sem pretextos para assassinar inocentes  seres. A proibição dos crimes deve ser decretada logo.

Capivara e filhotes são mortos por caçadores em Bauru (SP); polícia ambiental prende em flagrante


Nesta terça-feira (22), atendendo a denúncia anônima, a Patrulha Ambiental Rural A-02236 de São Paulo prendeu em flagrante caçadores em uma represa no interior da Empresa Maripave, em Bauru (SP).

Família de capivaras é morta por caçador. Foto: divulgação Polícia Ambiental.

Ao chegarem no local, os patrulheiros ambientais surpreenderam  João Antonio Barão, próximo à represa com três animais mortos: uma capivara adulta medindo 1 metro com peso aproximado de 70 kg e dois filhotes de capivara com cerca de sete kg  e  47 cm de altura.

A covardia dos caçadores deveria pela lei ser punida com prisão. A mãe e os filhotes foram mortos pela maldade e ganância. Foto: Divulgação Polícia Ambiental
Em seguida, a patrulha foi até Recinto de Leilões Boi Bravo, onde encontraram no local:

- 1 Espingarda Calibre 28, Marca Rossi, Capacidade 01 tiro;
- 1 Carabina Puma, Calibre 38, um cano,
- 1 Espingarda de Chumbo Rossi oxidada, um cano de 31 cm, calibre do chumbinho e de 4,5 mm;
- 1 Revólver 32 cromado, 6 tiros, sem número, marca Alga;
- 1 Pistola oxidada, calibre 765, sem munição, marca BERETTA,
- 1 Simulacro com dois canos, medindo 21 cm de cano;
- 1 pt de plástico preta,  marca Gold Cup, cano 13 cm;
- 4 facões;
- 2 canivetes;
- 1 Chaira;
- 30 munições calibre 38 intactos;
- 24 munições calibre 38 deflagrados;
- 3 cartuchos calibre 12 intactos;
- 10 cartuchos calibre 22 deflagrados;
- 8 cartuchos calibre 28 intactos;
- 1 socador de cartucho calibre 36;
- 1 extrator de espoleta;
- 1 cabo de madeira;
- 600 gramas de chumbinho;
- 1 porta chumbinho;
- 1 faca;
- 1 afiador de faca;
- 1 faca com o cabo branco de plástico;
- 1 alicate.

Foi dada voz de prisão em flagrante delito a todos, que foram  conduzidos ao Plantão da Polícia Civil em Bauru.

A Polícia Militar Ambiental aplicou três autuações, de R$1.500,00 cada para João Antonio Barão, João Luiz Losnake, Aparecido Pereira da Silva.

A Polícia Militar Ambiental orienta a população que denuncie estas ações criminosas.

 Nota da Redação: Ver a mãe e os filhotes mortos causa uma profunda indignação. Quando a Justiça vai punir exemplarmente pessoas cruéis e covardes como os caçadores? Até quando a sociedade vai encarar o assassinato de animais como algo aceitável? A violência precisa ser combatida, independente de quem seja a vítima.

Negociações sobre moratória de caça à baleia não têm sucesso

As negociações sobre a substituição da moratória sobre a caça de baleias por um sistema de abate controlado serão suspensas por um ano, segundo disseram nesta quarta-feira (23), representantes no encontro da Comissão Internacional Baleeira.

A moratória foi introduzida há 24 anos para interromper a queda acentuada no número de baleias, mas o Japão, a Noruega e a Islândia têm capturado milhares de baleias desde a década de 1980, argumentando que não estão sujeitos a uma proibição total, apesar da condenação internacional.

O compromisso apresentado pelo presidente chileno da comissão e por seu vice seria de revogar a moratória por 10 anos, mas imporia controles rígidos sobre a caça à baleia. A tentativa de negociação foi vista como a melhor chance em anos para voltar a alinhar as nações ‘baleeiras’ com as propostas da comissão.

“Isso significa que essas negociações estão concluídas”, disse Sue Lieberman, que comandava a delegação anticaça Pew Environment Group nas negociações. “Há agora um risco de aumento na caça às baleias pelo Japão.”

Alguns representantes da comissão disseram que as negociações fracassaram porque o Japão tinha concordado em reduzir seu abate anual, mas se recusou a parar de caçar no Oceano Antártico, onde quatro quintos das baleias vão para a alimentação. Mas muitas nações anticaça se recusaram a considerar um acordo que poria fim à moratória.

“Estou muito satisfeito pelo fato de que, nesta manhã, ficou claro e confirmado que a comissão não vai explorar a perspectiva de caça comercial de baleias no futuro”, disse o ministro do Meio Ambiente australiano Peter Garrett.

Um representante japonês disse à Reuters que a falta de acordo sobre o santuário de baleias no Oceano Antártico causou a interrupção das negociações, mas disse que o Japão não tem culpa.

Com informações do Estadão

Mais acusações de corrupção japonesa em reunião sobre baleias

 
Acusações de que o Japão usa ajuda humanitária e favores pessoais para comprar votos têm circulado quietamente durante anos na Comissão Baleeira Internacional (CBI), entidade internacional que supervisiona a conservação das baleias, tradicionalmente objeto de caça dos japoneses.

Agora, as acusações estão às claras na reunião anual da instituição, depois que um jornal londrino filmou secretamente oficiais de seis países pobres enquanto negociavam por propinas. O jornal Sunday Times gravou os representantes conversando com repórteres que se diziam enviados de um bilionário suíço, com a missão de comprar votos contra a caça de baleias na reunião que acontece esta semana no Marrocos.
Os oficiais indicaram que qualquer oferta do suíço fictício teria que ser superior ao que o Japão já lhes dá. O enviado da Tanzânia, por exemplo, afirmou ter aceitado viagens ao Japão, onde “massagens” gratuitas lhe foram oferecidas – as quais ele teria se recusado.

Para os inimigos do Japão, esse fato é prova inegável da influência japonesa na comissão de 88 nações, que na reunião mais importante em décadas está considerando uma proposta de suspensão de dez anos na proibição de caça comercial de baleias.

“A compra de votos é o pequeno segredo sujo do Japão na CBI,” disse o ambientalista Patrick Ramage, que frequenta as reuniões há 15 anos. Ele a classificou como “uma tomada lenta e hostil de um fórum internacional”. E enquanto países mais poderosos tentam usar de sua influência, o “esforço japonês é sem paralelo,” afirmou.

O Japão nega qualquer delito, e os representantes japoneses afirmam que a alegação de compra de votos tem o objetivo de desvalorizar a posição do país na CBI. “Faz parte da nossa política apoiar países em desenvolvimento”,  afirmou Hideki Moronuki, do ministério de Agricultura, Floresta e Pesca. “Você acha que esse tipo de apoio financeiro ao desenvolvimento é algum tipo de propina? Eu acho que não.”

O país insiste que sua caça tem a finalidade de pesquisa científica, para entender melhor a biologia e organização social das baleias. Mas a maior parte dos animais caçados acaba em mesas de jantar e não em bancadas de laboratórios, e os japoneses dizem que a caça é uma questão de orgulho nacional.

O Sunday Times também afirmou que o chefe da conferência em Marrocos, Anthony Liverpool, teve sua conta de hotel paga com um cartão de crédito pertencente a uma empresa japonesa de Houston, Texas. Liverpool é um diplomata de Antígua e Barbuda e seu embaixador no Japão. Quando questionado pelo jornal sobre ter aceitado o dinheiro japonês, Liverpool teria dito: “Sim, mas não há nada de estranho nisso.”
A CBI foi criada após a II Guerra Mundial para conservar e manejar a população mundial de baleias. Dezenas de milhares de animais foram caçados todos os anos até que a BCI adotou a proibição, e agora cerca de 1.500 animais são mortos todos os anos pelo Japão, Noruega e Islândia.

O tráfico de influência vem de décadas atrás. Birgit Sloth, uma antiga enviada do governo da Dinamarca, lembra-se de ver o negociador chefe de uma nação caribenha pagar com um cheque em iens japoneses as taxas da associação em uma reunião da CBI na Inglaterra, no início dos anos 80. “Naquela época ninguém prestava muita atenção. Hoje, tudo é muito mais camulado,” afirmou.

Leslie Busby, na época junto à ONG italiana Third Millenium Foundation, compilou um relatório de 95 páginas em 2007 sobre a “operação de consolidação de votos” japonesa. Ela afirmou que 28 países tinham sido recrutados para a CBI por conta do auxílio japonês – incluindo países sem saída para o mar como Mali
– dando à agência regulatória uma proporção de meio a meio entre nações a favor e contra a caça de baleias.

Segundo Busby, os países que recebem verba japonesa sempre votam de acordo com seus interesses. “Isso torna a discussão sem sentido. Não vale a pena debater a questões nas reuniões porque as posições já estão determinadas,”  disse em uma entrevista.

Toma lá, dá cá
Alguns dos apoiadores dos países baleeiros têm tradições na caça e pesca. Mas o Japão também tem o apoio regular de países que nunca tiveram interesse na pesca de baleias, como as nações africanas. “O Japão está ajudando bastante a África Ocidental. Em troca, ele pede a esses países que votem a seu favor nas reuniões da CBI,” diz Mamadou Diallo, um ex-pesquisador do governo senegalês que hoje trabalha para o WWF. “É um ‘toma lá, dá cá’. Sim, pode-se dizer que é propina, porque os países africanos não seriam normalmente a favor de caça de baleias.”

Para países pobres, um voto na CBI pode não ser um preço tão grande a pagar. Tiare Turang Holm, enviada do Palau, no Pacifico Sul, diz que a caça é um tema periférico para seu país. Então, o voto acaba sendo mais “um apoio a nossos amigos, nossos parceiros de desenvolvimento.”

E o Japão não é o único a fazer pressão. “Mas é o mais descarado e exige votos em troca de seu apoio financeiro,” diz Sue Miller Taei, de Samoa. “Eu já vi o Japão intimidar diretamente países do Pacífico Sul,” disse lembrando de uma ocasião em que um delegado japonês levou enviados do Pacífico relutantes para votar numa reunião da CBI. “Por muito tempo aqueles diplomatas não conseguiam me encarar nos olhos.”

Fonte: Último Segundo

Impasse nas negociações sobre caça às baleias marca reunião em Agadir

As negociações no sentido de consentir uma moratória à caça de baleias com exceções para os países que ainda caçam estão prestes a fracassar. Japão, Noruega e Islândia caçaram milhares de baleias desrespeitando a moratória mundial, que foi imposta em 1986. O documento que está em pauta em Agadir, no Marrocos, durante a 62ª Reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB) permitiria que esses três países continuassem caçando um número limitado de baleias durante mais dez anos.

Os países pró-caça criticaram a proposta, considerando-a um “artifício” que permitiria deixar na ilegalidade toda a caça que fugisse às quotas estipuladas. Do outro lado, os países que são contra a caça atacaram o rascunho de documento, afirmando que ele significa uma vitória dos baleeiros.
Os defensores das baleias e as nações que são contra a caça dizem que a resposta não está em enfraquecer a moratória, mas justamente em torná-la mais efetiva. Eles dizem que os dados sobre a caça trazidos pelos países que são a favor da captura são pouco confiáveis para justificar a revogação da moratória.

“Qualquer proposta que tenha por função remover ou revogar os efeitos da moratória comercial, em nossa opinião, não deveria nem ser votada, quanto mais aprovada”, disse o ministro do Meio Ambiente da Austrália, Peter Garrett.

A Austrália quer levar o Japão à Corte Internacional de Haia sob acusação de que os japoneses estão caçando baleias em águas australianas. O Japão vem caçando baleias há anos sob o pretexto de caça para fins científicos, estipulada no artigo VIII da Convenção Internacional para Regulação da Atividade Baleeira. Espera-se que a posição do Japão na reunião, que termina dia 25, dependa do que se vai conseguir negociar, sobretudo do tamanho das quotas para caça e das espécies que serão liberadas para captura.

Mais de 200 cientistas e experts em meio ambiente de todo mundo se posicionaram contra a caça comercial, em um comunicado distribuído aos delegados da Comissão Internacional da Baleia. Eles apelam para que “os êxitos das últimas décadas não sejam minados aprovando novamente essa prática”.

Chile, Brasil, México e Equador defendem uma postura “decididamente conservacionista” na reunião. “Para nós é muito importante que se mantenha a moratória e especialmente que não se cacem espécies protegidas nos santuários baleeiros”, apontou Rômulo Melo, um dos delegados brasileiros.

Com informações do Estadão.

Reunião a portas fechadas pode decidir futuro da caça às baleias

Em meio às polêmicas de suspeita de corrupção, a Comissão Baleeira Internacional (CBI) está reunida em Agadir, no Marrocos, com o objetivo de chegar a um acordo entre partidários e críticos da caça. A 62ª sessão da CBI, criada em 1946 para regular a pesca às baleias, examinará até a próxima sexta-feira um projeto de acordo para colocar um ponto final a 25 anos de conflito entre seus membros, que se desentendem desde a entrada em vigor, em 1986, da moratória à caça. O plano já deve ser examinado na plenária desta quarta.

Os 88 países membros da Comissão concordaram em se encontrar em sessão fechada para decidir se adotam um esboço de estratégia que permita à Noruega, à Islândia e ao Japão caçar legalmente baleias ao redor da Antártida e em outros locais por mais dez anos, em troca de uma queda gradual no número de animais capturados. A proposta, que significa autorizar a pesca comercial, não determina, porém, o que ocorrerá quando esse período interino for concluído.

 
Para o Japão, que apoia o fim da moratória no caso de caça para pesquisa científica, a iniciativa permitiria caçar 400 baleias minke em águas do oceano Antártico entre 2011 e 2015, para depois reduzir esse número para 200 entre 2015 e 2020. Atualmente a frota baleeira japonesa captura cerca de mil cetáceos em águas antárticas a cada ano. Mas no ano fiscal de 2009 (que terminou em março), só caçou a metade desse número devido às sabotagens de ativistas ambientais. Noruega e Islândia, que também criticam a moratória, foram responsáveis pela pesca de cerca de 500 exemplares.

A União Europeia, liderada pelo Reino Unido, adotou uma posição comum no final de semana, contra a retomada de qualquer tipo de caça às baleias. No entanto, Estados Unidos e Nova Zelândia continuam a endossar fortemente as medidas propostas pelo presidente da CBI. O plano apresentado não convence nem Tóquio, que o considera restritivo demais, nem países como Austrália, que o veem permissivo demais. Apesar disso, os nipônicos se mostraram dispostos a “negociar”.

Questão crucial
De acordo com representantes europeus e africanos envolvidos nas discussões da CBI, os dois pontos mais importantes da reunião são determinar o que acontecerá quando o período interino for concluído e o tom com que os países contrários à caça vão negociar com o Japão. “Para chegar a um compromisso”, considerou o delegado alemão Gert Linnemann, “será necessário determinar o que acontecerá após dez anos”.

Segundo a a ministra adjunta da Agricultura marroquina, Yasue Funayama, é difícil exigir que a caça não ocorra mais nos santuários de baleias, criados no Oceano Índico e no Austral. O Japão, que pesca nessas regiões, de nenhuma forma aceitaria acabar com uma tradição cultural muito marcada pelo nacionalismo nipônico. “Nessa negociação, uma cota final zero é impossível de ser aceita pelo Japão”, advertiu ela nesta segunda. “Se o Japão for atacado, pode sair da CBI e ninguém poderá então fazer nada pelas baleias”, advertiu um diplomata europeu.

Polêmica e corrupção
O anúncio da CBI de fazer dois dias de trabalhos a portas fechadas para tentar pacificar o terreno e abrir caminho para as negociações não agradou as três maiores ONGs do mundo (WWF, Greenpeace e Pew). “Mas o que é que escondem? Isso proporciona a teoria da conspiração”, disse Rémi Permentier, porta-voz do Pew Environment Group (que conta com o estatuto oficial de observador).

Como o presidente chileno da CBI, Cristián Marquieira, está ausente por motivo de doença, a reunião será presidida pelo vice-presidente do organismo, Anthony Liverpool, de Antígua e Barbuda (a ilha caribenha vota tradicionalmente a favor do Japão).

Segundo reportagem do Sunday Times, a fatura de hotel de Liverpool, em Agadir, está sendo paga por um empresário japonês. O jornal informou ainda que representantes africanos e caribenhos admitiram ter votado a favor da caça, após terem recebido promessas de ajuda, dinheiro e prostitutas do Japão.
Apesar das denúncias publicadas pelo diário britânico, as grandes organizações não governamentais estimam que a reunião de Agadir pode terminar com um acordo. “Ou se chega a um acordo ou se mantém o statu quo, que não satisfaz ninguém”, disse Susan Liebermann, diretora de políticas da Pew.

Espécies em extinção
A caça mata aproximadamente 2 mil baleias por ano, incluindo espécies à beira da extinção como a baleia azul (Balaenoptera musculus), a cinza (Eschrichtius robustus), a franca do norte (Eubalaena glacialis) e a bowhead, ou cabeça-redonda (Balaena mysticetus). Conforme dados do Animal Welfare Institute, em Washington, nos EUA, desde que a moratória foi introduzida há 25 anos, aproximadamente 33 mil baleias foram mortas.

Fonte: Terra

Nota da Redação: Lamentável que uma séria decisão como esta esteja nas mãos de algumas pessoas que, para acabar com a briga, sacrifiquem animais inocentes. São mentalidades que funcionam baseadas nos números, no comércio e na materialidade, ignorando a importância da vida e desconsiderando o sofrimento de outros seres. Reduzir o número de baleias cruelmente assassinadas significa aceitar que a vida de cada uma delas não tenha importância. Invisíveis em meio a uma “massa” de 1.000, 500 ou 200, são apenas números resultantes da conta feita nesta reunião. Ainda que fosse permitido a qualquer destes países o assassinato de apenas um animal, a decisão seria a demonstração da frieza da sociedade atual e da cegueira em relação à vida.

Baleias têm características semelhantes às humanas

As baleias têm faculdades que, até pouco tempo, eram atribuídas só a humanos. Segundo cientistas, elas têm consciência, sofrem e têm uma cultura social.

“Por nossas observações, sabemos que muitas baleias grande apresentam os comportamentos mais complexos do reino animal”, afirma Lori Marino, neurobióloga da Universidad Emory em Atlanta, nos EUA.
Os pesquisadores sublinham as semelhanças na esperança de evitar a liberação da caça do animal.

Fonte: Estadão 


Nota da Redação: Baleias e quaisquer outros animais têm direito à liberdade e à vida. O argumento dos cientistas pode ser válido neste momento para evitar a liberação da caça do animal, mas estará da mesma forma sujeito a ser utilizado para permitir a caça de outras espécies. A senciência é uma característica de todos os animais e deve ser considerada para a manutenção de sua integridade e liberdade.